Capítulo 30

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Se passaram algumas horas que estou aqui. Pelo menos não fui incomodada de novo, escutei apenas um borburinho na porta que mesmo me esforçando não consegui escutar.

Fui pega no final da tarde, provavelmente deve estar amanhecendo. Impossível que aqueles três vão esperar o tempo passar pra vim. Que ódio. É bom eles chegarem logo antes de ..

Merda.

Pra que fui pensar nisso.

Um dos soldados de Marcus, entra sorrateiramente no cômodo me olhando como um predador. Caralho. Isso não.

- O que quer?

- Calar essa boquinha. - Começa a passar a mão pela lateral do meu corpo e a bile sobe no mesmo instante de nojo. - Vai ficar quietinha para o chefe não escutar princesa.

- Nem a pau otário. - Cuspo na sua cara o fazendo ficar irado de raiva.

Ok, atitude impensada, não deveria ter o atiçado.

Limpa o rosto com as costas da mão e soca minha barriga diversas vezes me fazendo engolir gemidos e gritos de dor. Mas não aguento segurar com socos na minha costela.

Puta merda. Isso dói muito.

- Você é uma puta mesmo. - Da outro tapa na minha cara como se fosse uma prostituta qualquer.

- Você vai ser o primeiro a morrer filho da puta. - Grito pra ele e escuto barulho de tiros começando a soar que o faz pegar a arma.

"Para ser vitorioso você precisa ver o que não está visível"

Devemos perceber as nuances de onde podemos sair vitoriosos, estar atento a cada segundo ao que acontece em nosso redor. Por que no final, um segundo, pode realmente mudar tudo.

A porta se abre e vejo o soldado que deu a piscadela pra mim na frente com um olhar indecifrável. Aproveito o meio segundo de distração e me jogo no otário puxando sua arma já que ficou com a guarda baixa por não esperar isso.

Ele rir ironicamente esperando o soldado da porta reagir, mas o mesmo não o faz me deixando intrigada.

- Avisei que seria o primeiro. - Miro na sua cabeça e dou um tiro que se mistura com o barulho dos outros ao redor que ficam cada vez mais alto.

O soldado da porta está com a arma no coldre e nem se mexeu, a única coisa que fez foi colocar a mão para cima em rendição.

- Que merda ta fazendo? - Grito.

- Vim pelo Dimitri, sou infiltrado dele, soldado Asher senhora. - Mas que porra. O encaro desconfiada.

- Não sei se acredito, até por que o idiota aqui entrou. - Aponto para o homem no chão.

- Ele foi um descuido, mas quando percebi seu sumisso corri pra cá. - Ele fala com sinceridade mas não sei se posso confiar.

- Já que é soldado dele sua lealdade é ao Dom  - Ele assenti. - Então vai me proteger indo na frente.

- Ok. Me segui. - Ele pega a arma e vira de costas pra mim ficando totalmente alheio a tudo que eu possa fazer, então o sigo para onde vem o que me parece ser os últimos tiros.

Estamos em uma casa abandonada, no caminho encontro alguns corpos com Asher a minha frente, mas ele me parece confiável assim que mata um dos soldados de Marcus que estava no carro comigo.

- Vocês são todos filhos da puta.

- Acaba com ele logo. - Escuto a voz de Dimitri que faz meu coração aquecer e ao mesmo tempo odiar pelo comando.

- Não. - Grito assim que entro no que me parece que seria a sala da casa e vejo vários soldados conhecidos, os três irmãos parados me olhando incrédulos e Marcus ajoelhado no chão, todos os olhos se voltam a mim. - Asher, está com você?

- Claro.

- Ótimo, a partir de hoje ele estará fazendo a minha segurança já que foi o único que impediu Marcus de fazer mais merda. - Falo bravo e puta da vida olhando para os irmãos que entendem na hora minha irá, então me viro para o otário mor.

- Onde está minha arma? - Ele ri ironicamente e aponta com o queixo para algo perto de mim. Abaixo e pego minha querida e linda arma que agora está arranhada na lateral.

- Então Marcus, eu te avisei que viriam, te dei até a chance de ir embora .. mas parece que seu grande e majestoso plano ..  - Digo gesticulando com as mãos. - .. de acabar com toda família Trevelyn foi bem burro. Aliás burro como seu filho era, deve ser um defeito de família.

Marcus fica vermelho pelo insulto e sua risada morre trazendo minha alta gargalhada acompanhada dos soldados a minha frente.

- Vou acabar com você de três formas.

- Victoria. - Repreende Dimitri recebendo um olhar furioso meu por cima do ombro. Então me viro juntando toda a paciência e vou ao encontro dos irmãos.

- Primeiro eu to puta com os três, segundo estou com um caralho de dor e terceiro não preciso da merda da autorização do Dom, até por que nosso combinado desde o início foi para que eu conseguisse a vingança pelo meu pai e é isso que vou fazer.

Viro e volto pro mesmo lugar sem que
ele respondesse, mas escutei seu rosnado. 

- Como disse, seram três formas rápidas. - Dou um tapa bem dado em seguida um soco quebrando o nariz de Marcus. - Esse foi pelo tapa que você ousou em dar no meu rosto.

Olho em volta e vejo Asher com um canivete, então estendo a mão pedindo e ele prontamente entrega sem pedir a Dimitri, o que me fez dar um sorriso, vou me dar bem com ele. Agacho a frente de Marcus o encarando.

- Poderia te deixar pelado e fazer tudo direitinho, mas não estou com paciência e ninguém merece ver a cena de você nu, deve ser horrível. - Abro o canivete e enfio com tudo em seu pênis o fazendo urrar de dor. - Esse foi ter a ousadia de se quer pensar em me estrupar.

Levantei e devolvi o canivete.

- O recado vale pra vocês também. - Aponto o dedo para os soldados, e uns engolem em seco. - Por último, deixei o melhor.

Pego minha Desert Eagle e passo a ponta do metal passeando sob sua pele. Dou um passo atrás e a aliso.

- Essa arma foi dada a mim a alguns anos pelo meu pai, lembra dele, aquele que você me entregou pra morrer. - Falo quase gritando entre dentes, mas ele não responde, muito covarde.

- Jhon Hale, esse era o nome dele, e essa arma era sua predileta, nada mais que justo morrer por ela, e pelas mãos de sua filha não acha? - Aponto para seus ombros e atiro nos dois o fazendo cair, então fui mais perto. - Espero que encontre o filho da puta do Ramom no inferno, aproveita e manda um oi. - Então atirei em seu peito e cabeça.

Enquanto vejo sua vida se esvair lembro do meu pai. Atire para se salvar. Assim o fiz, mas para salvar sua honra e nome pai. Sinto o olhar de todos em mim esperando que desabe, mas levanto de cabeça erguida e me viro.

- Agora podemos ir e arranja um médico por que um desgraçado achou que eu era um saco de pancada.

Dimitri - Trilogia Irmãos Trevelyn 1Där berättelser lever. Upptäck nu