Dimitri - Trilogia Irmãos Trevelyn 1

Capítulo 09

- Quer conversar?

Essa foi a pergunta de Dimitri a umas duas horas atrás quando percebeu que nenhum de nós dois iríamos dormir.

E aqui ficamos todo esse tempo rindo e conversando, ele até me contou depois de muito insistir um pouco da sua iniciação da máfia que olha, é bem cruel, e falou que costumava sorrir mais antes dela.

- Sentiu falta dele ?

- Sinto todos os dias, mas hoje, mesmo sendo um tipo de acordo entre nós, senti muita falta.

- Você não parece o tipo de pessoa que sonha em casar. - Sorri pela suposição.

- Nunca sonhei, mas passando por isso não tem como não achar legal e sentir ainda mais falta dele. - Meu coração chegou a apertar ao assumir isso.

Dimitri me puxou para seu peito me aninhando a ele e fazendo pequenos carinhos em meus cabelos.

Nessas semanas me segurei para não ter nada romântico ou carnal com Dimitri, não sei se sairia com o coração destroçado, então engoli todo o desejo e atração.

Mesmo recebendo um beijo na testa todos os dias de bom dia e boa noite. Mesmo o conhecendo mais e vendo que esse jeito todo sério e sombrio é apenas uma pequena parte dele. Mesmo trocando vários olhares durante todo esse tempo.

Me segurei e sinto que ele também, nós nos controlamos. Mas nesse momento depois de ter sentido seus lábios correspondendo aos meus e estar aqui em seus braços está bem difícil me controlar.

Olho para cima e vejo aqueles olhos azuis reluzentes me fitando sem máscaras, sem amarras, com todo desejo e vontade descontrolada como eu.

- Victoria. - Sussurra.

- Hmm. - Murmurei e ele encarou meus lábios.

- Merda. - Xingou já vindo de encontro a mim invadindo minha boca com sua língua quente explorando cada pedaço da minha.

Puxei seus cabelos para ditar o ritmo do beijo entre nós, enquanto suas mãos invadiam meu corpo e apertava cada pedaço dele.

- Dimitri. - Sussurrei assim que sua boca foi de encontro com meu pescoço entre beijos e mordidas calorosas.

Arfei com o chupão que ele deu próximo a minha clavícula junto com uma mão que acariciava meu seio sob a camisola fina.

Levanto num pulo indo ao closet pegar minha arma assim que escuto barulho de saltos por perto e Dimitri fez o mesmo ao encontro da poltrona. Antes de voltar ao quarto escuto a porta ser aberta e a voz da louca da barbie gritando com Dimitri, patecia bêbada e descontrolada.

Espiei de canto e a vi em frente a cama com uma arma apontada para ele e gritando que ele a abandonou, mas Dimitri não reagiu, acho que esperava por mim ou um dos soldados, então não viu necessidade, ou simplesmente não bate em mulher, é, ele tem mais essa cara. Andei bem devagar sem a alarmar com meus passos.

Puxei seu braço para o lado e escutei o tiro que por sorte não pegou nele, travei o braço em seu pescoço a puxando para o chão e jogando sua arma para longe antes dela fazer merda de novo.

Subo sobre sua cintura e dou um murro em sua cara quebrando seu nariz.

- Eu avisei .. - Dei um tapa bem dado na cara. - .. pra não ..  - Outro tapa - .. mexer comigo .. - Agora agarrei seu braço e ela gritou de dor. - .. isso inclui Dimitri e sua família.

Levantei a deixando jogada no chão chorando e com as mãos estancando o sangue. Dimitri estava raivoso na porta chamando os soldados.

Não preciso ver ele bajulando a barbie então sigo para o banheiro lavo minhas mãos e coloco a grande banheira para encher com tudo que vejo na minha frente fazendo bastante espuma.

Tiro minha roupa e entro esperando a espuma chegar a tapar meus seios e logo desligo. Tento me livrar de tudo que esteja acontecendo lá fora mas está difícil pelos gritos que estou escutando.

Me assusto assim que a porta se abri e vejo o Dimitri no modo Dom a minha frente, totalmente sombrio, mas assim que seus olhos encontram os meus sua expressão se suaviza e ele se aproxima.

- Se resolveu com a barbie? - Digo irônica.

- Eu não tinha nada para resolver. Lydia tentou matar o Dom e acho que vazou alguma informação então foi levada. Assim que voltarmos terei uma conversa sobre ela no Conselho.

- E a barbie fica impune no final de tudo?

- O pai dela é um Capo, eu junto com o conselho resolveremos, mas acho bem provável que ela não saia impune disso.

Nem quero pensar nessa naja e nisso agora então fecho meus olhos e recosto a cabeça na banheira, preciso relaxar. Aconteceu muitas coisas nessas semanas, só quero paz.

- Posso entrar? - Escuto ele perguntar.

Essa banheira cabe umas quatro pessoas tranquilo e sem se tocar então concordo.

Escuto barulho do que acho ser ele tirando a roupa o que me causa arrepios pelo corpo. Sinto a água se mexer e seu cheiro se aproximando.

Ele nem encostou em mim e já estou esfregando minhas pernas para aliviar a pressão.

- Podemos conversar? 

- Claro. - Abri os olhos e o encontrei ao meu lado, bem perto.

- Então, sabe que esse casamento pode durar alguns meses. - Assinto até por que já falamos sobre isso. Ele aproxima seu rosto do meu ficando muito perto.

- Dimitri. - Adverti com a voz mais rouca que o esperado.

- Podemos nos divertir apenas nesse tempo.

- Sem essa Dimitri, daqui a pouco pego uma doença, sabe lá com quantas putas você fode.

- Você tem uma idéia errada sobre mim. - Fala sério.

- Sério ? - Zombo com ironia.

- É, eu saio com algumas mulheres mas não uma diferente a cada noite como imagina. Por isso Lydia sempre estava por perto, somente para nos divertimos, não gosto de dividir Victoria e sendo o Dom, tomo cuidado com quem levo pra cama.

- Resumindo, fodeu com ela até cansar, descartou e agora precisa do step.

- Não é isso.

- Ah Dimitri. - Esbravejo alto batendo na água. - Esse casamento foi um acordo, quem queremos enganar, você vai continuar comendo putas como a barbie e a loira aguada da boate e eu infelizmente não vou procurar diversão fora pelo simples fato de não poder sair de casa sempre, se não fosse isso eu iria e foderia até amanhecer com o primeiro que chamasse atenção.

Ele ficou vermelho de raiva e pulou pra cima de mim.

- Nenhum outro homem vai te tocar, somente eu, estamos casados. - Dito isso ele me beija bruto.