Capítulo I

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Vale do Loire, França, 1816

Cette fille est jolie.

Louis Tomlinson sabia que jolie era a palavra francesa para bonita ou linda. Infelizmente, não havia muitas outras palavras da linguagem que ele entendesse. Ele se esforçou para traduzir o resto da sentença quando dedos grossos ergueram seu queixo.

Monsieur Cowell o avaliou com os olhos castanhos. A maliciosa análise do homem espalhafatosamente vestido deixou Louis desconfortável. Seu corpo demasiado grande parecia pronto a estourar os botões da camisa de cor clara que usava formando seu terno de três peças. Louis nunca havia visto joia tão bela quanto os impressionantes rubis e diamantes que enfeitavam quase todos os dedos de ambas as mãos do homem.

Ele virou a cabeça de Louis para avaliar seu rosto, observando-o como se ele fosse um brinquedo que está sendo vistoriado para compra, Louis pensou afastando-se, mas os olhos castanhos movendo-se sobre ele lançaram um aviso. Os dedos quentes do homem acariciaram sua mandíbula antes de se afastarem e uma onda de apreensão tomou conta de Louis.

– Daniel? – Louis engoliu em seco, olhando para ele implorando uma explicação.

– Silêncio! – a voz de Daniel sussurrou, passando a mão rechonchuda através de seu cabelo. Seus olhos claros e perfuraram os dele.

Cowell se aproximou até que seu corpo ficasse pressionado contra o braço de Louis e o cheiro forte de seu perfume envolveu-o.

Louis sabia o que estava acontecendo, as mãos do homem corajosamente começaram a se mover sobre seu corpo, apertando seu traseiro e coxas. Uma mão deslizou para tocá-lo através da calça de tecido fino que era usado em seu sono, os dedos sondando através do tecido e entre as coxas. Ofegante e em estado de choque, Louis afastou-se.

Monsieur Cowell riu ao ver a humilhação que esquentou seu rosto.

Elle est plutôt Genee.

– O que você está dizendo? – Louis perguntou, tentando afastar o medo de sua voz.

Cowell olhou para Daniel antes de voltar seu olhar sarcástico para Louis.

– Você não fala francês? – perguntou com seu inglês marcado com um forte sotaque.

Louis levantou o queixo.

– Não, eu não falo. – respondeu ele secamente.

Com o coração batendo enlouquecido pelo medo, Louis olhou para Daniel, condenando-o pelo pesadelo que se transformou sua vida desde a morte de sua mãe no ano anterior. Duas semanas depois da morte de sua, seu padrasto se proclamou herdeiro do barão. Minha mãe antes de ser casada com ele, foi casada com Mark Tomlinson, meu pai que era dono de uma imensa fortuna e muitas terras.

Ninguém conseguiu impedir Daniel de tomar como seu aquilo que pertencia a Louis por direito. Sua mãe, que sempre gozou de boa saúde, nunca fez um testamento, a doença que teve faz com que ela sucumbisse rápido demais, sem conseguir providenciar um. Tinha sido muito fácil para seu padrasto, Daniel Deakin, Conde de Lester, com sua vasta fortuna e imensa arrogância, reivindicar tudo o que havia pertencido a seu pai. Especialmente suas terras.

Infelizmente, isso incluiu a ele, também. Daniel era o seu guardião, e controlava seu futuro. Assim ele se proclamava e o provocava constantemente.

– Não importa. – Monsieur Cowell continuou, agitando sua mão – Minha clientela não vai se importar se você falar. Oui, alguns deles prefeririam que não, ma belle.

CativoWhere stories live. Discover now