Capítulo 69

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José

Ainda não conseguia acreditar que mais uma vez Anastásia havia me passado a perna. Mais uma vez a subestimei, mas como eu poderia saber que ela e Andrea iriam se juntar contra mim? Isso nunca me passou pela cabeça.

Dirigi como louco até o meu apartamento e quando entrei no mesmo dei de cara com Elena e Gia sentadas no meu sofá. Essas duas eram mesmo espaçosas. Pena que hoje eu não estava com paciência para elas.

Ignorei as duas e foi em direção ao meu escritório. Retirei um dos quadros da parede e abri o cofre que ali estava escondido e saquei de lá todo o dinheiro e arma e que tinha guardado.

— Aconteceu alguma coisa?— perguntou Gia ao me ver colocar tudo dentro de um saco

— Aconteceu. — respondi seco

— Vai demorar a contar?

— Anastásia me pegou. — Ela e Elena me olharam sem entender — Ela me encontrou com uma escuta e meio que conseguiu uma confissão minha de todos os delitos que cometi. A maldita tem nas mãos provas de que eu foi o mandante do sequestro dela. — Elena arfou

— Você? Foi você quem a sequestrou?

— Foi o que acabei de dizer. — disse sem paciência e foi até o meu quarto pegar algumas roupas sendo seguido pelas duas — Preciso sair daqui rápido antes que a polícia bata aqui.

— E nós?— perguntou Gia — Como nós ficamos? E os nossos planos? — sorri

— Danem-se os seus planos.

— Você só estava a nos usar. — disse ela com raiva

— Touché.

— Não acredito que estivemos este tempo todo lidando com um criminoso. — disse Elena e comecei a rir

— Você acha que é melhor que eu, Elena?— perguntei — Pois saiba que não é.

— Eu não cometi nenhum crime.— disse ela

— Você ajudou a sua amiga a drogar o Elliot para que a esposa dele dê-se um falso flagrante nos dois e sempre soube qual a lição que meu homem daria em Suzanna. Lamento destruir as suas ilusões, mas você é sim uma criminosa. É tão criminosa quanto eu. Agora saiam da minha frente que não tenho tempo a perder.

As duas saíram e corri para fora do meu apartamento. Estava fora de questão usar o meu carro pois com certeza seria rastreado rapidamente por isso andem alguns quilómetros a pé. Me livrei do meu celular pelo caminho e entrei em uma loja para comprar um descartável.

Acabei por roubar um carro de um parque de estacionamento fazendo uma ligação direta e parti rumo ao lugar onde mantive Anastásia em cativeiro. Ali seria o último lugar onde me procurariam e o lugar perfeito para me organizar de modo a me livrar de toda a trapalhada em que me havia metido.

Autora

Guilherme havia sido chamado pelo agente da sua banda para uma reunião e estava até agora sem palavras. O seu talento finalmente havia sido reconhecido e eles iriam lançar o seu primeiro álbum e uma turnê.

Ele saiu da reunião e foi direto para a boate "El diaba" onde sabia que encontraria as irmãs para compartilhar a notícia com elas. As duas sempre haviam sido as suas maiores apoiantes e queria que fossem as primeiras a saber.

— Qual a grande novidade?— perguntou Leila quando viu o irmão caçula entrar eufórico na boate

— Melhor vocês sentarem.— disse Gui e elas trocaram um olhar

— Algo grave?— perguntou Ana preocupada e ele sorriu

— Algo bom.

— Fala de uma vez, Gui. — exigiu Leila

— Minha banda vai gravar um álbum.

— AHHHHHHHHHHH. — só se escutaram os gritos das irmãs Steele e as duas se jogaram nos braços do irmão

— Você merece.— disse Leila

— Sempre acreditei em você. — disse Ana

— Tem mais. — disse Gui — Nosso produtor quer fazer uma turnê pelo mundo para divulgar o álbum. Parece que finalmente sairei das asas dos nossos pais.

— Por falar nisso. — disse Ana — Christian me convidou para morar com ele. — Leila e Gui a olharam surpresos

— Me diz que você aceitou.— disse Leila

— Lógico. — os irmãos se abraçaram mais uma vez

— Só você vai continuar morando com eles?— perguntou Gui a Leila que negou

— Não mesmo.— disse ela — Eu havia decidido alugar o apartamento que vagou no prédio do Christian. Parece que seremos vizinhas, mana. — disse Leila piscando para a irmã — Agora que estou namorando firme com o Luke preciso da minha privacidade.

— Quero só ver quem vai contar estas novidades todas para o Sr. Raymond Steele.— disse Guilherme preocupado

Os três acabaram por decidir dar a notícia aos pais juntos. Eles não eram mais nenhumas crianças e os pais tinham mais era que ficar felizes por eles pois todos estavam a tomar rumo na vida. Eles chegaram em casa e encontraram os pais na sala.

— Que surpresa ver os três em casa. — disse Carla

— Precisamos conversar com vocês.— disse Ana assumindo a liderança

— O que vocês fizeram?— perguntou Ray largando o jornal que lia e Ana revirou os olhos

— Aqui ninguém fez nada, só tomamos algumas decisões nas nossas vidas que precisamos compartilhar com vocês.

— Podem falar.— disse Carla

— Eu começo.— disse Gui — Finalmente o meu talento musical foi reconhecido, mesmo vocês não acreditando nele. — disse dando uma risadinha — Minha banda vai lançar um disco e iremos sair em turnê pelo mundo para o divulgar.

Antes que os pais pudessem dizer alguma coisa Leila se chegou a frente.

— Eu comecei um relacionamento sério com Luke e percebi que preciso de meu próprio espaço. Estou me mudando para um apartamento que vagou no prédio de Christian.

E finalmente, Ana.

— Eu estou namorando com o Christian e ele me convidou para morar com ele. — Ray abriu a boca em choque — Eu aceitei. Bem o que nós queríamos dizer a vocês é que estamos saindo de casa. Os três.

— Vocês enlouqueceram. — disse Carla contida

— Mãe...

— Sair de casa? Vocês tem tudo aqui. Porque iriam querer sair?

— Temos tudo?— perguntou Leila rindo — Nós não temos o essencial. Respeito. Você e papai nunca nos respeitaram e muito menos as nossas decisões. Sempre querem mandar nas nossas vidas.

— Vocês não vão a lugar algum.— disse Ray com calma fazendo os filhos o olharem

— Você não me vai impedir de seguir o meu sonho. — disse Gui ao pai

— Sonhos não enchem barriga.

— Tanto faz. Eu não vim pedir a sua permissão. Vim aqui somente dar um aviso.

— Não olhe para mim porque se disse que saio desta casa é porque saio mesmo e não tem nada que o senhor possa fazer para impedir. — disse Leila ao pai e então ele se virou para Ana

— Se você for embora esqueça a empresa.

— Como?

— Você me escutou, Ana. Saia por aquela porta e você também esta fora da nossa empresa.

— O senhor não pode fazer isso. Ana fez mais por aquela empresa do que você.— disse Gui exaltado e segurei o seu braço

— Se é isso que quer faça.

Ray olhou para Ana como se não acreditasse no que acabava de escutar e ela lhe deu as costas indo até o quarto arrumar o resto das suas coisas. Tudo o que queria era correr para os braços de Christian.

Love GameWhere stories live. Discover now