5- O Enigma de Nokken

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    Prilacis e os meninos regressaram para Avalon. Sem perda de tempo foram direto ter com a Irmandade em silêncio, sem falarem uns com os outros por um longo tempo. A Feiticeira ainda continuava inquieta desde quando vira Nokken em ação; parecia distante até então.

    Adentraram no salão. Estava Apenas Aregorn. Prilacis lembrara que raramente via aquela sala assim tão vazia. As cadeiras sem aquelas figuras vestidas de branco. Aregorn jazia no seu lugar com um montante de papéis sobre a mesa.

— Humm! — Sibilou com ar satisfeito ao vê-los. — Tão cedo. Penso que trazem boas notícias.

    Aregorn esperava claramente receber boas notícias, criaturas do submundo causavam pânico a todo mundo, e considerar a possibilidade de eles estarem fora do submundo era deveras problemático até mesmo para a Irmandade. No entanto, ele logo percebera que não vinham boas novas pela expressão dos três. Não foi necessário falarem alguma coisa sobre o que haviam descoberto, Aregorn logo entendera que devia convocar os outros membros da Irmandade. Fechara os olhos por segundos, e num momento começaram a se formar imagens de todos os membros vestidos de branco em cada um dos dez lugares vagos.

— Por que nos chamou, Aregorn? — questionou um senhor de cabelos cacheados e olhos verdes.

Aregorn estendera a mão indicando os três Caçadores.

— O que está havendo? — perguntou Edward.

Prilacis deu um passo à frente e explicou:

 — Estávamos investigando os casos  dos assassinatos recorrentes. — ela suspirou hesitante.

 — E então? — incitou o velho Harvard. — concluíram que a ideia de ter um sangue azul em Londres é um absurdo?

Prilacis lançou um olhar flamejante para o velho, olhar esse que não passara dispercebido.

  — Eu disse que a minha intuição nunca falha, senhor Harvard. — falou com a voz afiada como espada e áspera para o velho. — Das outras vezes que eu detetei a energia deste sangue azul, não pude usar o feitiço de revelação.
  
— Por quê? — Aregorn perguntou.
— Porque a energia estava fraca.— Harumi respondeu.

— Isso. — Prilacis corroborou. — Pude fazer isso no último local em que ele atacou. Dessa vez deu certo porque presumo que seja ali de onde ele veio.

— Depois que o vimos fomos ter com Delfos. — informou Ravi , rompendo o seu silêncio.
   
  A Feiticeira estendeu a mão e o Livro das Sombras fora conjurado sobre sua palma e pô-lo aberto sobre a mesa, precisamente na página em que estava a figura de Nokken.

— Esse que vocês vêem ali é a criatura de que estamos a falar. Nokken. — falou Prilacis demonstrando segurança nas suas palavras.

    Brevemente ela fez o resumo de quem e como era Nokken. Falara dos atributos e capacidades.

— Isso então significa que...

— Não seja tolo como essa feiticeira em pensar nessa besteira, senhor James. — contradisse Harvard. Por sua vez, Harumi até então lutava para descobrir e entender o porquê da rixa entre o velhote e Prilacis. — Isso não prova nada, todos sabemos que o submundo está selado com um selo inquebrável há três mil anos.

    A garota meneou a cabeça. Percebeu o quão irritada Prilacis estava, parecia que Harvard só estava a tentar desacreditá-la.

— Velho idiota. — Ela murmurou entre os dentes pondo o cabelo atrás da orelha. — Então como o senhor explica a presença de um sangue azul que devia estar presa estar agora na cidade? — o velho se limitou apenas em bufar.

ARCONTES-Livro 1 (COMPLETO)Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon