Capítulo 35

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Toni Topaz point of view

- Você sabe que lugar é esse?

- É a 4° favela do meu pai, toda essa favela serve a ele, então eu acho bom, a gente não ser vistas, demos muita sorte de ninguém ter nos visto brigando, Deus a gente deu muita bobeira, vamos por esse caminho, eu usava pra fugir de casa, ele leva direto pra o matadouro do meu pai, deve ser onde ele está esperando a gente.

- Aí a gente vai exatamente para onde seu pai está nos esperando? É uma ótima ideia. - Falei fazendo careta e veronica me olhou inconformada.

- Ali na frente tem um orelhão, vamos tentar falar com Betty. - Veronica falou, logo chegamos no orelhão, ela ligou a cobrar, Betty nunca iria atender uma ligação de orelhão, ainda mais a cobrar.

- Isso não vai dá certo, vamos sair daqui Veronica. - Falei tomando o telefone da mão dela, e colocando de volta no gancho.

- Toni se a polícia não vinher, a gente vai morrer.

- Eles vão vim, Betty vai saber nos encontrar, e já deve estar vindo pra cá nesse momento.

- Como? Ela além de gostosa é adivinha agora?

- Não sua idiota, você ainda tá presa, tem um chip instalado em você, a delegacia sabe todo passo que você da. - Falei e Veronica parece ter se recordado que está terminando a pena dela em liberdade.

- Ao menos vocês polícias são inteligentes, as vezes, vamos logo. - A gente andou em um caminho de terra, cheio de mosquitos, e poeira, estava morrendo de cede, e cheia de dores graças a Veronica.

- Eu não aguento mais andar Veronica, e tô morrendo de cede e de dor.

- Tem um lago logo ali na frente, vamos tomar água lá. - Andamos mais um pouco, assim que vi a água sai quase correndo, bebi um pouco e lavei meu rosto, se Cheryl me visse bebendo essa água suja, com certeza ia me afogar nesse rio. Veronica se sentou em uma pedra e ficou me olhando, ela estava plenissima, nem parece que a gente tinha andando tanto, e nem que tinha levado uma surra, mas os requisitos de sangue e de roxos no corpo dela era bem evidente, espero que Betty não me mate por ter batido na garota dela.

- Pronto madame? Podemos ir? Não temos o dia todo. - Ela falou com cara de tédio.

- Vamos, qual é o plano? Vamos apenas invadir?

- Não, vamos esperar, quando meu pai perceber que a gente não chegou, ele vai mandar todo mundo que tiver nessa favela atrás de nós, ele não vai sair para ir nos procurar, então, entramos. - Continuamos a andar, não demorou e chegamos em um local cheio de prédios, tinha um galpão que parecia abandonado, Veronica me puxou para os fundos dele, tinha um espécie de escada e a gente subiu, ela fez sinal com o dedo para eu não fazer barulho, a gente chegou em cima do lugar, tinha uma janela e Veronica abriu. Lá dentro tinha ao menos umas 30 pessoas. Olhei o lugar e fiquei enjoada, tinha sangue no chão, algumas ferramentas na parede, uma guilhotina, minha nossa, eu nem sabia que isso ainda existia, tinha algumas cadeiras que pareciam de choque, tinha coisas de tortura para todos os lados, Veronica se deitou no chão em decúbito ventral e eu me deitei junto com ela.

- Que lugar é esse? - Falei baixinho.

- Te falei que era o matadouro, é aqui que meu pai se vinga dos traidores. - Hiram estava sentado em uma cadeira brincando com uma faca na mão. Veronica mirou o fuzil na direção dele.

- Se você atirar nele, vai ter ao menos umas 30 armas apontadas pra gente, vamos segui o plano. - Veronica me olhou com raiva, mas baixou a guarda, ficamos deitadas no chão, logo Hiram se levantou irritado.

Seu lugar é comigo • ChoniOnde as histórias ganham vida. Descobre agora