Capítulo 17

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Cheryl Blossom Point of view

Toni estava em uma ligação, e eu fique prestando atenção nela, ela parecia um pouco ansiosa, quando percebi o celular escorregar da mão dela e cair no chão, Sina saiu um pouco tonta procurando onde sentar, logo eu corri para perto dela com Betty e Marina.

- Toni, aconteceu alguma coisa? - Falei e vi os olhos dela se direcionarem a mim, eu já estava ficando preocupada, ela estava mais branca que o normal.

- Eu, eu, desculpa Cheryl, eu sinto muito. - Ela levantou e me abraçou forte, eu estava confusa, não tava entendendo o que tava acontecendo.

- O que aconteceu?

- Sua mãe... - Sai do abraço dela, e olhei em seus olhos quando ouvi Toni falar da minha mãe.

- O que tem minha mãe?

- Me ligaram da delegacia, sua mãe foi... Sua mãe foi assassinada Cher. - Assim que Sina falou isso, minhas pernas falharam, eu caí de joelhos no chão.

- NÃO, NÃO, NÃO, ME DIGA QUE É MENTIRA TONI POR FAVOR. - Marina se ajoelhou no chão junto comigo, e ficamos abraçadas chorando, eu não podia acreditar que isso realmente estava acontecendo, Betty levantou Marina do chão, e levou ela pro quarto, eu continuei no chão, eu não tinha forças pra levantar, senti duas mãos me levantar, logo eu estava nos braços dela, Toni se sentou comigo no sofá, e eu deitei automaticamente em seu colo.

- Desculpa Cher, eu prometi proteger sua mãe.

- Você não teve culpa, você tentou tirar ela dessa situação, não se cobre por isso, você não é super herói. - Falei tirando uma mexa do cabelo dela que caía em seu rosto.

- O que você quer fazer? Quer ir para a Nova york?

- É preciso, eu quero me despedir da minha mãe.

- Eu também vou. - Marina vinha saindo do quarto com Betty.

- Okay, vou comprar as passagens. - Toni falou já pegando o notebook, Betty falou que ia também, o que eu achei ótimo, ela estava sendo maravilhosa com minha irmã, e eu nem sei o que elas têm afinal. Enquanto elas estavam atrás das passagens, Marina se deitou no meu colo no sofá, os olhinhos dela estavam vermelhos de tanto que ela chorou.

- Agora é só nos duas Cher.

- A gente consegue, eu não vou te abandonar Marina, foi a mamãe quem escolheu esse caminho, a gente avisou tanto a ela, a mamãe não merecia esse fim, mas ao menos agora, ela descansou dessa vida desgraçada que ela estava levando. - Meus olhos se encheram de lágrimas novamente, Marina limpou e me abraçou.

Por sorte tinha um vôo que ia sair em 2 horas, tomamos banho, se arrumamos, e passamos a noite toda viajando, eu ainda não acreditava que aquilo realmente tava acontecendo, por Deus, eu perdi minha mãe, assim que pousamos na Nova york, se hospedamos em um hotel, Sina se informou onde estava o corpo da mamãe, e organizou tudo para o velório, eu honestamente não tinha nem cabeça para pensar nisso.

- Onde está meu padrasto? - Falei quando Toni desligou a ligação com o delegado da cidade.

- Ele fugiu Cheryl, ainda não foi confirmado que foi ele quem matou sua mãe, mas como ele fugiu, e tendo em vista toda a situação, é quase óbvio que foi ele.

- Desgraçado, se eu ver esse homem na minha frente, eu mato ele com minhas próprias mãos. - Falei possessa de raiva, Toni me olhou com uma cara engraçada, tendo em vista que eu tenho medo até de matar um mosquito.

- Okay, eu fiquei assustada com sua fala! - Me aproximei dela e dei um selinho, Deus, o que eu fiz para merecer essa mulher na minha vida?

Seguimos para o enterro da minha mãe, foi completamente assustador ver minha mãe em um caixão, muitas pessoas da minha família estavam presentes, e me olhavam como se eu fosse uma alienígena, e eu não fazia a menor ideia do porque, será que é porque eu abandonei a mamãe para ir morar em Riverdale?

- Cheryl, meus sentimentos filha! - Meu tio veio até mim, e pegou na minha mão, estávamos paradas em frente ao cemitério, Toni apenas franziu a testa não entendendo nada, já que ela não entendia o idioma. [N/a: Usem a imaginação!]

- Obrigada tio!

- Quem é a moça? Sua amiga? - Falou se referindo a Toni, que não soltava minha mão por nada. E então foi como um clarão na minha mente, por Deus, minha família é altamente preconceituosa.

- Prazer senhor, me chamo Toni Topaz. - Toni falou oferecendo a mão a meu tio, por Deus, a forma que ela falou, se fosse em outra situação, aposto que eu teria até ficado excitada, Toni falou em um inglês impecável, traduzi para meu tio o que ela tinha falado, ele pegou na mão dela e sorriu.

- Sou tio da Cheryl, irmão do seu falecido pai, um prazer te conhecer. - Expliquei para Toni, que sorriu para ele em resposta. - Até mais, Cheryl, fala pra Marina que deixei um abraço, não vi mais ela. - Ele se retirou e eu respirei aliviada.

- Que foi? - Toni falou me abraçando.

- Estou incomodada com as pessoas me olhando como se fosse uma aberração por eu estar com você.

- A entendi, eu não lembrava que esse lugar ainda era assim, quer que eu solte sua mão e te trate como amiga?

- De forma alguma, que eles enfiem esse preconceito goela abaixo! - Falei dando um selinho em Toni, que me olhou assustada pelo ato, eu não me importei, segurei a mão dela, e adentrei o cemitério, eu achava que estava mais conformada, mas quando vi minha mãe sendo enterrada, eu acho que chorei toda a água que existia no meu corpo.

- Vamos embora daqui, acho que vou passar mal. - Falei para Toni, ela me olhou preocupada, falou pra Betty que ia esperar por ela e Marina no carro, e saiu comigo abraçada.

Toni se escorou no capô do carro e eu fiquei abraçada a ela, estava um pouco mais calma.

- Obrigada por ter vindo, acho que eu não ia aguentar se você não estivesse aqui.

- xiiiu, não precisa agradecer Cheryl, jamais te deixaria sozinha em uma situação dessas. - Ficamos abraçadas até que eu ouvi a voz que eu mais temia.

- Francamente cheryl marjorie blossom, você e Marina envergonham nossa família, em pleno enterro da minha irmã, e você abraçada com outra mulher, respeite sua falecida mãe e sua família! - Minha Tia falou parando onde eu estava, senti todo sangue sumir do meu corpo.

- Também senti saudades Tia!

- Criança insolente, sugiro que esqueça que tem família, e não volte mais para a Coreia. - Toni me olhava querendo entender a situação.

- Será um prazer, até mais tia, pode me deixar sozinha com minha namorada? - Minha tia me olhou com seus olhos quase faiscando, quis avançar para cima de mim, Toni na mesma hora tomou a frente. Minha tia ficou assustada com a pose de ignorante de Toni, entrou no carro que estava parado na rua e foi embora.

- O que essa vadia falou?

- Deixa isso de lado, não vale a pena. - Pouco tempo depois, Betty chegou com Marina, entramos no carro e fomos embora daquele lugar.

- Vamos passar na minha casa, eu quero entrar lá. - Falei para Toni, que estava concentrada dirigindo.

- Isso não é uma boa ideia Cheryl! - Ela falou me olhando.

- Por favor, eu realmente preciso ir lá. - Toni acabou aceitando a contragosto, assim que entramos na rua, meu coração faltou pouco pular para fora, quando eu vi a casa, meus olhos se encheram de água.

- Toni olha tem uma luz acessa no primeiro andar. - Betty falou do banco de trás, olhei na direção, era a luz do meu quarto e de Marina.

- É no meu quarto e de Marina...

- Tá com sua arma Betty? - Toni falou se virando pra Betty.

- Sempre!

- Vocês duas fiquem no carro, a gente vai entrar. - Toni falou já descendo do carro e pegando uma arma que estava na cintura, Betty fez a mesma coisa.

Seu lugar é comigo • ChoniWhere stories live. Discover now