problemas no paraíso

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Liam Payne

Estou farto desta merda toda! Estou farto da escola, das pessoas que nela andam, de tudo... Não aguento mais este ambiente que se estalou desde o início do ano.

Visto o casaco que estava pendurado na cadeira e saio da sala de aula. Os alunos estão todos no corredor, visto ser o intervalo.

Apenas quero ir apanhar ar. O ar está insuportável cá dentro.

Quando alcanço a porta de saída, respiro fundo. As coisas estão a descontrolar-se de tal maneira que não sei o que vai acontecer daqui para a frente. Se fosse apenas o caso das minhas notas estarem a baixar, estaria tudo bem. Mas tinha de haver esta pessoa para colocar a minha vida escolar ainda mais na lama.

Sento-me num banco perto das grades da escola. Ninguém quer saber. Ninguém quer saber de como eu estou, do que está a acontecer, do que aconteceu realmente.

Avisto o rapaz que tanto me atormenta a vida nesta escola, aparecer por entre os alunos. Vinha de dentro da escola com um ar superior, tal como todos os dias, aliás.

Gibson.

Como este rapaz me irrita! São inúmeras as vezes em que este veio pegar comigo sem eu ter feito alguma coisa. Às vezes, é porque alguém lhe foi inventar uma mentira sobre eu lhe ter feito alguma coisa ou ter falado mal dele nas costas - como se eu tivesse alguém com quem falar sobre ele -, outras vezes é porque apenas acha graça. Pois eu não acho.

Não me bate. São apenas brutalidades verbais. Quando isso acontece apenas ignoro. Não posso mostrar parte fraca ao seu lado. Ele acabará por se cansar e desistir de uma vez por todas de se meter comigo.

Assim espero.

Ele dirige-se para onde eu estou. Não creio que me tenha visto, mas tenho um pequeno pressentimento que mais tarde ou mais cedo isso acabará por acontecer, por isso saio dali.

Não é covardia. Apenas não quero aturar as suas merdas hoje. O dia está demasiado maravilhoso para vir ele e estragar tudo.

Se bem que a minha professora de matemática contribuiu para o estrago deste belo dia. Desde o início do ano que embirrou comigo e agora não há nada que eu possa fazer para mudar a impressão que ficou de mim. Só porque cheguei 2 minutos atrasado e por não me desculpar imediatamente já sou julgado para o resto da vida.

Neste momento, isso tudo já não interessa. A minha mente viaja para hoje de manhã, no autocarro. Aquele pequeno, mas precioso, momento que tive com a Dorothy.

Dorothy. O seu nome é tão divino. Parece algo diferente, uma coisa tão dela. Não a conheço tão bem como gostaria, mas parece assentar-lhe tão bem. Embora ela estivesse um pouco triste ao dizê-lo. Não entendi o porquê disso, mas distrai-me facilmente pela beleza transmitida na sua timidez. Ela é tão bonita, em todas as situações, que me surpreende de todas as vezes.

Uns rapazes sentaram-se no banco em que eu me encontro agora, sem qualquer permissão. Não me importo. Também estava sozinho de qualquer maneira.

Olho em frente ainda a pensar naquela rapariga que me ocupa a cabeça à mais ou menos 3 semanas, talvez mais.

O som da campainha assinala o começo de uma nova aula. Bufo frustrado.

É apenas mais uma aula. Depois voltas para casa e enterras-te debaixo dos cobertores. Convenço-me a mim próprio.

Obrigo-me a levantar do banco que, embora não fosse muito confortável, era melhor do que ficar a ouvir a minha professora de Biologia falar da sua própria vida. Ninguém quer saber.

Encontrava-me agora na minha confortável cama a olhar para o teto. Estou à quase uma hora a tentar dormir, mas não consigo. Não consigo porque tenho muitas coisas para pensar, mas não consigo pensar em nada. Uma grande dor de cabeça instala-se e isso parece afugentar todo o sono que ainda tinha.

Coloco as minhas mãos em cima da cabeça numa tentativa falhada de fazer parar a minha - agora - enorme dor de cabeça.

O mais irritante é que tudo passa pela minha cabeça, mil coisas para pensar, mas nada em concreto. Não consigo explicar direito. É uma sensação estranha.

Mudo de posição dezenas de vezes mas nada parece funcionar. Tiro a almofada debaixo da minha cabeça para a colocar por cima da mesma. A frescura da almofada ajuda um pouco.

Finalmente adormeço e a última coisa que me lembro é de pensar nuns lindos olhos verdes.

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oiii

infelizmente, o facto de estar de férias não vai ajudar a que atualize mais rapidamente, pois preciso do meu tempo para escrever os capítulos. embora eles sejam pequenos, eu preciso de organizar as minhas ideias. 

bom, as leituras diminuíram muito nos últimos dois capítulos, o que me desmotivou muito. eu sei que não tenho muitas leituras, mas por favor se existir alguma coisa que não achem menos bem, digam-me e eu tento fazer melhor. 

este capitulo está um bocado coise porque eu própria estou coise hoje, mas aqui está o capitulo. espero que gostem. :)

BabyPopcorn xx

The White Bus |l.p|Onde histórias criam vida. Descubra agora