Capítulo 2

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  Sinto os braços do meu namorado me abraçando por trás antes mesmo de abrir os olhos

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  Sinto os braços do meu namorado me abraçando por trás antes mesmo de abrir os olhos. Ele está quase me sufocando por causa do abraço apertado, enquanto a sua respiração suave faz cócegas na minha orelha. Tento sair do seu aperto, mas seus braços musculosos são praticamente uma prisão e não se movem um milímetro.

   A luz que entra pela janela do quarto faz com que eu veja facilmente o meu celular, que está ao lado do meu travesseiro. Estendo a mão e o pego, antes de traze-lo para perto de mim e liga-lo.

   Já são oito e meia da manhã, e eu tenho que ir para a escola as nove. Há várias mensagens do meu melhor amigo Tommy, mas decido responde-lo depois.

   - hey, Deigo.- falo enquanto cutuco-o com o cotovelo.

   - hum...- ele funga na minha orelha, fazendo um arrepio subir pela minha nuca.- que horas são?

   - oito e meia.- respondo, surpreso por ele ter acordado tão rápido, geralmente dorme tanto que parece está desmaiado ou morto...

   - O QUE?! - ele levanta da cama rapidamente e fica em pé segundos depois. Está completamente nu e olha para o chão do quarto, procurando suas roupas. Ele pega a cueca boxer branca e tenta vesti-la apressadamente, o que faz com que ele coloque um dos pés no lugar errado, o atrasando ainda mais. Solto uma risada ao ver o meu mamorado desastrado sendo desastrado (um plronasmo necessário).

   - por que a pressa?- pergunto tranquilamente, antes de bocejar.

   - eu preciso... Entregar uma pasta de arquivos na faculdade.- diz enquanto pega a calça e a veste ainda mais desajeitadamente do que a cueca (o que é quase humanamente impossível).

   - não vai nem escovar os dentes antes?

   - a pasta está na minha casa, eu escovo quando chegar lá.

   - okay.- murmuro, também levantando da cama para me vestir. Ele me abraça por trás e dá um beijo estalado na bochecha.

   - até mais tarde baby.- a camisa preta está sobre um debseus ombros, e os sapatênis em uma das suas mãos.

   - você veio de que mesmo?- pergunto, por quê ele tem um carro e ganhou uma...

   - vim de motocicleta. Agora preciso realmente ir, se levar a caixa um segundo fora da hora estou ferrado.

   - caixa? Não era uma pasta?- franzo o cenho e procuro a bendita cueca pelo chão do quarto, ainda morrendo de sono.

   - err... Acho que me confundi, é uma caixa.- diz saindo do quarto e vestindo a camisa ao mesmo tempo.

   - tudo bem. Tchau, até mais tarde!- grito, não tendo certeza se ele escutou. Olho para o chão do quarto, desisgindo de tentar vestir a calça, até porque eu vou tomar banho e vestir o uniforme mesmo.

Quando Tudo Desaba (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora