Capítulo 41

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Skyler

Saio porta afora em direção ao rio, caminho apressadamente pela margem me sentindo extremamente confusa, minha cabeça dói e meu coração bate descompassado sobre a minha caixa torácica.

Minha consciência briga incessantemente com minhas emoções.

Ele é seu inimigo.

Você não o conhece, ele pode estar te enganando.

Não faz sentido, se ele estava mentindo sobre me sequestrar, então, por que ele me mantém aqui sobre esse feitiço? Ele também está enfeitiçado?

Eu sentir o seu peito, a dor refletir em seu olhar, deuses, são tantos questionamentos.

— Argh!! — Puxo o meu cabelo com força, furiosa por não estar no controle dessa situação.

É tão mais fácil lidar com a raiva do que essa insegurança dos meus julgamentos.

Continuo andando sem me preocupar com as consequências, Kalel não me seguiu e não sei se o feitiço fará efeito agora que estou tão distante da cabana.

Chuto uma pedra em meu caminho em direção às águas cristalinas do rio, vendo-a afundar, para nunca mais subir.

Isso me faz para, olhar para onde ela desapareceu, imagens de mim, mergulhando sobre essas águas, rodeada de sentimentos conflitantes.

Agito a cabeça, apagando as cenas desconexas.

Não faz sentido, desde que cheguei aqui nunca entrei nas correntezas frias do Yukon.

Será que minhas memórias estão voltando? Ou será o meu cérebro pregando uma peça?

Massageio minha têmpora, sentindo uma leve dor de cabeça. Eu preciso lembrar de tudo, preciso saber quem é esse homem que se diz meu namorado, se tudo o que ele disse é verdade, porque me envolvi com um inimigo?

São tantas perguntas que só há uma pessoa poderá me responder. Suspiro, me preparando para voltar para cabana, mas antes que desse um passo, braços fortes e frios, envolve o meu pescoço imobilizando-me com firmeza.

— Finalmente te achei! — diz o dono da voz áspera e de hálito pútrido.

— O que... — ele tampa a minha boca e nariz com um lenço úmido por éter?

Tento me debater, mas o cheiro forte me deixou sonolenta e...

— Shiiii, fica calminha lobinha. — foi a última coisa que ouvir antes de apagar.


Megan

A mesa estava posta quando sentamos, Olaf estava em seu habitual lugar e eu e minha mãe ao seu lado. A tensão na mesa era quase palpável, William estava desesperado com a possibilidade de Rubi exigir comer alguém vivo sobre a mesa.

— O... Jantar será servido, o primeiro prato será macarrão ao molho branco com o acompanhamento do nosso melhor vinho nortenho. — o mordomo arranha a garganta e fita a feiticeira de soslaio quando diz:

— Estamos aberto para sugestão de algum prato... hum... diferenciado. — Rubi dá um sorriso charmoso entendendo as palavras ocultas do Will.

— Eu adoro esse prato, quem não gosta de uma boa massa? — faz graça, e Teo rir apaixonado. Todos na mesa olham para ela, abismados e confusos com sua resposta, mas é Liam que faz a almejável pergunta.

— Desculpe-me perguntar, mas eu não sabia que... a sua espécie comia comidas normais. — minha mãe o fuzila em advertência, mas Rubi responde com seu medíocre sorriso.

Alfas em GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora