7. Possessão.

2.9K 318 248
                                    

No dia seguinte os guardas seguem com o mesmo procedimento em nós acordar. Ainda é nosso segundo dia do programa de reeducação, e eu já me sinto completamente cansada.

Seguimos para a estufa. O mesmo guarda estressadinho que nos levou no dia anterior, agora acompanha o nosso trabalho o tempo todo. Sob pressão não tivemos desculpas e tivemos que nos esforçar. As vezes eu parava por um instante, sem ele perceber, para olhar para minha Zule com suas plantinhas. Era a melhor parte do meu dia.

Terminamos 15 minutos mais cedo que o habitual, o guarda nos manda seguir para o banho. Passamos no quarto para pegar nossos produtos de higiene e toalha. Ela deita cansada na cama, eu sigo meu caminho, pois sabia que se eu deitasse teria dificuldades em levantar.

O banheiro está vazio, devido o horário a maioria das detentas ainda não acordaram. Ligo o chuveiro e sinto a água quente cair sobre as minhas costas gelada. Fecho meus olhos e permito relaxar. De repente sinto uma mão pesada na minha barriga me puxando para si e encoxando por trás. Viro-me assustada e pro meu espanto quem está na minha frente é a detenta esquisita.

D: Finalmente a sós, loirinha. - Ela diz e morde o lábio inferior, me segurando com força.

Totalmente desprevenida e molhada, na desvantagem, eu não consigo me soltar. Ela cheira o meu cabelo com arrogância.

D: Você é uma delícia do caralho! - Ela suspira e eu me debato, gritando por ajuda e tentando, de todas as formas, sair dos braços daquele demônio.

M: Me solta sua vagabunda! -Dou uma cabeça no seu nariz, quando ela tenta me beijar.

D: Filha da puta! Fica quieta porra. Eu preciso te comer de qualquer jeito, você é muito gostosa. - Ela me agarra ainda mais forte.

Entro em desespero quando percebo que não consigo me soltar daquela mulher musculosa. Ela é muito forte e está dominada pelo tesão. Procuro por Zulema que ainda não voltou. Aposto que ela está demorando de propósito só para a gente não passar pela tensão sexual em ficarmos peladas juntas.

Sigo gritando desespera na esperança de que alguém me escute, enquanto a detenta esquisita percorre uma de suas mãos por todo o meu corpo, me causando nojo.

De repente ouço passos rápidos ao lado de fora. Minha rainha árabe entra desesperada a minha procura. Por certo me ouviu. Quando ela vê o que está acontecendo sinto seu olhar queimando. Ela respira fundo e vem em nossa direcção.

Zule puxa a detenta esquisita pelo uniforme já que a mesma estava distraída com meu corpo. A joga no chão, fazendo a mesma bater com a cabeça no banco na frente dos chuveiros. Sobe em cima da mulher e começa a dar séries de socos em seu rosto. Penso em ajuda-la a bater, mas noto que seria totalmente desnecessário.

Z: Você não deveria se meter no que é meu, sua filha da puta! - A árabe ameaça enquanto continua a dar murros, deixando a estupradora sem ação.

Eu paralizo com aquela frase possessiva. Aquela deusa está quase matando uma pessoa por mim, para me defender, como uma leoa. Me sinto completamente poderosa e absolutamente dela.

Quando vejo que a detenta esquisita está preste a dar o último suspiro eu a interrompo.

M: Zulema... - Ela não me ouve, está totalmente dominada pela raiva.

M: Zulema, não a mate. - Eu falo mais alto, tocando seu rosto e olhando dentro dos seus olhos felinos que tinham as pupilas dilatadas.

A trago de volta para realidade. Ela solta a detenta que se sacrifica para unir suas últimas forças para escapar.

Depois de alguns segundos Zulema respira fundo pega sua toalha de banho no banco e direciona para mim, que coro ao lembrar que estou completamente pelada.

Me enrolo na sua toalha, sem passar despercebida pelo seu olhar em todo meu corpo nu, antes. A ideia de estar enrolada na toalha dela me causa arrepios, eu consigo sentir seu cheiro dentro de mim. Estamos respirando com dificuldade, como se nesse momento estivesse faltando oxigênio na Terra. Ela identifica uma ferida na minha boca e passa seus pálidos dedos pelos meus lábios.

Z: Você está bem? Ela te machucou? - Ela pergunta olhando para minha boca.

Eu suspiro com dificuldade e balanço minha cabeça na negativa. Olho para região dos seus seios que estão quase fora de sua camiseta regata, devido as movimentações da luta. Faltam cerca de malditos 2cm para que seu mamilo esquerdo ficasse a mostra. Eu daria tudo o que eu tenho para poder vê-lo.

Seus dedos finos começam a descer do meu rosto, juntamente com seu olhar, passando pela minha boca, queixo, pescoço até chegar na altura dos meu tórax, que está enrolado com minha toalha. Ou melhor, sua toalha. Mas que naquele momento era totalmente nossa.

M: Zulema, por que você falou aquelas coisas pra detenta? - Reúno forças para perguntar com a voz fraca e com dificuldade de ficar em pé pela tremedeira nas pernas.

Ela se aproxima, e olha nos meus olhos. Eu involuntariamente, ando para trás descrente com o que está acontecendo.

Meu corpo está dominado por dois sentimentos: o medo e o tesão, no caso do último por 90%.

Depois de 2 passos para trás meu traseiro choca-se com a pia, identificando que já não há mais para onde ir. Estou presa em sua armadilha. O escorpião me pegou, está prestes a me envenenar, e eu tenho necessidade em ser possuída.

Me apaixonei pela minha inimiga - ZURENA.Onde histórias criam vida. Descubra agora