capítulo 34- É preciso ser médica

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LUISA NARRANDO

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LUISA NARRANDO

Cheguei em casa após um longo e exaustivo dia de trabalho, meu corpo está implorando por um banho quente e uma noite bem dormida, notei que as luzes estavam todas apagadas, onde Rose está? Me perguntei.
Ela gosta de luz, não vejo o motivo de todas estarem apagadas.
Fui até o interruptor que fica a poucos passos da porta, acendi a luz entendi o motivo de tanta escuridão.

- Rose!!

Eu disse aos prantos ao ver ela caída no chão.
A primeira coisa que chequei era se havia sangue e a presença dele fez com que eu eu me desesperasse ainda mais.

- Oh meu Deus, isso não pode está acontecendo, não com você, não com a gente. Vou te levar para o hospital, aguenta firme!

Falei me jogando ao seu lado sem saber se ela estava me escutando.
Peguei o estetoscópio que estava em minha bolsa para conferir se tudo estava bem com seu coração e pulmões, e está apesar do seu fraco pulso, ainda está...
Me senti sem amparo diante tal situação, o que eu faço? Não consigo pensar em uma solução. Os pensamentos mais sombrios estavam agora me rodeando.
Eu sou médica, me especializei em obstetrícia sou acostumada a ver pessoas fora de si pelo hospital, pessoas sangrando, deformadas e principalmente grávidas desmaiadas.
Mas não é a mesma coisa. Quando estou em um hospital eu me desligo da Luisa para ser a Doutora Alver e sou confiante no consultório ou pelo menos costumava ser. Sou confiante até mesmo em cirurgias e em partos, mas ver Rose deitada no chão com seu pulso fraco me deu desespero, senti minhas pernas tremerem e minhas mãos suarem, mas mesmo assim me levantei e a coloquei as pressas dentro do carro.

- Ela está grávida de 27 semanas, tem alergia a morfina e a remédios com diazepam então a menos que ela esteja com muita dor não a sedem por favor, e está com hemorragia vaginal.

Falei para a enfermeira neonatal que veio ao meu encontro assim que passei pela porta do hospital, já com a maca e um acesso de soro.

- Luisa...

Ouvi sua voz soar fraca.

- Rose, calma, vai ficar tudo bem não precisa falar nada.

- Eu preciso... Eu preciso...

- O coração desestabilizou e a pressão caiu.

Falei para as enfermeiras.

- Cadê os médicos desse hospital?

- Dra. Alver está em troca de plantão e houve uma emergência na ala neonatal. Não temos nenhum médico da obstetrícia e nem pediatria disponível.

Uma das mulheres que estava segurando a maca disse.

Coloquei as duas mãos sobre a cabeça sem saber o que fazer.

- Certo, leva ela para a sala 2 eu vou me trocar.

- Mas doutora seu plantão já acabou.

- É da minha mulher e da minha filha que estamos falando eu preciso ver se está tudo bem com elas, não estou nem aí para o meu plantão, se houvesse médicos competentes aqui já teriam atendido ela.

Falei dirigindo a palavra para a mesma enfermeira.

- Algum problema de coração? 

- Não, não que eu saiba.

Respondi a dra. Kennedy, cardiologista.

- Ok, então não vai haver rejeição de nenhum medicamento que ela não seja alérgica, preciso voltar para a emergência, caso haja uma parada me chamem imediatamente, mas é provável que não vai haver. O coração do bebê está batendo?

Ela perguntou e me lembrei de imediato que ainda não tinha avaliado o bebê.

- Eu, eu não sei.

Falei me sentando no chão.

- Minhas noites de sono andam curtas, perdi uma paciente no parto hoje e eu não estou bem, não sei o que fazer, eu não sei se consigo.

- Dra. Alver, você precisa se recompor vai tomar um ar, eu chamo a doutora Beck, ela dá conta.

- A Beck passa mal se o paciente desmaia, não vou deixar a minha namorada com ela.

Kennedy me olhou concordando.

- Quer que chama um neuro?

- É bom ter certeza se não houve lesões neurológicas. Chama o doutor Peter por favor.

- Ok estou indo.

- Kerman chama dois cirurgiões gerais e um pediatra por favor e Tarver leva para um raio-x urgente.

- Dra. Alver o que eu faço?

Ouvi Beck dizer atrás de mim.

- Você vai me ajudar a fazer uma ultrassom para ver se a bebê está bem.

- E o toc?

- Que toc? Ela está de 27 semanas.

- Dra. Luisa o liquido amniótico está baixo, temos que fazer o exame de toc.

Ela disse.

- Ah, deixa eu pensar, faz o toc.

- 5cm de dilatação do colo mas o bebê não desceu.

- Bom, de todo jeito não podemos fazer um parto com ela desacordada, não um parto normal.

Eu falei checando o que ela havia dito.

- injeta corticosteroides, ela não vai ter um parto agora é muito arriscado para a vida da bebê.

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