Seu lugar é comigo • Choni

Capítulo 26

Toni Topaz point of view

Cheryl fez um pequeno corte, para remover a bala, ela colocou os dedos no corte, e logo conseguiu puxar a bala, Fangs urrava de dor, depois ela amarrou um pano no local, que na verdade era um pedaço da minha camiseta, ele tava perdendo sangue.

— A gente precisa sair daqui o mais rápido possível, mas ele não pode andar. – Entreguei minha arma a Cheryl, e peguei Fangs nos braços, minha nossa, osso realmente pesa.

— Toni me deixa aqui, a gente não vai conseguir. – Como se Deus mandasse uma salvação, Betty apareceu.

— O que aconteceu?

— Fangs foi baleado, precisamos sair daqui o mais rápido possível.

— Veronica vem comigo, preciso de um atalho, vou subir com uma viatura até aqui, fiquem escondidos em alguma casa. – Betty falou e saiu correndo com Veronica em sua cola, chutei a porta de uma casa qualquer e entrei com Fangs, Josie e Cheryl. Cheryl em momento algum saia de perto de Fangs.

— Procurem alguma coisa que eu possa dar uns pontos na perna dele, ele tá perdendo muito sangue.

— Fique na porta Josie, eu vou procurar. – Deixei Josie na guarda, e sai bagunçando toda a casa atrás de uma agulha, encontrei uma caixinha com uma agulha e uma linha que parecia bem forte, revirei mais um pouco e consegui encontrar álcool.

— ACHEI! – Corri para onde Fangs estava, ele estava quase desmaiando e estava muito branco por estar perdendo sangue.

— Okay Fangs, isso vai doer. – Cheryl falou se posicionando.

— Faça o que for preciso. – Fangs falou baixo e Cheryl começou a dar alguns pontos no local, Fangs gritava de dor, e isso acabou chamando a atenção dos bandidos.

— ANTOINETTE, PRECISO DE AJUDA! – Josie falou enquanto uma chuva de balas era direcionadas para a gente, corri e me escondi atrás de uma parede, quando vi que os bandidos tinham parado, eu e Josie atacamos.

Logo ouvi as sirenes, alguns bandidos ouviram também e correram para atirar contra os carros, eu e Josie atiramos contra eles, que sumiram, ouvi um alarme, e Veronica gritando.

— VAMOS, ELE ACIONOU O ALARME, ESSA FAVELA VAI EXPLODIR!

Corri com Fangs desmaiado nos meus braços, coloquei ele no banco de trás com Cheryl, Josie entrou na segunda viatura que Veronica estava no volante, Betty cantou pneu, ouvi uma explosão atrás da outra, tinha um fogo na nossa frente.

Betty fechou os vidros do carro, e entrou dentro do fogo, logo a gente saiu do outro lado, Veronica fez a mesma coisa, tinha viaturas da polícia para todos os lados saindo da favela.

— Para o carro Betty, eu vou ficar, siga para o hospital com Cheryl e Fangs. – Betty fez o que eu pedi, desci do carro, Veronica logo parou o outro e eu entrei. Alguns tiros atingiram o carro, eu e Josie começamos a atirar contra eles, quando olhei para o lado Hiram estava no banco de trás do carro que estava na nossa cola.

— Desgraçado! – Atirei em direção ao carro, disparei alguns tiros atingi o vidro, e percebi que tinha atingido ele também, o carro entrou em um atalho e foi embora.

— Sinto muito se eu tiver matado seu pai Veronica.

— Não sinta, essa guerra tem mesmo que ter um fim. – Vi que ela estava com lágrimas nos olhos, logo paramos onde estava os outros policiais.

— Veronica você precisa ir embora, não pode ficar aqui, vão te prender. – Josie falou.

— Vá embora Veronica, muito obrigada de verdade. – Desci do carro com Josie, Veronica cantou pneu com a viatura, alguns policiais quiseram seguir ela, mas eu impedi.

— Ela nos ajudou, deixe ela ir, a gente encontra ela depois. – Os polícias me olharam receosos, mas fizeram o que eu mandei, a favela estava em chamas, muitas pessoas inocentes morreram, e no fim, não tenho nem certeza se realmente matei o chefe. Hiram Lodge ainda pode estar vivo.

Perdemos 10 polícias, no ninho que a gente se enfiou, mais uns 15 estavam no hospital, levando em conta que destruímos a favela dele, a gente ainda estava no lucro. Eu estava com muito remorso por ter sido a causa da morte de muitos inocentes.

Resolvi não ir no hospital, Vero tinha me ligado e informado sobre Fangs, graças a Deus Fangs era teimoso demais para morrer e estava bem, fui direto para casa, eu estava exausta, tirei minha camiseta e joguei em qualquer lugar, tirei minha bota e as meias, e desabotoei a minha calça, me joguei no sofá e fiquei por lá mesmo pensando em tudo que tinha acontecido nas últimas 24 horas, nem percebi quando acabei dormindo, acordei com um barulho na porta, já estava procurando minha arma, quando Cheryl entrou no apartamento, ela não falou nada, simplesmente se jogou em cima de mim, e me beijou, eu estava com tanta saudade desse beijo, tentei prolongar o máximo que pude, Cheryl encerrou com uma mordida, e um selinho, quando abri meus olhos, ela me olhava fixamente.

— Senti tanta saudades. – Ela se deitou no meu peito, e ficamos em silêncio apenas apreciando a companhia uma da outra.

— Promete que vai me escutar sempre? Me quebrou o fato de você nem ao menos me dar chances de se explicar.

— Eu fiquei possessa quando vi outra mulher na cama com você. Pedi as gravações da câmera de segurança a Vero, e mostrava você abrindo a porta para ela, o que você queria que eu pensasse?

— Cheryl, acha mesmo que eu te trairia com qualquer uma? Eu nunca amei ninguém como eu te amo, e além de tudo, quão burra eu seria de te trair dentro da nossa própria casa?

— Eu não sei Toni, eu sinto muito.

— Tava saindo com Heather?

— Eu não conseguia te tirar da minha cabeça, e estava ficando frustada por isso, Heather me chamou para sair para se divertir um pouco e eu aceitei.

— Ela te chamou para sair, porque queria ficar com você.

— Eu ia ficar com ela, mas você obviamente, obrigou Betty a ir beijar ela na minha frente, sério, você não tinha aquele direito Toni.

— Não estou nenhum pouco arrependida, se você está com remorso, vá atrás dela.

— Cala a boca Toni.

— Quem ia saindo traída nessa história, no fim era eu.

— A gente tinha terminado.

— Na sua cabeça, porque na minha você ainda era minha, e jamais deixaria aquela lá te beijar.

— Ela é uma boa moça.

— Não to nem ai, e não quero mais falar sobre esse assunto, estou ficando estressada! – Ficamos calada fazendo carinho no cabelo dela.

— Como você foi parar nas mãos de Hiram? – Falei quebrando o silêncio.

— Quando desci do seu carro, um táxi encostou e eu entrei nele, nem percebi, quando fui ver, eu já estava na favela com um fuzil apontado para minha cabeça.

— Tá vendo? Sua teimosia quase custou nossas cabeças.

— Você quem me deixou descer.

— A cala boca Blossom, você é insuportável com raiva!

— É mesmo? Então eu vou embora! – Ela já ia levantando quando eu segurei ela pela cintura, a gente acabou bolando no sofá, e caindo com tudo no chão. Eu e ela começamos a rir, mas minha coluna não estava nada satisfeita.