Capítulo 2

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Região Centro-oeste do país, clima semiárido, solo fértil, clima quente

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Região Centro-oeste do país, clima semiárido, solo fértil, clima quente.

Estávamos no pleno pantanal brasileiro e nada me encantou tanto. A natureza era uma obra-prima, nem mesmo o melhor pintor seria capaz de descrever tamanha riqueza de detalhes, cores e diversidades.

Lembrei-me de mamãe, que sempre foi amante da natureza, como pode um casal ser tão diferente um do outro? Enquanto meu pai criava-me para matar, comandar e destruir, minha mãe educava-me para ser um homem melhor que meu pai. Por esse motivo, presenciei brigas homéricas entre eles. O poderoso Olavo sempre rendia-se aos encantos de sua doce esposa.

Acho que mamãe fez o trabalho melhor que papai.

Aproximamo-nos do grande casarão no meio da plantação de soja que se perdia de vista. Fazenda comprada há um ano atrás, hoje serviria de cativeiro luxuoso.

Todos os homens estavam disfarçados de agricultores para não levantar suspeita. Desço da caminhonete e olho tudo ao redor. Plano perfeito, longe da civilização, não tem para onde ela correr, já que o vilarejo mais próximo é quase sem quilômetros de distância. Era tudo perfeito, nada podia sair errado.

Subo os primeiros degraus da escada e a porta se abre, Pedro Domingues, meu subchefe aparece, mas o que me chama atenção é o olho roxo enfeitando seu rosto.

— Mas que merda é essa? — Exclamo.

— Isso? — Aponta para o ferimento. — É o que a garota inocente fez. — Fala sarcástico.

— Não se fazem mais seguranças como antigamente.

— Quero ouvir o senhor dizer isso isso depois que falar com a ferinha indomável. Ela está como pediu. Sugiro que tenha cuidado ao entrar no quarto.

Revirei os olhos, era melhor ficar calado e não me irritar com meu subchefe. Ele entrega-me a chave do quarto, olho-a com cuidado, não era minha intenção deixá-la presa, se a menina colaborar eu mesmo a deixo solta pela residência. A casa era imensa, seguranças para todo lado, por isso não tinha grade. Todos de olhos bem abertos em Nathalia Sánchez.

Subo as escadas e vou direto para meu quarto, que fica no final do corredor, mas antes disso paro em frente à porta do quarto da minha refém. Está tudo no mais absoluto silêncio. Balanço a cabeça e tenho certeza que Pedro está exagerando.

Entro na suíte master, nada mau para uma casa no meio do nada, a mobília rústica, cama gigante com dossel, era um ambiente bem sexy, flores espalhadas em jarros transparentes, um frigobar, um balde de armazenar gelo e duas taças, sorri sem humor, para que tudo isso se ficaria um bom tempo sem sexo? Deve ser por isso que descontei tudo na aeromoça.

Fui para o banheiro, descartei a roupa suja e abri o Box, tudo era bem espaçoso e confortável, o ex dono gostava de luxo, mesmo no meio do mato.

O Chefão do Tráfico Onde as histórias ganham vida. Descobre agora