Laços Traiçoeiros⚡

32° Capítulo

Liguei a TV do quarto e fui tomar um banho, estava morrendo de sono, muito sono mesmo vestígios de uma noite muito louca.
Assim que saí do banho fui pro quarto e vesti um conjuntinho de dormir bem leve, passei uma loção e me sentei na cama, fiquei assistindo esses programas que acham que tira o tédio do domingo... Mexendo no celular, não demorou nada para ele dar aquele vibre longo de ligação, esperei aparecer no touch e era o Marcelo, pensei até em não atender mas sei la, vai quê...

INÍCIO DE LIGAÇÃO
Raquel: Fala.
Alvarenga: Tá em casa né? Tô indo aí, quero falar contigo.
Raquel: Aperta o interfone por favor, usa a sua chave daqui só quando necessário, por gentileza se você puder. -peço na camaradagem; agora eu perturbo mesmo!!
Alvarenga: Tá Raquel, valeu.
FIM DE LIGAÇÃO

Ele desligou puto da vida.
Normal dele, nasceu puto, sempre puto e vai morrer puto gostoso.
Ôh homem pra dar canseira, jesus.
Neitei, esticando minhas pernas na cama apoiadas num travesseiro rolo, mudei o canal da TV colocando num filme qualquer, logo ouço o som do interfone e comecei a rir sozinha, mas apertava sem parar, pra perturbar também .
— Ele é foda! —Falei comigo mesma.
Coloquei no canal das câmeras pra ter certeza de que realmente era ele, quando confirmei, fui lá.
Ele trabalhou essa casa direitinho cada cômodo dela tem um detalhe diferente, ela foi toda arquitetada, todo o conforto necessário para a segurança de quem aqui mora, a casa da filha dele é toda montada.
Pelo menos nisso ele não pecou!
Não demorou muito para ele aparece no quarto com o semblante visivelmente cansadao, tirou o boné coçando a cabeça...ele estava exausto! Eu sei como ninguém quando ele está zerado, impossibilitado de fazer qualquer outra coisa, a não ser dormir. Olhos fundos e caídos, respiração ofegante, lombeira, esse são os sintomas dele.
Era notório para qualquer um isso, estava óbvio; ele estava completamente debilitado, era um estado de indolência total, não tinha outra explicação pra esse cansaço físico todo dele.
Deu pena!
Me cansou.
Deve está mais ou menos há uns cinco dias sem dormir direito, ou sem pregar os olhos.
Raquel: Você está litetalmente acabado hein! Você precisa dormir ou você não percebeu isso? -Falo como se um esporro.
Alvarenga: Tá foda mesmo. -Falou ao se sentar na beira da cama- Quem te trouxe aqui? -mesmo sem forças perguntou.
Raquel: O Fred. -respondi, rápido; não tenho o que esconder.
Alvarenga: Hum...
Raquel: Vai lá dormir, deixa pra conversar amanhã vai... Pode dormir no quarto da sua filha.
Alvarenga: Pode ser aqui não? -perguntou, descaradamente.
Cara de pau, cachorro. Filho da mãe!
Chega foi engraçado.
Raquel: Pode, Marcelo.
Revirei os olhos, dando de ombros.
Ele tirou a camisa e o tênis, logo pude ver ele se deitando bem mesmo ao meu lado. Foi meio que inacreditável mas ele estava ali... Era real.
Não demorou dez min, pra eu ouvir ele roncar, aff. Pior ronco do mundo, socorro!!
Eu tinha até me esquecido como era ruim o ronco do Marcelo, entra nos ouvidos e fica lá mesmo, não adiantava bater e xingar...A cada roncada superava a outra!
Sinto saudades desses detalhes que me enchiam o saco.
Faz parte sentir saudade!!
Voltei minha atenção pro quarto, fiquei assistindo tv normalmente.
Acordei de manhã cedo, na hora de ir trabalhar, havia esquecido desse detalhe. O Marcelo ainda dormia, resolvi me levantar logo pois já estou atrasada, apoiei uma de minhas mãos no Marcelo e vi quão quente ele estava, até me assustei. Coloquei novamente desta vez as costas da minha mão na testa e no pescoço e realmente ele não estava numa temperatura normal. Ele estava com febre, queimando em febre por sinal.
Sem acorda-lo me levantei da cama e no quarto da Alice, peguei um termômetro e voltei pro meu quarto pondo nele, tudo isso com ele dormindo e olha que ele tem o sono leve, não acordou.
Esperei três minutos e quando marcou 39°c eu fiquei preocupada, resolvi acorda-lo pra poder tomar um banho e algum remédio, mesmo com pena eu acordei.
Raquel: Marcelo, você não está bem. -Digo um tanto nervosa ou totalmente...