I'm Here

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Assim que a porta se abriu, encontrei meu irmão. Estava mais arrumado do que de costume, parecia ter um sorriso forçado nos lábios.

E, ao seu lado, uma mulher alta e loira. Estava sorrindo de maneira educada, enquanto segurava uma vasilha em suas mãos.

Logo percebi que era Jessie. Estava mais velha e tinha traços mais maduros. Ela e Sam estavam de mãos dadas.

É assim que sempre quis ver meu irmão.

- Oi, Dean - ela me cumprimentou e adentrou em casa, após tocar meu ombro - Posso deixar isso na cozinha?

- Hãn... Claro. A Allison já está lá fora - sorri forçadamente e depois me virei para o meu irmão - Cara, é a Jessie. Você nem acredita o que está acontecendo aqui!

- Você já está bebendo, Dean? - Sam perguntou com desgosto, vendo a garrafa de cerveja nas minhas mãos - Achei que tivesse parado.

- O que? - franzi minha testa. Ele nunca reclamava disso. Nenhum dos dois reclamava, na verdade - Cara, um Djinn pegou a gente e você reclama que eu estou bebendo?

- Um, o que? - meu irmão entrou em casa e tirou seu casaco, eu estava ficando cada vez mais confuso - Olha, eu vou falar com a Allison. Vê se para de beber, 'tá cedo. E é aniversário do papai. Mais respeito.

Então, Sam simplesmente saiu da da minha frente, após deixar seu casaco pendurado no cabide perto da porta.

Estreitei os olhos, pensando que nem Sam sabia o que estava acontecendo aqui. Talvez só eu esteja aqui e ele nem saiba que isso é mentira.

Tudo bem que, suas exigências não eram diferentes das reais. Sempre tentando ser o mais sensato. No meu lugar, eu duvido que não faria o mesmo.

Estava prestes a fechar a porta, quando ouvi alguém me chamar. Minhas pupilas dilataram ao reconhecer a voz, não era possível.

- Dean, você está bebendo, de novo? - era ela.

- Mãe? - franzi minha testa e me virei para olhá-la.

Estava tão linda, com um vestido claro e os cabelos bem arrumados, com aquele olhar preocupado. Era ela mesmo.

- É v-você.

- Pensou que fosse quem? - uma segunda voz, dessa vez, masculina.

Meu pai estava bem ali, um sorriso foi crescendo pelos meus lábios.

Os dois nem tiveram tempo de entrar em casa, larguei a garrafa de cerveja na mesa e corri para abraçá-los.

Puxei os dois para perto de mim e senti meus olhos lacrimejarem. Eles estavam aqui, bem aqui na minha frente, eu sorri em meio ao abraço.

- Vocês estão aqui, mesmo - falei baixo, enquanto sentia os dois travados com meu gesto.

- Dean, querido, o que está acontecendo com você? - ouvi minha mãe perguntar, a preocupação bem evidente em sua voz.

- Nada. Não é nada - eu me afastei, engolindo a saliva com dificuldade - Só estou feliz por estarem aqui.

- A ideia de fazer um churrasco aqui, foi sua - meu pai falou, batendo levemente nas minhas costas, eu assenti. Tinha que mentir, enquanto não soubesse como sair daqui - Vamos, temos que falar com os outros.

Concordei novamente e acenei para que entrassem. Eu respirei fundo, antes de segui-los. Se isso fosse um sonho, não poderia imaginar uma vida melhor.

Olhei a rua por um momento e cumprimentei os vizinhos do outro lado da rua, que passeavam com seus cachorros e o outro que cuidava de seu jardim.

...

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