Capítulo 26

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Acordei atordoada algumas horas mais tarde, estava usando somente uma camisa de Dimitri, olhei e volta e já era noite mas estava sozinha no quarto. Quando tentei me levantar ele apareceu na porta.

- Onde pensa que vai?

Deixou a bandeja que segurava na beirada da cama e me ajudou a sentar recostada na cabeceira.

- São que horas?

- Está bem tarde. - Ele abriu os pés da bandeja e colocou na minha frente.

- Onde estão minhas coisas?

- Já peguei tudo, sua bolsa está na poltrona e o celular na cabeceira. - Assenti, ele deu a volta e sentou ao meu lado enquanto comia a sopa que trouxe.

- Por que não jogou o soldado largado lá? - Indagou. Parei de comer e olhei para ele.

- Primeiro, ele merece um enterro direito, segundo , não sabia se o deixasse lá iria relacionar alguma coisa a vocês. - Ele sorriu satisfeito com a resposta.

- Você me surpreende toda hora. Não sei como consegue. - Dei de ombros e voltei a comer.

- Eu sou demais querido. - Escutei sua risada que aqueceu meu coração.

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Passei mais dois dias sendo paparicada por todos e nem me deixavam sair do quarto. Mas ainda sim resolvi algumas coisas do studio mas Ari é que estava tomando a frente e tomando conta de tudo pra mim. Tenho que recompensar ela depois, com toda essa loucura ela tem sido meu braço direito e esquerdo, e se duvidar meu corpo também nesse projeto todo.

- Boa noite. - Diz assim que entra no quarto.

- Boa noite. - Respondo e recebo seu beijo rápido nos lábios.

- Está bem? - Assenti. - Quero te levar em um lugar.

- Agora?

- Sim, vem.

- Tenho que colocar uma roupa maluco, estou de short jeans e moletom. - Digo tirando os lençóis para levantar.

- Não precisa, está perfeita assim. - Ele sorri de lado e eu lenvanto para o seguir dando tempo somente de calçar uma sandália baixa que estava próximo.

Descemos e ele me levou para fora, em vez de ir pegar um carro saiu comigo pelo portão indo para a rua do condomínio da família, tem somente a casa dos seus pais, e outras três que pelo que vi nesse tempo estão sendo construídas, fora uma outra propriedade na entrada que tem alguns soldados e empregados deles.

- Fala sério que vai me fazer andar por ai? Estou bem mas não quero andar. - Falei cruzando os braços o fazendo rir de leve para que ninguém visse.

- Muito teimosa. - Sussurrou e me jogou em seus ombros me fazendo gritar assustada.

- Você ta maluco? - Bati em suas costas. - Me solta Dimitri.

Apertei sua bunda que o fez parar e em vez de me descer me deu um belo tapa na bunda e continuou andando como se nada tivesse acontecendo.

Alguns passos depois me colocou no chão finalmente. Daqui conseguia ver a frente da casa de seus pais, então imaginei estar casa da frente. Sempre a achei linda por fora.

Menor que a de seus pais mas ainda bem grande, com fachada e aparência mais moderna com detalhes em madeira que encantam.

Ele não diz uma só palavra, continua caminhando e abre a porta, entra e me chama fechando a porta logo em seguida.

Estamos em uma linda e grande sala com lareira e pé direito duplo, me apaixonei pelo lugar com as grandes portas de vidro de correr dando visão a um piscina e jardim e com piso corrido de maderia mais escura realmente maravilhoso.

- O que achou?  - Pergunta depois de me deixar analisar o lugar.

- É incrível, amo casa mais moderna. - Me viro pra ele que está sorrindo. - Por que estamos aqui?

- Fizemos um acordo a um tempo. - Ele falava se aproximando de mim. - Mas queria saber se podemos muda-lo. Não quero me divorciar quando acabar. - Fiquei boquiaberta.

- É sério?

- É Victoria, muito sério. Você quer o divórcio ainda? - Perguntou muito sério com uma pitada de raiva.

- Não - Respondi rápido. - Mas achei que seria mais difícil quebrar essa camada do seu coração. - Sussurro e ele chega mais perto pegando meu rosto com as mãos.

- Você foi a única que conseguiu atingir meu coração antes de eu até ter te tocado. - Diz e deixa um beijo casto em meus lábios.

- Mas então de quem é a casa? - Pergunto para não desabar com o que ele falou.

- Nossa.

- Como ? - Ele ta doido.

- As casas do condomínio são da família, cada filho está fazendo a sua. Venho construindo essa casa a alguns anos mas acabei nunca vindo morar aqui. Sei que é menor que a casa dos meus pais, mas eu prefiro assim. Tem quatro suítes lá em cima, aqui em baixo as salas, cozinha, escritório, quarto de visita, essas coisas. No porão uma sala de cinema e um quarto de segurança, com armamento, coletes, suprimentos caso haja necessidade de se trancar, não tem como arrombar, só abri com a senha que só eu tenho.

Depois eu que fui preparada para uma guerra. Pensei mas não falei.

- Lá fora o jardim que deixei bem maior que a casa. Perto da piscina tem uma academia que podemos dividir pra ter seu espaço da dança ou construir um do lado como um pequeno studio seu em casa.

Meus olhos estão arregalados e marejados. Eu não acredito que ele está falando tudo isso. Meu Deus. E eu achei que não ia alcançar o coração do homem sombrio.

- Fala alguma coisa. - Pede num som quase inaudível.

- É muito sério? É isso mesmo que você quer? Ficar .. comigo? - Ele sorriu e me pegou pela cintura juntando nossos corpos.

- Sim, é isso mesmo que eu quero, eu e você aqui, como marido e mulher, de verdade. - Ele beija minha cabeça. - Eu te amo pequena, não vou deixar você ir.

Passo a mão em seu rosto e deixo a lágrima escapar conseguindo ver que ele também está com os olhos marejados.

- Ah, eu te amo meu mar azul.

- Mar azul? - Indagou.

- Seus olhos .. sempre me lembram um mar azul claro, ora agitado, ora calmo, ora perdido ou encontrado nos meus. - Sussurro o fazendo abrir um lindo e grande sorriso.

- Gostei de mar azul, o seus olhos sempre me lembram mais o céu do que o mar.

Sorrio e seguro seus cabelos puxando para um beijo sereno que com suas mãos bobas vai avançando e se tornando quente.

- Podemos começar a estreiar os cômodos, o que acha? - Diz entre o beijo. Mordo seu labio inferior e respondo.

- A casa é grande, temos que começar logo.

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Dimitri - Trilogia Irmãos Trevelyn 1Where stories live. Discover now