BÓNUS pt.3

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-Caleb...—Elle acenou, sorrindo simples para mim, porém, eu passei reto, andando para minha sala.

Eu, realmente, não queria prejudicar minha família. E se para isso eu teria que me afastar de alguém que, eu mal conhecia, eu iria o fazer.

Não consegui prestar muita atenção na aula, e porra, Elle me intrigava. Algo nela me fazia querer estar por perto, e isso era extremamente ridículo, pois, eu havia a conhecido, a poucos dias.

Fiz questão de não ficar no terraço, no intervalo entre as aulas. Somente, para a observar de longe.

Ela estava, sentada debaixo de uma árvore, ouvindo e apreciando a música, de olhos fechados. Fiquei o tempo todo lá, encostado no canto da parede, a observando, alheio a quem estava á minha volta. Por um momento ela abriu os olhos, e arrumou seu cabelo que se desgrenhava pelo vento, que passava. Repentinamente, ela se deparou comigo a observando e, não desviou o olhar. Não me importei em ela perceber que, eu estava a analisando e, de certa forma, admirando-a.

Me matou por dentro, ao ver seus olhos confusos, tentando perceber, o motivo de eu ter me afastado dela e, a ignorando.

Era possível criar uma ligação com um pessoa, em tão pouco tempo? Que merda...

O sinal tocou e, eu saí andando, deixando-a lá, confusa e intrigada, com o meu comportamento. Tentei desligar minha mente, um pouco, para me concentrar no que a professora dizia, e talvez, parar de pensar nela.

Onde eu fui me meter...

Andei pelo corredor vazio, pois, tinha deixado todo mundo sair, assim, eu não corria o risco de vê-la, mesmo sabendo que, eu não poderia a evitar, para sempre.

Abri a porta do carro e, antes que eu pudesse entrar nela, senti umas mãos delicadas, tocar meu ombro, me fazendo suspirar.

-Porque, está me evitando?—perguntou curiosa e confusa.

Respirei fundo, virando-me na sua direção.

-Acredite, é melhor ficarmos afastados—respondi simples, e ela bufou.

-Pode me dizer, ao menos o motivo?—indagou intrigada, e um pouco vermelha, provavelmente, por estar um pouco irritada.

-Você é uma VIMIX, Elle...—exprimi sério e ela arregalou os olhos.

-O quê? Como sabe disso?—questionou, arqueando as sobrancelhas.

-Então você, confirma?—retruquei e, ela negou com a cabeça.

-Sim... quer dizer, não... me deixe ao menos explicar, Caleb—comentou apressadamente, e eu suspirei.

-Entra no carro—pedi e ela, me olhou por alguns segundos, antes de, dar a volta e entrar nele.

Fiz o mesmo, dando partida, em alta velocidade. Andei sem rumo, para algum lugar, onde eu pudesse ter a certeza que, ninguém estaria nos vigiando.

Parei em frente uma praça, sem movimento algum, e onde nem carros passavam. Andei na frente dela, sentando-me num banco que tinha lá, e ela se sentou, do meu lado, logo em seguida. Depois de alguns minutos em silêncio, ela respirou fundo, como de quem iria se pronunciar.

-Eu não sou uma VIMIX, Caleb... minha família, que é. Quando completei 16 anos e eles me fizeram a pergunta se, eu queria entrar na organização, eu respondi que, não. Nunca tive jeito para isso, então, eles respeitaram minha decisão, porém, eu sempre sou alvo de ameaças pelo meu pai, ser o chefe da organização...—ela comentou, e eu arregalei os olhos, interrompendo sua fala.

-O quê? Seu pai é o chefe da porra toda, do VIMIX?—perguntei desacreditado, passando as mãos no rosto.

-Mas, meu pai não importa quando eu faço amizades, com pessoas de, outras organizações, ao menos que ele seja...—comentou.

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