LUISA NARRANDO
Cheguei em casa após um longo e exaustivo dia de trabalho, meu corpo está implorando por um banho quente e uma noite bem dormida, notei que as luzes estavam todas apagadas, onde Rose está? Me perguntei.
Ela gosta de luz, não vejo o motivo de todas estarem apagadas.
Fui até o interruptor que fica a poucos passos da porta, acendi a luz entendi o motivo de tanta escuridão.- Rose!!
Eu disse aos prantos ao ver ela caída no chão.
A primeira coisa que chequei era se havia sangue e a presença dele fez com que eu eu me desesperasse ainda mais.- Oh meu Deus, isso não pode está acontecendo, não com você, não com a gente. Vou te levar para o hospital, aguenta firme!
Falei me jogando ao seu lado sem saber se ela estava me escutando.
Peguei o estetoscópio que estava em minha bolsa para conferir se tudo estava bem com seu coração e pulmões, e está apesar do seu fraco pulso, ainda está...
Me senti sem amparo diante tal situação, o que eu faço? Não consigo pensar em uma solução. Os pensamentos mais sombrios estavam agora me rodeando.
Eu sou médica, me especializei em obstetrícia sou acostumada a ver pessoas fora de si pelo hospital, pessoas sangrando, deformadas e principalmente grávidas desmaiadas.
Mas não é a mesma coisa. Quando estou em um hospital eu me desligo da Luisa para ser a Doutora Alver e sou confiante no consultório ou pelo menos costumava ser. Sou confiante até mesmo em cirurgias e em partos, mas ver Rose deitada no chão com seu pulso fraco me deu desespero, senti minhas pernas tremerem e minhas mãos suarem, mas mesmo assim me levantei e a coloquei as pressas dentro do carro.- Ela está grávida de 27 semanas, tem alergia a morfina e a remédios com diazepam então a menos que ela esteja com muita dor não a sedem por favor, e está com hemorragia vaginal.
Falei para a enfermeira neonatal que veio ao meu encontro assim que passei pela porta do hospital, já com a maca e um acesso de soro.
- Luisa...
Ouvi sua voz soar fraca.
- Rose, calma, vai ficar tudo bem não precisa falar nada.
- Eu preciso... Eu preciso...
- O coração desestabilizou e a pressão caiu.
Falei para as enfermeiras.
- Cadê os médicos desse hospital?
- Dra. Alver está em troca de plantão e houve uma emergência na ala neonatal. Não temos nenhum médico da obstetrícia e nem pediatria disponível.
Uma das mulheres que estava segurando a maca disse.
Coloquei as duas mãos sobre a cabeça sem saber o que fazer.
- Certo, leva ela para a sala 2 eu vou me trocar.
- Mas doutora seu plantão já acabou.
- É da minha mulher e da minha filha que estamos falando eu preciso ver se está tudo bem com elas, não estou nem aí para o meu plantão, se houvesse médicos competentes aqui já teriam atendido ela.
Falei dirigindo a palavra para a mesma enfermeira.
- Algum problema de coração?
- Não, não que eu saiba.
Respondi a dra. Kennedy, cardiologista.
- Ok, então não vai haver rejeição de nenhum medicamento que ela não seja alérgica, preciso voltar para a emergência, caso haja uma parada me chamem imediatamente, mas é provável que não vai haver. O coração do bebê está batendo?
Ela perguntou e me lembrei de imediato que ainda não tinha avaliado o bebê.
- Eu, eu não sei.
Falei me sentando no chão.
- Minhas noites de sono andam curtas, perdi uma paciente no parto hoje e eu não estou bem, não sei o que fazer, eu não sei se consigo.
- Dra. Alver, você precisa se recompor vai tomar um ar, eu chamo a doutora Beck, ela dá conta.
- A Beck passa mal se o paciente desmaia, não vou deixar a minha namorada com ela.
Kennedy me olhou concordando.
- Quer que chama um neuro?
- É bom ter certeza se não houve lesões neurológicas. Chama o doutor Peter por favor.
- Ok estou indo.
- Kerman chama dois cirurgiões gerais e um pediatra por favor e Tarver leva para um raio-x urgente.
- Dra. Alver o que eu faço?
Ouvi Beck dizer atrás de mim.
- Você vai me ajudar a fazer uma ultrassom para ver se a bebê está bem.
- E o toc?
- Que toc? Ela está de 27 semanas.
- Dra. Luisa o liquido amniótico está baixo, temos que fazer o exame de toc.
Ela disse.
- Ah, deixa eu pensar, faz o toc.
- 5cm de dilatação do colo mas o bebê não desceu.
- Bom, de todo jeito não podemos fazer um parto com ela desacordada, não um parto normal.
Eu falei checando o que ela havia dito.
- injeta corticosteroides, ela não vai ter um parto agora é muito arriscado para a vida da bebê.
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A Maior História De Amor Já Contada | Roisa
FanfictionApós várias tragédias que aconteceram do forma contínua na vida de Luisa ela se via sem esperanças de que seu destino pudesse ser mudado de alguma forma, um imprevisto no trabalho fez com que acontecesse uma grande tragédia em sua vida profissional...