19° Capítulo

7.2K 628 16
                                    

Tocava uns funk da atualidade e eu quis dar o nome com todo o ódio do que aconteceu com a minha filha, isso é imperdoável.
Raquel: Joga esse cabelo, os faixa preta vai passar! -cantarolei, jogando a bunda no ritmo.
Raíssa: Alvarenga tá vindo aqui -sussurou no meu ouvido me cutucando.
Eu nem liguei, continuei à dançar. Eu me surpreendi quando ele chegou perto de mim sua tropa toda me escondeu e ele se posicionou trás de mim comigo ainda dançando e eu não parei não.
Alvarenga: Eu vou te matar filha da puta!! -murmurou no meu ouvido; gargalhei mordendo os lábios, me fiz de bêbada.
Eu não entendia, eu sarrava nele mesmo, veio pra trás de mim porque quis! Matando a saudade né?!! Mas era aquela sarrada que tava uma puta vontade de transar, um sexo bem louco, ainda mais com quem... No embalo desse pensamento louco voltei à tomar cerveja.
Raquel: Ó, depois você vai ver o que a sua chaveirinho fez com a minha filha, tá maneiro não! -Falo ao me virar pra ele- Foi covardia, ela jogou sujo e eu vou pegar ela aqui mesmo e depois a gente resolve, você vai me cobrar de qualquer jeito mesmo; nunca mais tu peça pra levar a Alice na esquina, que eu não vou deixar! -Falei logo pra antecipar aborrecimento depois e ele fazer o louco.
Alvarenga: O que tu tá falando? Depois nós resolve pô, tu não vai pegar ninguém, te orienta rapá! -Diz engrossando a voz- Pegar, pegar...vai nessa!
Raquel: Ué mano a mano sempre foi liberado aqui e por que comigo é diferente? -Digo peitando-o, já com álcool fazendo a mente- Judaria é o que não pode.
Alvarenga: Porque contigo é diferente, Raquel e acabou o assunto pô.
Raquel: Quando você ver o tamanho do hematoma no braço da Alice, tu cobra o teu, deixa passar batido mesmo, mas o P.u é pequeno e mais hora ou menos hora vou encontrar com ela e o que ela fez no braço da Alice, eu vou fazer na cara dela. -Digo o deixando a par, ciente do que eu vou fazer.
Dou um gole na cerveja e me virei pra frente, casada de esrar ali já.
Alvarenga: Vamos sair fora que eu quero ver o que aconteceu.
Ele puxou seu bonde deixando uns no mesmo lugar, e eu chamei a Raissa.
Raquel: Vamos lá buscar a Lilica?
Saímos do baile sendo escoltados pela tropa do Alvarenga né, pra + de dez homens, geral olhava e não entendia nada.
Próximo a minha moto, estava a otária com umas três mulheres outras caçadoras de pica bandida igual a ela. Foi indo na direção do Marcelo, e eu do lado, quando o meu olhar cruzou com o dela a minha vontade foi de tacar o copo que estava na minha mão na cara dela.
—Já está indo, love? —Disse a chaveirinho de mavambo.
Alvarenga: Vou ali, me espera aí, vou passar pra te buscar.
Ele saiu andando e me chamou com o olhar, entrei no carro e fomos na casa da mãe da Ray, buscar minha filha.
Quero só ver o que ele vai achar dessa porra.
Atravessamos para a Nova Holanda, lá na Malha, a Raissa foi lá dentro buscar a Alice, coitada da minha filha não para quieta tadinha.
Alvarenga: Só quero ver que caôzada é essa que tu está jogando nos meus peitos. -Dizia reclamando- Quero só ver.
Raquel: Escuta só o que eu estou te falando, você nunca mais me peça pra levar a minha filha na esquina, você não tem responsabilidade com criança Marcelo, tu saiu e deixou a garota com aquela última cereja do bolo, em algum momento?
Alvarenga: Raquel, aguarda!
Raquel: Sabe qual é o seu problema? Encher seus olhos com piranha, real! Podem até ser bonitinha, mas não vale o pau que chupa, NÃO SÃO DE CONFIANÇA porra!
Alvarenga: Tá bom Raquel, já é cara.
Raquel: Ainda mais tendo outras na disputa, envolvendo criança... Sabe que elas fazem de tudo pra descartar qualquer outra da jogada, você vê isso não? -Falo encarando ele, bem séria- Por um lance do passado a minha filha paga?? Se for pra Alice sofrer na mão de madrasta eu afasto ela de você na marra! Isso não é uma ameaça e arrumo logo um pai pra ela, que fique com a mãe dela por perto! Que EU -enfeso batendo no peito- Jamais vou deixar encostar um dedo nela; enquanto eu tiver viva vai ser encostar nela e me aturar depois, agredir criança é mole pô, quero ver entrar no problema com gente grande!
Ih, eu falei à beça na ondinha sagais da cerveja, ata ele que ature!

Laços Traiçoeiros⚡Onde histórias criam vida. Descubra agora