20° Capítulo

7.8K 627 59
                                    

Atravessamos para a Nova Holanda, lá na Malha, a Raissa foi lá dentro buscar a Alice, coitada da minha filha não para quieta tadinha.
Alvarenga: Só quero ver que caôzada é essa que tu está jogando nos meus peitos. -Dizia reclamando- Quero só ver.
Raquel: Escuta só o que eu estou te falando, você nunca mais me peça pra levar a minha filha na esquina, você não tem responsabilidade com criança Marcelo, tu saiu e deixou a garota com aquela última cereja do bolo, em algum momento?
Alvarenga: Raquel, aguarda!
Raquel: Sabe qual é o seu problema? Encher seus olhos com piranha, real! Podem até ser bonitinha, mas não vale o pau que chupa, NÃO SÃO DE CONFIANÇA porra!
Alvarenga: Tá bom Raquel, já é cara.
Raquel: Ainda mais tendo outras na disputa, envolvendo criança... Sabe que elas fazem de tudo pra descartar qualquer outra da jogada, você vê isso não? -Falo encarando ele, bem séria- Por um lance do passado a minha filha paga?? Se for pra Alice sofrer na mão de madrasta eu afasto ela de você na marra! Isso não é uma ameaça e arrumo logo um pai pra ela, que fique com a mãe dela por perto! Que EU -enfeso batendo no peito- Jamais vou deixar encostar um dedo nela; enquanto eu tiver viva vai ser encostar nela e me aturar depois, agredir criança é mole pô, quero ver entrar no problema com gente grande!
Ih, eu falei à beça na ondinha sagais da cerveja am... ele que ature!

Raissa ajeitou minha bebê no banco traseiro e ficou pela mãe dela mesmo, ele ligou o carro e saiu acelerando firme.
Alvarenga: Eu tomei conta da menina pô, eu sou homem pra caralho, não sou moleque não porra! Ninguém sobe a minha cabeça não, nem dinheiro quem dirá mulher, tudo puta...
Engraçado que leva as puta tudo pra passear como família, ridículo!
Nem me ofendi, porque eu não sou, mas o dia que eu precisar ser puta, EU VOU SER, não sabemos o dia de amanhã. É uma vida corrida, perigosa, ilusão do começo ao fim, porém que mata a fome de muita gente, e se um dia eu tiver que recorrer a isto eu irei vivênciar esse novo mundo, espero que seja apenas por extrema necessidade, na real, eu não espero e não desejo isso pra mim, nem pra ninguem!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Tem quem goste e tem quem precise!
Enfim...

Acendi a luz do carro e me virei pra trás mexendo na Alice, virei o braço dela pra ele poder ver.
Raquel: Olha isso aqui aqui...
Ele olhou por alguns minutos pelo retrovisor e sua feição mudou no mesmo instante.
Se não doer nele, o doente é ele! É a nossa filha! Não tem cabimento e nem explicão para agressão com filho dos outros.
Ver minha filha marcada, com uma marca que não tenha sido eu quem fiz, me machuca todinha por dentro e o que mais me dói é ter a vagabunda ao meu alcance e não fazer nada. Deixa...deixa está.
Alvarenga: Na moral? -Falou me encarando apoiado no volante, olhando pra frente meio puto- Eu vou matar essa mina, Natália tá fodida!
Alvarenga: A Pérola falou que foi o que isso?
Raquel: Que ela mexeu em algo lá e a maluca pegou no braço dela e ainda pediu sigilo e desculpas.
Alvarenga: Eu vou resolver, isso não vai ficar assim não.
Silêncio...
ele foi o caminho todo em silêncio.
Ao invés dele me levar pra casa me levou pra uma outra, dele.
Raquel: Eu quero ir pra minha casa, amanhã é outro dia!
Alvarenga: Vamos resolver essa porra hoje, me aguarda aqui que eu vou voltar.
Raquel: Eu vou entrar sozinha aqui com a Alice no colo? -pergunto revirando os olhos.
Alvarenga: Bora logo Raquel, vou levar ela.
A criança não tinha paz, ele a levou no colo, tinha uma tia dele pela sala, deixou Alice no quarto arrumou ela na cama todo jeitoso, no maior carinho.
Alvarenga: Vamos ali comigo, Quel! -chamou; na verdade eu já sabia que ele iria me levar junto; me chamando pelo apelido foi o melhor!
Raquel: A Alice fica com quem?
Alvarenga: Com a minha tia, ela olha rapidinho.
Alvarenga: Tia, dá uma olhada na sua sobrinha aí rapidinho.
– Marcelo, Marcelo, -Riu- Oi filha, tudo bom!?
Raquel: Tudo bem!! -Sorri, respondi simpática.

Logo saímos da casa e entramos no carro, Marcelo tava tão estranho...
Não demorou muito chegou no pagode, e os carros da segurança dele indo atrás, em todos os lugares que passamos iam
Alvarenga: Se liga, vou dar um giro ali dentro ver se encontro a Natália, e já volto, ouviu né Raquel? -Falou me avisando- Eu vou cobrar dela, entendeu?
Não respondi, só o olhei.

Ele desceu do carro e eu fiquei mexendo no celular com a Raissa nervosa me apavorando.
A minha vontade é de rasgar ela todinha na unha, essa ruiva filha de puta.
Me assustei com batidas no vidro do carro e quando eu olhei era a bonita!! A tal Natália. Pois ela veio no lugar certo, na direção de logo quem mais tinha sede nela. Eu fui pro lado do motorista e abaixei o vidro, destravando a porta na calmaria.

Por hoje é só.
Comentem, divulgue e põe em suas bibliotecas.
Agora é com vocês!!!
Ótima noite?

Laços Traiçoeiros⚡Donde viven las historias. Descúbrelo ahora