As semanas se passaram e estamos quase prontas para abrir o studio. Conseguimos montar turmas experimentais para fazer uma propaganda e em dois dias teremos um coquetel de inauguração.
- Vic, Dimitri tá te chamando.
- Já estou descendo Ari.
Grito de volta, termino de arrumar e logo desci o encontrando na porta.
- Oi. - Ele sorri e beija minha testa apoiando a mão na minha cintura.
- Vem, a design está esperando pra mostrar o projeto.
Ainda estamos na casa de seus pais já que ele escolheu chamar alguém pra decorar a casa. Sim, isso é realmente sério. Entramos na agora, nossa casa e logo encontro uma morena magricela na cozinha.
- Srta. Ronar, está é minha esposa Victoria Trevelyn. - Ela abre um sorriso debochado e a cumprimento apenas com um acenar de cabeça.
Já não gostei dessa mulher.
- Bom Dom, tenho aqui o projeto do ..
Sob a ilha da cozinha estavam desenhos grandes e espalhados de cada lugar da casa. Ela continuou falando e a vi dando olhadas demais para Dimi que já estão me irritando, mesmo ele não as correspondendo.
- Não gostei muito dessa cabeceira. - Exclamo. Ela escolheu uma totalmente masculina sendo o quarto é de casal.
- Combina perfeitamente com o Dom. - Estreito os olhos pra ela e fecho minhas mãos as apertando enquanto a morena ainda sorri debochado.
- Troque a cabeceira, quem vai escolher tudo é minha mulher.
- Dom. - Um soldado o chama.
- Já volto. - Diz pra mim se afastando.
- Olha querida, se continuar com esse sorrisinho na cara vou ser obrigada a fazer ele virar o do coringa. - Digo seca.
- Não precisa ter ciúmes Sra. Trevelyn, eu já vi todo aquele corpo mesmo. - Diz irônica me fazendo fervilhar de raiva e rir de deboche.
- Mas quem casou e usa e abusa daquele corpo o dia inteiro sou eu não é mesmo. - Puxo a arma do cós da cintura e ponho sobre a ilha a fazendo engolir em seco. - Agora se manda daqui e se eu te ver perto dele minha arma vai parar na sua cara.
- Escolheu? - Fala Dimitri voltando.
- Então que ela está indo embora. - Pego a arma e aponto pra sua barriga sem que ele veja. Ela soa frio e sai quase correndo.
- O que aconteceu? - Guardo a arma e começo a recolher todos os desenhos da mesa.
- O que aconteceu? - Esbravejo. - Deve ter sido o motivo de trazer umas das suas putas pra decorar nossas casa.
Ele passa a mão na testa tentando se acalmar.
- Faz tempo que aconteceu, não precisa ter ciúmes.
- Eu não estou com ciúmes, eu to com uma gigantesca raiva Dimitri. Agora você da um jeito de fechar a melhor loja de Las Vegas pra eu poder ir lá e comprar os móveis da nossa casa.
Exagerei? Muito. Mas ele que se resolva agora. Onde já se viu me colocar essa puta dentro de casa.
Argh.
Ando irritada para a porta e vou para a casa sem ele, entrei e sentei no sofá onde Ari e Emma estavam conversando.
- O que aconteceu pra estar com essa cara Vic?
- Nem te conto. - Antes de continuar Dimitri aparece me chamando e eu finjo que nem o vi.
- Victoria vamos conversar.
- Já fez o que pedi? Até lá sem conversa.
- O que aconteceu querida? - Pergunta Emma preocupada.
- Ah Emma, Dimitri que chamou uma mulher que foi pra cama com ele pra decorar a nossa casa. - Falei calma pra não descontar a raiva em quem não merece.
- Você não fez isso.
- Dimitri, onde eu errei te ensinando as coisas? - Ela passa a mão na testa tentando se acalmar.
- Faz anos que isso aconteceu.
- Ótimo, conheço um belo arquiteto que pode nos ajudar agora, só vou ter que lembra-lo da noite que tivemos que ele vem correndo. - Digo com ar de deboche fazendo Dimitri cerrar os punhos deixando os nós dos dedos esbranquiçados.
- Ótimo, vou fechar a porcaria da loja e você vai lá escolher tudo.
- Eu não, todos vamos. - Levanto e caminho em sua direção. - Inclusive você vai e bem feliz ainda, se não. - Me aproximo e sussurro somente pra ele escutar. - Fico em greve de sexo.
Seu olhar está queimando sobre mim no momento pensando em qual escolha será a melhor. Então ele me puxa pela cintura me fazendo abraça- lo.
- Eu vou. - Respondeu bravo.
- Perfeito, mas hoje ainda estou irritada. - Mordo seu lábio inferior e falo. - Então nada desse corpinho pra você querido.
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Dois dias depois ainda estou em greve de sexo mas finalmente vamos a loja. Ele realmente fechou a loja só pra que eu possa escolher. Quando quer e esta bem motivado ele faz tudo.
- Caramba, tenho que procurar isso mesmo?
- Sim Harry, tem sim. - Afirma Ari. Estamos nos cinco sozinhos na loja, Dimitri deixou somente alguns soldados e três atendentes que eu escolhi.
Esse cara é super controlador, to aprendendo com ele. Ficamos um bom tempo na loja e Dimitri já está me tirando a paciência com essa cara.
- Já deu Dimitri, vai ficar com essa cara?- Pergunto cruzando os braços com seu silêncio e comecei a andar.
Fui parada com sua mão puxando meu punho. Seu olhar estava sombrio, nervoso, raivoso até. Ele olhou para os lados e me puxou para um dos cômodos montados na loja onde não conseguiam nos ver.
- Para com isso Victoria. - Fala perto.
- Parar com o que?
- Não estamos em casa, não posso ficar te beijando e abraçando aqui. Você é meu ponto fraco e todos sabem disso.
- Só por isso está com essa cara? - Resmungo.
- E por que odeio fazer compra. - Revirei os olhos e ri dele.
- Acredito em você. - Dou um beijinho no canto da sua boca.
- Para de me provocar. - Fala com a voz rouca.
- Eu amo te provocar, mas pra sua sorte minha greve acabou hoje, estou cansada das compras e louca por ter que ver sua ereção matinal todos esses dias e ficar babando.
- Agora sim valeu a pena esperar você acordar. - Diz sorrindo de canto.
Filho da mãe.
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Dimitri - Trilogia Irmãos Trevelyn 1
Romance▪ Livro 1 ▪ Recomendo a leitura dos livros da Trilogia em sequência. Victoria Hale não é o tipo de mulher que baixa a guarda pra qualquer um. Criada para ser delicada e ao mesmo tempo fatal, pode ser odiada ou muito admirada. Esse seu temperamento e...