nove

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Acordo ouvindo o celular de Renan tocar sem parar. Na verdade não era uma ligação, mas seu despertador. Passo minhas mãos em meu cabelo, afim de abaixar alguns fios rebeldes. Impossível. Ouço seu ronco alto ecoar pelo quarto e seguro minha risada.

Sem demora me levanto e pego seu celular e desativando o alarme. Não há senha, embora eu não entenda muito dessas tecnologias, sei que um celular — principalmente de homens — tem senha. Talvez para esconder algo de sua cônjuge, como Renan não tem uma, logo não há senha. Ele definitivamente não deve nada a ninguém. Reprimo minha curiosidade por alguns segundos mas está fala mais alto.

Muitas mulheres em seus contatos.

Ele não me deve nada.
Ele não me deve nada.
Ele é um pilantra.

Não! Ele não é. Alícia, esse homem não lhe deve explicações. Vocês não são namorados. Renan está apenas me fazendo um favor em deixar que eu fique em sua casa por um tempo, tempo este que está no fim. Não irei ficar por muito.

— Cuidado, tem coisa que você não vai gostar de ver.

Ouço sua voz embargada pelo sono. Isto faz com que eu saia de meu martírio, o mesmo que chamo de pensamentos.

— Eu só estava desativando o alarme — explico um tanto constrangida — acho melhor você levantar ou vai chegaram atrasado onde quer que deva estar.

— Não quero ir, quero ficar com você.  — resmunga — vem cá.

— Eu vou escovar os dentes. — Digo seca.

— Que foi?

Merda. Eu não deveria tratá-lo desta forma. Renan não tem culpa de nada, sempre me ajuda de todas as formas possíveis.

Para não dá quaisquer explicação, me deito ao seu lado, como o mesmo havia pedido segundos atrás. Sua mão aperta minha cintura enquanto seu rosto se perde em meu pescoço. Permaneço imóvel, como uma boneca. Eu deveria responder aos estímulos se meu corpo e agarra-lo sem pensar duas vezes, ou estou chateada demais para isto?

— Ih, que foi Alícia? — Pergunta retirando sua mão de meu corpo.

— Não é nada, Renan. Eu só estou pensando em minha mãe. — minto.

Na verdade essa mentira redireciona meus pensamentos a ela. Seja lá qual foi o motivo que a levou a tomar essa decisão, eu não a perdôo. A pessoa que mais deveria me amar, me deixou, sem pensar duas vezes e se pensou, não foi o suficiente porque se realmente estivesse com os pés ao chão e a cabeça no lugar, não faria tal coisa. Vizinhos e conhecidos site disseram a ela que sou uma boa filha, um boa menina mas me parece que só as pessoas ruins se dão bem. Talvez se eu fosse uma péssima filha ela não faria o que fez.

— Bora tomar café, comer vai te deixar feliz — Renan diz se levantando. Por algum tempo sinto falta de seu corpo próximo ao meu.

— Acho que não estou preocupada para enfrentar sua mãe outra vez.

— Ela é de boa. Se ela mandar ideia torta, me fala.

Renan entra em seu banheiro enquanto eu separo algumas peças de roupa para vestir após o banho.

Em poucos minutos ele sai do banheiro e pega seu celular. Leva o mesmo ao ouvido e abre um sorriso.

Estou enlouquecendo

Sem delongas entro no banheiro com minhas roupas. Após me despir entro em seu pequeno boxe e prendo meus cabelos afim de não molhar.

— Cê vai para a escola hoje?

Renan indaga entrando no banheiro. Ruborizo rapidamente.

— Garoto, eu estou tomando banho. Sai — Ordeno.

— Ah, para de graça. Se reclamar eu entro aí com você

Seus olhos fitam meu corpo nu, como se fosse a oitava maravilha do mundo. Como alguém consegue ser tão invasivo.

— Não quero ir a escola. Não estou muito bem para isso.

— Tu é muito gata. — Anuncia. — ainda não acredito que você tá comigo.

Meu coração dispara. Por um momento esqueço que estou completamente nua sob seus olhos.

— Estou com você? — Indago curiosa

— E não está? Sempre fui afim de tu, e sabe bem disso.

Renan vem se aproximando com um sorriso um tanto cafajeste. Definitivamente não estou preparada para ter minha segunda vez em um banheiro.

— Pode ficar aí. — Repreendo.

— E se eu não quiser?

— Renan, você vai se molhar.

— Tem problema não. Eu prefiro quando tá molhada. — Anuncia maliciosamente.

Suas mãos vão até a barra de sua camisa, puxando a mesma para cima. Em poucos segundos ela está ao chão. O mesmo ocorre com sua bermuda.

Não faço ideia de como agir ou se devo aceitar, porém tenho noção de meus desejos e realmente o quero, seja no banheiro, na sala, no quarto, eu simplesmente quero ter Renan novamente.

Quando dou por mim sua não esquerda está em minha cintura enquanto a direita acariciando meus cabelos molhados. Fecho meus olhos para evitar o contato visual, estou constrangida demais.

— Sua mãe...

— Relaxa.

Seus lábios tocam meu pescoço e em poucos segundos sinto a pele do mesmo ser sugada. Ali ficaria um perfeito roxo.

Sinto sua ereção roçar em minha perna fazendo com que seus dedos pressionem ainda mais minha cintura. Eu gemo, não sei se pela dor ou pela excitação. Sua boca toca a minha, iniciando um beijo esperado por ambos.

Renan?

Meu corpo entra em choque quando ouço a mãe dele chamar por seu nome. O mais velho se afasta e bufa, não parece nada surpreso.

— Que é, mãe? — Indaga rude. — tá vendo que eu tô ocupado, não?

Eu só vim perguntar se a menina gosta de Nutella. Cadê ela?

Ta a...

Antes que Renan pudesse completar a frase eu ponho minha mão em seus lábios. O impedindo de prosseguir

Tá maluco? Não diz que eu tô aqui.
Digo sussurrando.

Vou falar o que então? Ela ja sabe doidona. — ele sussurra de volta — Tá aqui comigo. Vai descendo, já estamos indo.

Rolo meus olhos e suspiro quando ouço a porta de se quarto fechar. Agora sim a mulher me odeia.

— Que vergonha. — Murmuro — sai garoto, me dá licença.

O empurro levemente.

— Vamos terminar, cara. Rapidinho. — Pede manhoso.

— Não. — Respondo seca.

— Reza pra eu não vir pra casa hoje, então. Não vou te perdoar.

Ele se retira do boxe e puxa sua cueca molhada para baixo, deixando exposto seu membro ereto, enquanto veste sua bermuda. Tento ignorar este fato e termino meu banho rapidamente. Não quero dar mais motivos para sua mãe pensar que sou uma depravada.

Entre Rosas -(DEGUSTAÇÃO) Where stories live. Discover now