Capítulo VI

529 51 2
                                    


– Espere. – Louis lutou para se libertar de seus beijos. Colocou as mãos sobre o musculoso peito, e se afastou dele. Foi difícil. Os olhos verdes de Harry estavam escuros de desejo e determinação.

Sua mente estava girando. Se ele acreditasse que Samuel, sua única esperança naqueles últimos meses sombrios de sua vida, realmente planejava lhe oferecer tal indecência tudo estaria perdido. Talvez ele o tenha ajudado por amizade, pensou, e por isso contratou aquele homem perigoso para salvá-lo. Mas ele não podia imaginar Sam pedindo-lhe para ser seu amante.

E se ele o fizesse...

Louis sempre tinha pensado que poderia cumprir com seus deveres como esposo de Sam, apesar de que seus sentimentos por ele não passassem de uma cálida amizade. Mas ele não tinha ideia do que isso significava exatamente. Depois de sua experiência com o homem que ainda o mantinha no círculo de seus braços, observando-o atentamente, ele sabia o que isso implicava. Ele não podia imaginar as mãos de Sam em seu corpo, sua boca provando a carne macia.

Mas este homem, bem, ele a fazia sentir coisas que certamente não eram decentes. As sensações proibidas que provocava eram inebriantes e mesmo com vergonha de admitir isso, ele queria mais. Queria deixá-lo fazer...

Ele se ofereceu para levá-lo com ele. Isso poderia facilmente ser uma mentira, ele sabia.

Um homem não dizia qualquer coisa para conseguir o que queria? Uma vez que o possuísse, ele poderia facilmente ir embora. E onde iria deixá-lo?

Mas se recusasse, não estaria em uma situação pior? Seu corpo traidor queria que ele terminasse o que tinha começado, desejava sentir o seu toque de novo. Se ele desaparecesse no dia seguinte, ainda não teria casa, nem família. Ninguém para cuidar dele.

Mas teria sua liberdade. O que acontecesse a partir de agora em sua vida era sua escolha.

Louis não teria que viver sob o controle cruel de seu padrasto e estava livre do bordel e de um amante repugnante. E Sam? Ele pediu a ajuda dele, mas ele não podia forçá-lo a ser seu amante.

Louis poderia deixar o belo estranho ante ele ter seu corpo tão facilmente quanto poderia optar por rejeitá-lo. Pela primeira vez, se sentiu poderoso, livre.

– Quem é você? – ele queria saber antes de fazer ou dizer qualquer coisa.

– Harry é o meu nome. – sua voz era suave, como era o roçar dos dedos em todo o rosto do jovem – E se você soubesse mais alguma coisa, iria correr apavorado. Tão longe e tão rápido quanto pudesse.

Louis estremeceu concordando.

– Eu imagino.

Ele o puxou contra seu corpo duro.

– Não, você não imagina. – os traços de seu rosto enrijeceram – Eu tenho vivido no exílio aqui. Eu sou um...

– Não importa. – disse Louis, interrompendo-o, a decisão já tomada. Seja o que for que Harry tivesse feito antes, ele o teria machucado se fosse essa sua intenção. Em vez disso, ofereceu prazer, e ele não queria viver com o remorso de ter recusado.

Inclinando-se para ele, depositou um beijo em seu ombro, sentindo o calor dele através da camisa de linho. Seus lábios mal tocaram sua garganta quando os braços musculosos o prenderam como garras de aço e ele viu-se caindo na cama pequena atrás deles.

Os lábios de Harry tomaram os do azulado em um beijo ardente, enquanto suas mãos trabalhavam freneticamente no laço de seu manto. O tecido rasgou-se quando puxado e foi arrancado de seu corpo, revelando a roupa do bordel. Sua respiração era áspera quando se afastou para devorá-lo com os olhos. Suas grandes e ásperas mãos deslizaram sob a pele nua de seu abdômen até chegar nos mamilos quais foram beliscados, e ele deitou-se sobre o corpo de Louis.

CativoOnde histórias criam vida. Descubra agora