Tiro na garganta

8.5K 396 19
                                    

André on

Estava na boca vendo as entregas das drogas até que me irrito com o João andando pra lá e pra cá sem parar.

Eu: Porra cara, qual o seu problema?

RH: Relaxa, eu já carreguei a arma, só tô esperando ele dar mais um passo.

João: Vão se foder, tô preocupado com o patrão.

RH: Por que? Tá com saudade dele?- fala rindo.

Gui: E se ele tiver? Qual é o problema dele ter uma quedinha pelo LV?

João: Eu não sou gay.

Gui: Jura? Você tem uma cara...

João: É sério gente, aconteceu uma coisa com o LV e ele me pediu pra não contar pra ninguém, só que, eu tô preocupado.

Eu: Desembucha logo.

João: Um dia antes do patrão ir ver a Hemilly, chegou uma entrega pra ele.

Gui: E daí?

RH: Deixa ele falar porra.

João: Daí quando o patrão abriu a caixa tava a cabeça do Fagner nela e uma carta na boca dele.

Eu: O que tinha na carta?

João: Eu não sei, ele não disse e pediu para eu não falar nada, mas eu tô preocupado. O Fagner era dono de um morro forte, quem matou ele sem deixar nenhuma pista...

Eu: É um problema.

João: Sim.

Gui: E o que a gente vai fazer?

RH: Vocês não vão fazer nada, deixa que eu resolvo com o LV. E diferente desse aqui- aponta pro João- vocês não vão falar nada pra ninguém, esse cara é perigoso e a gente precisa ficar esperto.

Gui: Pode deixar.

Eu: Falo.

João: Não fala para o LV que eu disse...

RH: Ta de boa, eu dou um jeito com ele. Mas você precisa manter a boca mais fechada.

João: Valeu, eu vou.

Lv on

Nossa estava muito acabado, ontem eu e a Hemilly ficamos juntos até às 05:00. Acordei abraçando o travesseiro e com a luz do sol batendo na minha cara, olhei para os lados e não vi a Hemilly do meu lado. Me levantei, fui ao banheiro e coloquei uma calça jeans e uma regata preta.

🌺🌺🌺🌺🌺🌺🌺♥️🌺🌺🌺🌺🌺🌺

Fiz um omelete com bacon muito bom, coloquei leite no copo e fiquei esperando a Hemilly passar por aquela porta, porém quem passou por aquela porta foi a Sônia.

Sônia: Bom dia patrão.

Eu: Cadê a Hemilly?

Sônia: Saiu a negócios com o tal de Augusto.

Eu: Hum, quanto tempo ela ja se foi?

Sônia: Umas 08:00 da manhã, ela tava bem apressada, não comeu nada.

Eu: Ela falou alguma coisa?

Sônia: Não, mas fica tranquilo, ela não vai escapar- fala rindo e vai até o fogão- quer comer o que patrão?

Eu: Tô com uma saudade de bife ein Sônia.

Sônia: Pode deixar comigo

Engoli o pouco omelete que tinha no prato e sai da cozinha, subi dois degraus e vi a Hemilly passando pela porta da frente.

Hemilly: Cheguei.

Eu: Oi amor, onde você tava?

Hemilly: Fui conversa com o Augusto, ele queria uma reunião comigo, nossa tô doida pra comer.

Eu: Ei calma ai- seguro ela que gemeu e fez uma careta.

Hemilly: Merda amor.

Ela passou a mão no ombro que estava coberto pela jaqueta, fui até ela pra tentar ajudar até que vi uma coisa estranha, o braço dela parecia estar machucado.

Eu: O que é isso?- puxei a jaqueta e tive certeza, o braço não tava só machucado, o braço dela tava roxo- Que merda é essa Hemilly?

Hemilly: Nada- continua andando mas eu seguro ela só que dessa vez o mais leve possível.

Eu: "Nada" não deixa um roxo no ombro das pessoas.

Sônia: O que tá acontecendo?

Hemilly: Nada já disse, eu só cai.

Eu: Para de mentir Hemilly, que merda é essa no seu braço?- analiso o machucado- onde mais dói?

Hemilly: Em lugar nenhum LV, eu tô bem.

Eu: Tá bom amor, se não que falar eu mesmo procuro- rasgo a blusinha dela.

Hemilly/Sônia- LV!

A barriga dela estava vermelha e perto do seu peito tinha um pequeno corte ainda vermelho

Eu: Porra Hemilly!

Coração De Um TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora