capítulo 9

6.3K 652 53
                                    

(No outro dia)

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

(No outro dia)

   Com cada segundo que passa, o meu nervosismo só aumenta mais um pouco. É como se estivesse esperando aquele nojento passar por aquelas malditas portas brancas empurrando uma cadeira de rodas e com um sorriso enorme no rosto, pronto para me levar para sua casa como se nada tivesse acontecido.

   Um calafrio sobe pela minha espinha só de pensar nisso. Eu não saio daqui com ele nunca, só se me colocarem naquela cadeira à força ou me drogarem outra vez.

   - hey Alex.- Philip tira dos meus devaneios, entrando no quarto com um pequeno sorriso no rosto.- os seus pais estão aqui para ver você.

   - o que... Sério??- pergunto ainda desacreditando nisso. Eles deixaram de ir para aquela agência e vieram me visitar?! Hoje é feriado? Domingo??

   - sim, estão pegando os crachás de visitante e em alguns instantes chegam aqui.- explica ainda com um sorriso no rosto, como se esperasse me deixar mais alegre, já que vou ver meus pais (o que não é muito animador).

   - que dia da semana é??- indago, enquanto enfio as mãos nos bolsos do moletom, tentando esquenta-las um pouquinho.

   - sábado.

   - ah, Então tá explicado.- penso em voz alta. É claro que eles não viriam aqui se fosse no meio da semana.

   - tá explicado o q...- ele começa, mas a porta é aberta bruscamente e o impede de terminar. O meu pai, um homem alto e robusto, com olhos azuis e cabelos já com fios brancos entre os castanhos entra no quarto, ao seu lado, minha mãe, com pouco mais de 1:65 de altura (nesse requisito, acho que herdei isso dela) e longos cabelos loiros organizados perfeitamente em um rabo de cabelo, seus olhos castanhos focam em mim enquanto os dois andentram no quarto.

   - olá Alexander.- meu pai diz com.uma formalidade que ele faz questão de exibir, mesmo fora do tribunal ou da agência. O seu rosto parece ter sido esculpido em mármore,  (e não de um jeito bom. E dim do tipo 'Frio e sem vida') como se o homem à minha frente nunca houvesse rido na vida.

   - oi pai.- olho para Philip, que está no quanto do quarto franzindo as sobrancelhas para mim. Acho que ele esperava uma daquelas cenas melosas, em que pelo menos um deles corresse até mim e me abraçasse com força e gritasse "FILHO E-EU TE AMO!! ESTAVA COM TANTO MEDO DE TE PRRDER..." enquanto chorava sem parar.

   - vejo que você já está em bom estado novamente.- minha mãe fala, o que faz minhas bochechas arderem de raiva. EU FIQUEI ALEIJADO!! Isso é um bom estado?? Resisto a vontade de gritar isso para eles e fico em silêncio, não vale a pena brigar com eles agora.

   - o médico disse que você ganhará alta hoje.- meu pai faz um pequeno movimento com a mão, indicando para Philip, percebendo que ele existe por um segundo até... Ingora-lo novamente.

   - sim pai.- confirmo, já bolando um plano para implorar minha volta para a casa deles.

   - ótimo, então...- começa, mas eu o vorto apressadamente, pedindo desculpas por isso com um olhar suplicante.

Quando Tudo Desaba (COMPLETO)Where stories live. Discover now