64° Capítulo

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15 DIAS DEPOIS

Narração: Alvarenga

Saí de casa puto e bolado, morar com a Raquel tem seus meios, ôh mulher que adora arrumar uma confusão à toa mané. Por isso eu vivo na pista e depois ela briga de novo reclamando e quer sempre está certa.
Quando eu fui entrar no carro ela apareceu no portão, boladona.
Raquel: Tu vai sair mesmo né? Então não precisa voltar mais, fica na casa de quem você quiser! -Falou altão e entrou.

Não tem como eu não me render pra essa filha da puta, ela desgraçou minha vida, tomou posse de tudo! Fodeu, eu me rendo!
Peguei minha chave e abri o portão, entrei e fui atrás dela.
Alvarenga: Comé que é Raquel, já acabou com a gracinha??
Abracei ela por trás, na cozinha.
Raquel: Ué, vai sair mais não? Incrível! -debochou, com a faca na mão cortando cebola.
Alvarenga: Tem nada a ver ficar de mal?🎤 -Cantarolei no ouvido dela; só senti o arrepio frenético- Quer ficar brigando à toa, logo na véspera do meu aniversário, qual foi mô?
Raquel: Tu é um infeliz! -Falou se virando e me abraçando- Mas eu quero ver você tomando as providências, esse viado fica jogando piadinha e aí se eu for resolver você vai quer cobrar de mim, sempre estou errada mesmo né!?
Ela insiste em querer me comandar, esse tempo todo distante ela se esqueceu que eu odeio que me dê ordem, quem dita as regras aqui sou eu porra!!! Enquanto ela querer me ordenar o que eu devo ou não fazer, eu não vou mover minhas mãos, deixa baixo lá.
Quem sabe sou eu porra!!!
Alvarenga: Quando tiver pronto tu me liga que eu vou brotar, agora vou resolver uma parada séria.
Dei um beijo nela e saí, peguei o carro e atravessei com meu bonde lá pra Nova Holanda, tinha uma pendência por lá. Só assim mesmo pra eu atravessar pro lado de lá por mais que seja do lado; o p.u tem tudo que vocês possam imaginar, quem mora no P.u não precisa atravessar pra curtir nada na Nh.

(...)

Parei pra ouvir um som na rua a favelas estava o maior lazer, os amigos tudo bebendo de boa, sem estresse, sem caô. Pelo p.u tá mec!!
Minha favela, meu império!
Dá orgulho vê-la assim desse jeito, na paz!

Observei o mané que deu a casa da minha filha de longe, ele oassava toda hora na frente da tropa .
Deixei estar! Tá abafando, mas não está esquecido não.
Dona Indíara eu fiz sair da favela depois de altos estresses com a Raquel, a mãe dela deu papo pros cara que não era pra eu matar a filha e os caralho, careca ela já ficou, nem fiz mas nada. Só falei: — Minha senhora, se brotar aqui vai tomar só rajadão, minha mulher é de bobeira não.
Esse viado também não passa de hoje! Quando eu lembro da minha princesa falando que eu não estava presente pra proteger ela, porra acaba comigo legal...
Acionei uns soldados meu no rádio e mandei vir com um carro preparado já.
Liguei pra Raquel mandando ela brotar, não demorou muito ela chegou ela com a Alice, puxei ela e dei um selinho.
Alvarenga: Se liga hein -Digo mordendo fraco seu lábio inferior; gostosa!
Raquel: Ai Marcelo para com isso, que dá tesão! -Falou rindo- Deixa eu ir ali nas meninas, tô de olho hein.
Ela deu as costas e eu fiquei com os amigos curtindo ali o lazer.
Hoje é dia de baile baile comemorar o aniversário de quem, do chefão, eu mesmo nessa porra!!! Quando deu 19h eu ainda bebia com a tropa reuniãozinha com os meus tava o aço, a rua cheia geral no aquecimento pra mais tarde!
— Hoje eu vou dançar até meu salto virar rasteirinha mona, o Parque está em festa!!!! —Disse o tal Gutty, passando pertinho de mim.
O olhar da Raquel se encaminhou logo pra cá, vi que ela fechou a cara.
Eu resolvi chamar decidi trocar uma ideia com ele, na moral.
Alvarenga: Coé, chega aí. -Digo assim que passou perto de mim; ele colocou a mão no peito, como quem diz: Eu?- Tu mesmo pô.
— Pois não. — Falou feito homem.
Alvarenga: Então tu quis me entregar pros polícia né? -Indago, sereno.
— Não Alvarenga, eu quis ajudar minha amiga.

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