Capítulo 20

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Skyler

O chão estava frio em meu rosto quando abro os olhos, a escuridão era a única coisa que eu via.

— Kalel! — chamo pelo nome da primeira pessoa que vem a minha mente. Ergo-me olhando em volta, mas não vejo nada a um palmo da minha frente.

Onde estou?

— KAL! — grito, mas não tenho resposta. Começo a andar, mas a cada passo que eu dava mais escuro ficava o que parecia impossível, até topa em algo duro no chão o que me faz cair.

— Droga! — resmungo, mas algo estranho me faz ficar em alerta, eu não sentir nada com a queda, nenhuma dor. Ainda chão tento morde a minha mão, mas não sinto nada nem o sabor do sangue ou líquido quente, nada, como se o meu corpo não existisse.

— Mas o que... — uma porta é aberta e uma luz branca invade a escuridão, queimando a minha retina. Bloqueei os meus olhos com as mãos e me levanto seguindo até a luz, mas antes que eu chegasse mais perto, ela se fecha com um baque que ecoa por todos os lados.

— NÃO! — grito desesperada, e corro para alcançar a porta tateando o nada, como se ela não tivesse ali antes, a sensação claustrofóbica retorna com força me deixando atordoada.

— Mas que merda está acontecendo? — sussurro e uma risada tenebrosa é ouvida, me fazendo sobressaltar.

— Você acha que vai escapar de mim tão fácil de mim. — recuo, dando um passo pra trás.

Essa voz...

De repente, um foco de luz ilumina a mulher a minha frente.

Rubi.

— O que você está fazendo aqui? Que lugar é esse? — pergunto desesperada.

— Garota ingênuo demais, mal fizemos o pacto e você já faz a besteira de morrer — fala que desdém.

Morre? Do que ela está falando?

— Do que está falando? Que tipo de magia você me trancou! — rosno.

— Deixa de ser burra garota, você morreu!

O impacto dessa informação me fez recuar.

Não... impossível! Eu posso regenerar...

Rubi ri como se lesse minha mente.

— Não sei em que briga você se meteu, mas o seu assassino atingiu em cheio o seu precioso coração. — olho desesperada para o meu peito, mas não vejo nada.

— Esse corpo não é o seu físico garota. — Rubi revira os olhos.

— Você está morta! Mas a sua sorte é que eu fiz o pacto com a faca da alma, e nem a sua morte te impede de cumprir o seu dever comigo. — ela chega mais perto de mim, revelando o seu corpo inteiro revestido de um manto negro.

Eu não posso ter morrido isso só pode ser um pesadelo. Não consigo acreditar que nunca mais verei Kalel, isso não...

— A sua alma me pertence enquanto o pacto não for cumprido, até lá, a sua vida e morte está em minhas mãos. — ela aponta para a sua palma e sorrir maquiavélica.

Um arrepio sinistro percorre a minha pele e eu tento fugir, mas antes que eu desse um passo sou paralisada.

— Tsc tsc tsc... não tem pra onde fugir garota insolente, você vai voltar para à terra e cumprir o que prometeu, depois eu te devolvo para esse buraco em que te peguei. — ela ri e empurra o meu peito fazendo o meu corpo cair em um abismo que se fazia ecoar os meus gritos.

Alfas em GuerraWhere stories live. Discover now