Ligação privada

12.4K 900 636
                                    

Dia Seguinte.
Segunda. Nove de Dezembro.

Jeongguk estava certo quando disse que eu iria precisar de ajuda para sentar no dia seguinte. Misericórdia. Como o meu corpo doía. A foda que tivemos no dia anterior foi a melhor de toda a minha vida, sem dúvida alguma. Assim que acordei, ainda em sua casa, fiquei por um bom tempo deitada, curtindo a cama enorme e o seu cheiro entre os lençóis. Quando decidi me levantar, gemi de dor ao pressionar o quadril no colchão. Eu estava fodida, de todas as formas possíveis. Mesmo toda dolorida, não deixei de sorrir ao me recordar da nossa transa maravilhosa e intensa. 

Jungkook superou todas as minhas expectativas. Bocejei e olhei ao redor, notando que estava sozinha. Antes de adormecer, o moreno disse que iria sair bem cedo e que passaria o restante do dia fora. Por um momento, achei “fofo” ele me contar um pouco de como seria a sua segunda-feira. Jeon Jungkook não parava de me surpreender. Após escovar os dentes e lavar o rosto com sabonete, retornei ao quarto e vi uma bandeja na escrivaninha. Me aproximei lentamente e percebi que além de ter um copo com água e um comprimido no centro desta, ainda tinha um pequeno bilhete. 

“Tome esse comprimido, Diana. É para dor muscular. Coma antes de ir pra casa e eu deixei um dinheiro na sala, pra você voltar de táxi.

JK.”

Soltei um riso ao terminar de ler o seu bilhete. Jeongguk era mesmo um homem e tanto. Bebi o comprimido com um pouco da água e dei uma breve olhada no quarto. Não contendo à minha curiosidade, acabei abrindo o seu closet e fiquei navegando entre um terno e outro, sentindo o seu perfume másculo em cada peça. Abri uma das gavetas e meus olhos esbugalharam-se com a quantidade de preservativos, a maioria estava vencido, já que o Jeon passou dois anos fora. Vasculhando ainda mais as suas gavetas encontrei suas cuecas, as quais estavam perfeitamente dobradas.

Respirei fundo e desci para o primeiro andar da casa, chegando na sala de jantar. A mesa, como imaginei, estava arrumada e me perdi com as várias delícias espalhadas, afinal, eu estava faminta. Me sentei rapidamente e comecei a comer, saboreando tudo que foi oferecido pelo dono da casa.  Depois de comer, até demais, organizei a mesa e fiquei andando pela casa, completamente intrometida. Jeongguk morava sozinho em uma casa enorme, cheia de quartos luxuosos e tinha até a sua própria academia no fundo do quintal. Fiquei um bom tempo olhando o lugar, depois fui para casa.

O coreano tinha mesmo deixado o dinheiro para o táxi e tal fato me fez rir como uma abobalhada. Assim que cheguei em minha residência, subi para o meu quarto e coloquei o celular para carregar, em seguida tomei um banho e coloquei a cueca que o Jeon me emprestou para lavar, já a camisa continuei com ela durante toda a manhã, só a tirei quando o meu pai chegou para almoçar. Escondi a camiseta preta tradicional, em meu guarda-roupa e desci para a cozinha, encontrando meu progenitor servindo-se com o almoço que fiz. Sorri e me juntei a ele.

— Chegou de manhã, Di? — Papai questionou, levando uma garfada de comida à boca.

— Cheguei sim. — Respondi sem encará-lo. 

— Entendi. — Sorriu sem mostrar os dentes. — Hoje eu vi a mãe do Benjamin. — Comentou.

Suspirei e levantei o olhar, o fitando.

— Vocês conversaram, pai? — Indaguei, curiosamente.

— Não. — Negou. — Foi coisa rápida, querida. 

— Eu acho que o Ben está sofrendo com o nosso término. — Compartilhei, bebendo um pouco do suco de uva. — Mas sei que ele vai encontrar alguém que o ame de verdade. — Relaxei o corpo.

𝐏𝐀𝐈𝐗Ã𝐎 𝐈𝐍𝐃𝐎𝐌Á𝐕𝐄𝐋, 𝘑𝘦𝘰𝘯 𝘑𝘶𝘯𝘨𝘬𝘰𝘰𝘬Where stories live. Discover now