capítulo 6 - Nunca fale a verdade

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LUISA NARRANDO

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LUISA NARRANDO

As últimas semanas tem sido libertadoras para mim, longe de todos os meus problemas. Do dinheiro, do processo e da Rose, a sim, da Rose.

Eu posso está passando a imagem de irresponsável, e não é isso que eu queria.
Vim pra cá para reaprender sobre mim e poder ser eu mesma, ser a Luisa que eu queria estar sendo a muito tempo.
Recebi os e-mails e mensagens de voz que Rose me mandou e agora estou arrumando minhas coisas para voltar para Miami, só para tirar a curiosidade, estou no Peru.

Espero que dê tempo de chegar ao tribunal.

- E a Dra. Alver está exibindo a mesma imprudência ao não responder a ação.

Ouvi alguém dizendo sobre mim.
Pelo visto o julgamento já começou.

- Na verdade, não. Eu estou aqui!

Eu falei entrando na sala, e recebendo vários olhares surpresos.

- Dra. Alver, eu imagino.

A juíza disse se referindo a mim.

-Excelência eu preciso conversar com a minha cliente.

A advogada que estava me representando disse.

- Isso e ridículo.

O advogado da Jane falou.

- Luisa está aqui, e não há julgamento por omissão.

A juíza disse batendo o martelo e encerrando a seção.

- E Luisa, essa é sua última chance.

Fomos então para fora, e meu pai, o Rafael e a Rose não pareciam muito feliz com minha volta.

- Luisa onde você esteve? Eu te procurei por todo o México.

Rafael falou em um tom repugnante.

- Eu não estava no México, estava no Peru.

Quem ele pensa que é para falar com esse tom comigo?

- Filha, estou muito feliz com sua volta!

Meu pai disse me abraçando.

- Pai, ela sumiu, fugindo das responsabilidades e você a abraça dizendo que está feliz com sua volta?

- Rafael, sua irmã está aqui, e está bem, é isso que importa.

- Bem? Luisa é uma viciada, devia está bebendo por aí...

- Olha, chega! Não vou permitir que falem assim de mim. Eu admito sim, que eu sou viciada, mas porque? De que eu tento fugir com isso?

Falei me virando e indo em direção a porta sem ouvir o que eles tinham a dizer deixando minha pergunta no ar.

- Luisa precisamos conversar!

Rose falou me puxando para dentro do banheiro.

- É, eu gostaria muito.

- Não é o que você está pensando.

- É sobre o que então?

- Sobre nós, eu estava pensando e... Não sei se tenho coragem de falar para seu pai sobre a gente.

- Olha, você tem o tempo que precisar para contar pra ele, mas conta de verdade tá? Ou eu conto.

Completei.

Pela primeira vez em muito tempo eu não me sentia submissa a ela.

- Me encontra mais tarde?

- No mesmo lugar onde, onde houve fogos de artifício.

Rose disse com uma voz provocadora.

- Te encontro lá as 20h!

E então fomos embora.

Eu me sentia como se estivesse indo ao meu primeiro encontro sempre que iria sair com ela, era como se nós tivéssemos uma ligação forte e única, é inexplicável, mesmo quando eu não queria que isso acontecesse.

Comecei a subir bem devagarinho para ir até o local que marcamos e a cada passo que eu dava eu sentia meu coração pulsar mais forte, Ficar com a Rose me dava a sensação de ser amada e de amar de um jeito o qual nunca senti.

- Que bom que chegou, eu achei que não viria.

Rose disse assim que me viu, e uau como ela estava perfeita, com um vestido que realçava suas curvas, e que tinha um decote de v nos seios, o que dava um charme a mais.

- Nossa, você está linda.

Falei enquanto a olhava de baixo a cima.

- Você também está!

Rose disse chegando mais perto e abrindo delicadamente os botões da minha blusa.

- Eu gosto assim!

Falei me referindo a sua ousadia.

- Gosta?

Ela disse com uma voz tentadora.
Começamos a nos beijar suavemente, sem pressa, como se o tempo estivesse parado naquele instante.
Mas em questão de um pequeno tempo se tornou um beijo impetuoso, Rose deslizou sua mão por meu corpo com uma parada certeira e penetrando seus dedos de uma forma delicada, sem tirar a concentração do beijo.

- Isso, continua.

Falei implorando.
Fazer amor com Rose não é apenas trocas de prazer, é como se houvesse uma transmissão de sentimento tão grande, inexplicável.

- Uau!

Falei quando acabamos, ou melhor, quando acabamos de fazer amor pela 3° vez.

- Luisa! Eu te chamei aqui hoje para...

- Para?

- Nos despedirmos, nós não podemos mais...

- O quê?

Falei decepcionada, mas agora mesmo ela...

Comecei a chorar.

- Rose, você não o ama!

- Posso não o amar, mas sou casada com ele!

- Eu achava que você era diferente, mas pelo visto eu me enganei. Você só é gananciosa, não tá nem aí para os sentimentos das pessoas.

Falei junto com um olhar julgador.

- Luisa, não quero que você pense que não te amo, mas...

- Mas o que Rose? Mas, você não liga para o que eu sinto por você, não liga para os sentimentos do meu pai e nem para o seu! você se tornou Ávida, Fria, eu não te reconheço mais.

Falei e logo em seguida me virei para ir embora

- E eu vou dizer para ele!

- Luisa você não pode.

- Posso e vou!

Eu já tinha tido essa sensação de ser traída, mas não por alguém que eu amava de verdade.

Coloquei a cabeça sobre o travesseiro e não segurei as lágrimas. como ela pode? Isso me decepcionou muito, mas sabe o que me deixa mais insegura?
É, se um dia eu irei ser feliz com alguém, sem me sentir vazia, sem me sentir insegura se a pessoa irá ou não me trocar a qualquer momento, me faz pensar se um dia vou ser a prioridade de alguém, eu sinto cada vez mais longe a felicidade, vejo todos meus sonhos perecerem.

A Maior História De Amor Já Contada | RoisaWhere stories live. Discover now