Alex achava que sua vida era praticamente perfeita. Mesmo com os pais ainda não aceitando a sua orientação sexual, ele tem um namorado legal que o ama (ou pelo menos, acha que ama) e amigos ótimos.
Mas ao ver duas pessoas em que ele confiava ple...
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Depois do almoço, Philip empurra a cadeira de rodas para fora da casa, então me coloca no seu carro super caro antes de dá à volta e sentar ao meu lado no banco do motorista.
- qual é mesmo a rua em que seu apartamento fica??- ele pergunta enquanto tira o carro da garagem. Mesmo que a última vez que fui lá tenha quase dois anos, consigo perfeitamente lembrar a rua em que fica o condômino (até porquê é como se estivesse ido lá semana passada). Digo o endereço para ele e observo as casas e lojas passando em alta velocidade através do vidro do carro.
Nós chegámos ao condomínio mais ou menos meia hora depois (o congestionamento não ajudou muito). O lugar parece está exatamente como eu vi da última vez, exceto pelas rosas plantadas nos vasos ao lado da porta.
Philip sai do carro e tira a cadeira de rodas do porta-malas, então abre a porta ao meu lado e me pega no colo, antes de me colocar na cadeira. Ele começa à empurra-lá rapidamente para dentro do prédio, o que eu agradeço muito, já que estou com um pouco de vergonha de... Tudo isso.
Quando nós entramos, noto que aquele velho mal-educado que não respondeu o meu "bom dia" não está sendo mais o porteiro, e sim um homem branquelo que deve ter uns trinta e cinco anos.
- Bom dia!- ele diz alegremente, desviando o olhar entre mim e Philip. Já comecei à gostar dele por pelo menos dá "bom dia" (talvez também seja por ele não ficar me encarando de uma forma inquieta só porquê estou na cadeira de rodas).
- bom dia.- nós dois respondemos juntos.
- o senhor poderia me dizer se guardam aqui no condomínio chaves extras dos apartamentos? Eu perdi as minhas.- explico para ele, já que as chaves que eu tinha estavam no bolso da calça jeans que usava quando sofri o acidente.
- claro. Mas você poderia dizer o seu nome e o apartamento em que mora? Sabe, não podemos sair dando as chaves dos apartamentos para qualquer um que apareça aqui.- explica com um sorriso amarelo, como se pedisse desculpas por não poder dar as chaves sem todo essa baboseira.
- tudo bem, meu nome é alex... Alexander Foster, e o meu apartamento é no oitavo andar, o 74.- digo para ele, agradecendo internamente por pelo menos lembrar dessas coisas. O homem confirma com a cabeça, antes de andar até o balcão da recepção e começar à mexer em algumas coisas das gavetas do armário.
- aqui.- ele diz um tempo depois, estendendo um chaveiro para nós, então Philip o pega e começa à me empurrar novamente na direção do elevador.
- como sabe que suas coisas ainda estão lá? Digo... Eles poderiam alugar para outra pessoa.- Philip diz e quanto aperta o botão com o número oito.
- os apartamentos daqui não são alugados, depois de comprar ele é seu para sempre.- explico.
- ah.- pouco tempo depois, o elevador faz aquele som típico e então as portas se abrem, revelando um novo corredor com várias portas enumeradas. Ele me empurra até ficarmos de frente a porta com o 74, então a destranca e abre logo en seguida.
