capítulo 17- Era somente um passeio

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LUISA NARRANDO

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LUISA NARRANDO

Acordei com o sol ainda nascendo invadindo o quarto na direção do meu rosto, vi que Rose ainda estava dormindo um sono profundo e tranquilo, me levantei para fechar as cortinas que havíamos esquecido de fechar na noite passada.

Me guiei até a cozinha, tomei um copo de água e sentei no balcão onde me chamou atenção o notebook está ligado, resolvi checar meu e-mail e ainda sem respostas sobre a retirada do meu processo desliguei o computador.
Continuei sentada olhando os ponteiros se mexerem em um relógio antigo que ficava na parede da cozinha, alguns minutos se passaram e resolvi ligar o computar novamente para ver as notícias do mundo lá fora.

- Bom dia docinho!

Senti alguém me abraçar por trás.

- Bom dia meu amor, já acordada?

- Acordei a pouco tempo, não consegui dormir essa noite direito, estou exausta!

Por sua expressão facial e pelas olheiras que ela havia adquirido durante a noite já era de se esperar.

- Você quer falar sobre o que está incomodando você?

- Não, eu estou bem. Só preciso de um tempo para processar algumas coisas, mas está tudo bem.

Ela falou se sentando ao meu lado.
Eu sabia que ela não estava bem, então em uma tentativa de amenizar a situação falei:

- Olha, eu sei que você está magoada e que não é o melhor momento em que já viveu, mas não pode ficar prejudicando sua saúde com isso, você tem que entender que a sua prioridade agora é você mesma, não pode lidar como se sua vida fosse acabar amanhã e você nunca vai realizar o seu sonho de ser mãe, pois ele vai se realizar. Tem muito tempo pela frente ainda, você tá nova, tem saúde e precisa cuidar dela para que tudo ocorra bem. E eu estou aqui apoiando você, acredite, vai dar tudo certo na hora certa.

Ela se virou para mim deu um longo suspiro como alguém que precisasse ouvir palavras de consolo e após alguns instantes de silêncio, disse:

- Obrigada Luisa, suas palavras são reconfortantes.

Rose falou se levantando num impulso.

- E você está certa, eu preciso me colocar como prioridade e é por esse motivo que hoje vamos aproveitar o máximo eu e você, sem problemas e sem preocupações como sempre acontece.

- Bom, e o que vamos fazer?

Falei animada com a sugestão de aproveitar o dia.

- Não sei, alguma ideia?

- Podemos ir ao parque, ou qualquer lugar a céu aberto.

Falei.

- O dia nasceu como se fosse ter um sol esplêndido mas agora está se fechando.

Rose disse ao olhar pela janela da sala.

- Podemos ir ao cinema ver um filme, conversar um pouco e depois passar no supermercado para fazer compras, o que acha?

- Cinema é coisa de adolescente Luisa, não somos adolescentes.

Ela disse dando um sorriso e sentando no meu colo.

- Tá me chamando de velha é? Não acho que cinema seja pra adolescente, deixa de ser boba, vamos?

- Tá bom; você me convenceu.
Vamos!

Dei um sorriso ao ouvir o que disse.

- Somos ótimas adolescentes que vão ao cinema e logo após vão fazer compras.

Ela falou ironicamente.

Fomos para o quarto, vestimos nossas roupas e fomos ao Shopping mais perto.
Chegando lá resolvemos ir primeiro a praça de alimentação, fizemos nossos pedidos e fomos sentar.

- Toda essa gente fazendo compras me lembra minha adolescência.

- Você fazia compras no shopping na sua adolescência?

Perguntei.

- Ah não, isso não. Eu marcava encontros com garotos no shopping na minha adolescência.

- Revolucionário isso.

Falei rindo.

- Ei, não é pra rir, era sério meu primeiro beijo foi no cinema sabia? Com um garoto estranho e que beijava super mal.

Agora era ela quem estava a dar risadas.

- Uau, que desastre.

Conversamos durante um bom tempo, comemos o que havíamos pedido compramos nossos ingressos e decidimos dar uma olhada nas lojas enquanto não dá a hora do filme começar.

Entramos em uma livraria onde eu estava me divertindo olhando na prateleira a qual só havia livros de romance da idade média.

- Eu preciso ir ao banheiro Lu.

Rose disse parecendo desconfortável com algo.

- Tem alguma coisa incomodando você?

A indaguei.

- Não, está tudo bem. Preciso retocar a maquiagem.

Ela disse com uma voz fraca e baixa.

- Ok, então vou com você.

- Não, não tem necessidade. Você está se divertindo com os livros, eu já volto.

Decidi respeitar o espaço dela e fiz o que disse.

- tá, então tudo bem.

Continuei a olhar a sinopse de cada livro e encantava com o rumo a qual algumas tomavam, quando percebi que havia passado tempo de mais ali, e a mais de uma hora Rose foi ao banheiro e ainda não tinha voltado.

Fui então a sua procura. ela parecia aflita, eu deveria ter deixado com que ela saísse sozinha;

Pensei.

Fui em todas as lojas a quais Rose poderia ter entrado, após essa inspeção fui então a procura no banheiro, eu não acho que ela estaria lá ainda, a mais de uma hora.

- Rose, Meu Deus o que aconteceu com você?

Falei espantada ao acabar de ver a cena diante meus olhos.

Rose estava no canto da parede com o cabelo bagunçado, um machucado no braço e chorando inconsolavelmente.

- Quem fez isso com você?

Eu disse ao me aproximar e ela não respondia as minhas perguntas o que me deixou mais aflita.

- Foi ela Luisa, eu sabia que ela viria atrás de mim.

Ela disse sem tirar a cabeça dos joelhos.

- Ela quem Rose, o que você está dizendo?

- Aquela bruxa.

Sentei ao seu lado, coloquei seu cabelo para trás e fiquei e a abracei, eu queria muito saber o que havia acontecido, mas aquele não era o melhor momento, e hoje com certeza não foi somente um passeio sem problemas e preocupações.

A Maior História De Amor Já Contada | RoisaOnde histórias criam vida. Descubra agora