Aos poucos Anael o convenceu a sair mais do quarto e nós assegurávamos que ele podia ir aonde quiser, lógico dentro das dependências do terreno, mas ele nunca tentou escapar. A primeira vez que ele pisou no jardim ele contou de como ficou sabendo do Éden e da história que se sucedeu. Azahry contou em como foi castigado, pois assim como Zarathiel todos os anjos ficaram frustrados primeiro com Lilith e depois...Bem.
Semanas se passaram com pequenos progressos, passo a passo Azahry falava mais e não temia tanto nós dois. Somente nas visitas de Gabriel o demônio voltava a ficar tenso, mas já estava melhorando.
A única coisa que era evitada de se falar era na possível viagem exploratória como Anael gostava de dizer. Azahry já estava bem familiar com a tecnologia humana, experimentara comidas e passava um bom tempo dos dias no jardim.
-Oh! Olá! Você é novo por aqui? Acho que nunca te vi, sou Joanne, mas pode me chamar de Jo ou Ane.- a mulher falou do outro lado da cerca de maneira amistosa.
-Oi -falou timidamente- Sou Azahry. Eu moro aqui.
-Nome diferente, bonito. Você parece ter a idade do meu filho mais novo, você tem 18?
-Ah..! Sim?- ele concorda incerto.
-Bom te conhecer Azah! -ela sorri falando o apelido criado -Se precisar é só me chamar, tchau!- a mulher se vira para ir embora.
-Tchau Jo!- se despede.
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-Viu Raphael, ele esta até interagindo com humanos- Anael comentava olhando pela janela da sala de estar.
-Ainda acho cedo-eu resmungo lendo uma matéria interessante sobre medicina.
-Temerosos não estamos!? - ela brinca- Olha, eu só estou dizendo que ele esta evoluindo bem, talvez...
-Ele ainda não culpa Zarathiel e só nos deu UM nome de outro cúmplice, Miriel, sendo que provavelmente há mais- eu falo um pouco irritado.
-Talvez ele não saiba- ela fala suave.
-Ou talvez esteja guardando para uma barganha futura- eu levanto essa possibilidade.
-Ou você é muito paranoico para o seu bem- ela critica.
-Ele ainda me vê como mestre - eu bufo.
-Então se aproxime dele, sem ordens e perguntas, só...Conversem- ela sugere como se fosse simples.
-É melhor estar certa sobre ele- eu falo depois de ficar quieto e ponderar a fala dela- Hoje você que dará o relatório de progresso para Gabriel.
-Oh! Não, querido!- a anjo me olha sorridente- Hoje é a minha folga, nada de Gabriel, de Azahry, somente eu e Azrael.
-E ai do cupido ou ceifeiro que interromper seu passeio- eu debocho e ela concorda com um floreio.
-Exato! Somente se houver um Apocalipse. Fui!- e com isso ela sai me deixando com as duas tarefas e irritado.
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O relato para Gabriel foi como o usual, ele em troca dizia como a "investigação" de Uriel caminhava e eu falava sobre os avanços na autonomia de Azahry.
Após começar a anoitecer fui até o quarto de Azahry para conversarmos sobre o passeio que eu particularmente não estava a vontade. Bati na porta e perguntei se poderia entrar e numa voz não muito confiante me foi permitido o acesso.
-Oi, Azahry - eu falo entrando vagarosamente no ambiente.
-Senh-Raphael! - ele se corrige.
-Eu vi que passou bastante tempo no jardim hoje- eu falo calmo apontando o fato positivo de sua melhora.
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One side
Сучасна прозаBem, mal, seguir regras ou seguir aquilo em que acredita? Quando uma descoberta após uma morte que intriga até entidades cósmicas uma escolha terá de ser feita.