Paris in the Rain

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Rafaella

Bianca saiu do banheiro voltando para o nosso quarto vestindo somente calcinha e uma das minhas camisetas, graças a nossa diferença de altura e ao fato da camisa já ficar um pouco larga até em mim, a peça de roupa vai até quase os seus joelhos. Minha namorada ignorou a minha presença na nossa cama, ela se sentou na ponta do colchão nos pés da cama focada em passar o creme hidratante nas suas pernas, observei em silêncio o amor da minha vida distraída murmurando baixinho alguma música a qual eu desconheço, concentrada em seguir com a sua rotina pós banho. Meus olhos delinearam de cima a baixo o lindo corpo bronzeado enfeitado com várias tatuagens, as vezes é difícil acreditar que a beleza interna dessa mulher consegue ser muito maior do que a externa, afinal a beleza externa dela já é inigualável e incomparável.

-Acho que eu deveria ir para o Rio de Janeiro mais frequentemente, manter o bronze natural que você parece estar gostando tanto de admirar desde que eu voltei. - Tirei os meus olhos das suas pernas, encontrando o seu olhar e percebendo só agora que ela está olhando para mim.

-O bronzeado natural não é o motivo deu gostar de ficar te admirando. - Um lindo sorriso tomou conta dos seus lábios e eu automaticamente retribuí o ato. -Na verdade estou ofendida por você ter chegado a essa conclusão, afinal sempre amei te admirar, bronzeada ou não, sendo o bronzeamento artificial ou natural.

O sorriso no seu rosto se alargou, a Bianca se levantou deixando o creme em cima da sua penteadeira antes de vir até mim e se sentar no meu colo, suas pernas uma de cada lado do meu corpo e seus olhos nunca deixando os meus. Minhas mãos deslizaram pelas suas coxas grossas parando na sua cintura, a sua mão esquerda pousou no meu ombro enquanto a outra tira uma mecha do meu cabelo da frente do meu rosto.

-Verdade, manter os seus olhos longe de mim sempre foi uma tarefa difícil pra você. - Revirei os meus olhos ouvindo ela rir.

-Convencida. - Senti a sua mão direita se emaranhar aos meus cabelos, ao mesmo tempo que ela recostou a sua testa na minha.

-Sou mesmo e ainda assim você me ama. - Pra tirar o sorriso convencido do seu rosto eu levei a minha boca até a sua, dando um selinho nela antes de chupar o seu lábio inferior e o morder soltando em seguida.

-Sorte a sua que eu te amo e quanto a você ir mais frequentemente para o Rio, só aceito se eu puder ir junto.

-Sentiu a minha falta nesses cinco dias que eu estive fora? - O sorriso presunçoso voltou a aparecer.

-Só um pouquinho, mas a verdadeira razão deu querer ir junto é porque tô com saudade da sua família. - Respondi a provocando, Bianca afastou o seu rosto do meu e foi a sua vez de revirar os olhos.

-Mentirosa, você tava morrendo de saudade, tanto que não desgrudou de mim desde hoje de manhã quando foi me buscar no aeroporto. - Ela voltou a se aproximar levando a sua boca até o meu ouvido. -E eu preciso te lembrar que a saudade foi tanta que nem paciência para chegar no nosso quarto você teve, dois segundos depois de entrarmos em casa eu já estava sendo prensada contra a porta da entrada e você me fez gozar ali mesmo. - O seu tom de voz baixo, rouco e as lembranças que as suas palavras estão trazendo a minha mente, fazendo parecer que a temperatura do ambiente aumentou ao ponto de ser considerado insuportável.

-Eu não ouvi reclamações suas na hora. - Devolvi a provocação.

-É porque eu não tenho do que reclamar. - Sussurrou, antes de voltar a recostar a sua testa na minha prendendo seu olhar no meu. -Nunca tive, pelo menos não com você.

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