Capítulo 9- Eternity

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Eternidade não significa tempo sem fim, mas é tempo algum, indefinido.

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O espaço, estrelas, asteroides... Corpos celestes variados. Um ser disforme que outrora era verde esbranquiçado pelo seu estado de humor apresentava uma cor verde-azulada ironicamente doentia, ele navegava pelo espaço sem fim, criando, reparando... Até que uma presença se fez perceptível. Uma massa negra-acinzentada, pior que qualquer buraco-negro existente se aproximava da outra figura.

-Esta ofuscando minhas estrelas- a voz do verde-azulado repreende com desdém.

-Não pretendo ficar muito tempo- a voz grave ecoava pelo espaço.

-Vai levar qual?- a foz soava uma indiferença forçada.

-Uma estrela antiga, distante daqui, você nem se lembrará dela.

-Eu me lembro de todas elas- a voz responde com um ar melancólico- Por que não enviar um representante?- pergunta em um tom arrogante.

-Preferi, pelo teor pessoal, vir pessoalmente- o outro responde- Dado o jeito que terminamos nossa última conversa.

-Me deixe sozinho Azrael. Apenas, faça o que veio fazer- o outro soa resignado.

-Você não me deu uma chance de dizer o porque da minha ida à aquela casa Raphael- a voz soava como sempre, plácida- E não pude responder ao seu comentário idem.

-Que comentário- a voz soava cansada.

-Não me agrado em ceifar vidas Raphael- o outro falava firme- Apenas faço o trabalho que fui designado. Não me oponho ao seu trabalho e não somos inimigos, apenas dois lados da criação. Considero meu trabalho uma fase, assim como os átomos que formam todas as coisas mudam com o tempo, eu, a morte, sou uma transformação. Sua estrela não extinguirá Raphael, ela se tornará talvez uma nebulosa, ou uma rocha que se unira a outra e talvez origine um planeta... Assim são as coisas.

-Saber disso não torna mais fácil- Raphael falava ainda triste- Não temo a mudança necessária Azrael, mas temo a hipocrisia, a violência, a injustiça...

-Tudo tem sua hora curandeiro- ele fala misterioso- E eu não levo ninguém antes.

-Tudo bem- o ser esverdeado responde curioso.

-Isso inclui o motivo do qual eu fui a Terra- ele soava levemente divertido- Há algo que eu preciso lhe mostrar.

-Olha. Eu peço desculpas, mas pode ficar com as estrelas mortas caídas na...- o ser esverdeado é interrompido ao sentir a presença de outro ser.

Como se retirando um manto de cima, a massa negra diminui revelando um ser avermelhado.

-Raphael!?- o ser rubro pergunta receoso.

-A...Zahry!? Mas como?

-Uriel fez um bom papel como Arcanjo da arte- a voz do ser escuro soou presunçosa.

-Quem mais sabe? - Raphael perguntava ainda surpreso.

-Nunca escondi nada de Anael e como precisei achar você, tive que pedir auxilio a Gabriel.

-E agora? - o azul-esverdeado pergunta ainda desconfiado.

-Para todos os efeitos, a execução teve êxito- Azrael responde- Tudo segue como o combinado.

-Mais segredos...-Raphael fala incomodado.

-Mas não vale a pena?- o ser escuro pergunta quase que com ironia.

-Acho que te devo desculpas- o esverdeado fala sem jeito- E um agradecimento.

-Apenas seja cauteloso, até mais Raphael- e com isso a massa  negra vai se desfazendo até sumir no espaço.

-Eu...sinto muito - o ser avermelhado falava com certo temor.

-Não tem que se desculpar Azahry. Eu é que te peço perdão. Por ser tão cego, tão descrente- a voz fica um tanto comovida- Você não fez nada e nunca mais passará por aquilo.

-Eu não tenho onde ficar Raphael- o demônio soava triste- Não pertenço em lugar algum.

-Então é onde nós vamos ficar- o esverdeado soava animado- Em lugar algum! No espaço!

-Eu posso?- ele soou tímido.

-Seja meu convidado!- o ser branco-esverdeado estava empolgado- Há tanta coisa para ver, o que quer ver primeiro?

-Eu não sei...?- ele parecia tímido, mas contente.

-Vou te mostra primeiro então a Galáxia de Andrômeda o que acha!?- o ser estava radiante.

-Lidere o caminho!- Azahry respondeu.

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