capítulo 11- Solano

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LUISA NARRANDO

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LUISA NARRANDO

- Rose você está bem?

Falei indo até ela e tirando suas mãos que estavam cobrindo seus olhos.

- Meu Deus Luisa, achei que ele tinha atirado, estava sem coragem para olhar.

- Ei, calma, está tudo bem. Eu estou bem.

Ela me encarou com seus lindos olhos verdes.

- Eles devem ter ouvido o barulho do tiro.

Rose falou se desvencilhando dos meus braços.

- E agora, o que eu faço?

Olhei para o chão e vi que não tinha muito o que fazer;

- Ele está morto?

Falei olhando fixamente para o corpo que estava estirado sobre o chão enquanto apertava firme a mão de Rose.

- Sim, ele está.

Ela disse se lamentando após observar que não havia mais pulsação arterial.

Ouvi alguém bater na porta após alguns instantes.

- Luisa me escuta, eu assumo a culpa e se te perguntarem você chegou depois de ouvir as ameaças.

Rose segurou as minhas mãos e voltou o olhar para a porta.

- Eles vão prender você. Eu não deveria ter feito o que fiz. Eu matei uma pessoa, sou uma pessoa horrível, matei meu próprio pai.

Falei ofegante não contendo as lágrimas que insistiam em descer.

- Ei Lu, preciso que confie em mim. Vai dar tudo certo, e você não é nada disso. além do mais não foi proposital, foi um acidente. Olhe para mim amor, quero que você apague qualquer pensamento que lhe diga que você e a culpada pelo que aconteceu aqui, está bem?

Ela disse com uma voz acalentadora.

Rose se dirigiu até a porta e fez um sinal mandando eu limpar as lágrimas.

Lembrei de uma vez que estávamos juntas e ela disse "Quando não souber o que fazer, se finja surpresa, sempre funciona."

E agora é o melhor momento para começar a colocar esse conselho em prática.

- Sou o oficial Robert, recebi uma notificação de que houve um barulho de tiro vindo dessa suíte. Gostaria de averiguar a situação e se a senhorita pudesse se explicar seria ótimo.

Ouvi um homem que aparentava ter uns 50 anos falar em um tom ignorante olhando Rose da cabeça aos pés.

Ela abriu a porta totalmente e ao entrar o oficial se deparou com a cena e a arma na mão de Rose. Foi automático, as engrenagens dele processaram o provável ocorrido e em seguida ele foi tirando as algemas presas em seu cinto.

- Agora seria um bom momento para começarem a se explicar senhoritas.

Seu olhar questionador repousava de mim para Rose e para o corpo ao chão.

- Sou Rose Catherine Solano, agente do FBI.

Ela falou tirando o distintivo do bolso interno da sua jaqueta.

O guarda se afastou e colocou as algemas no lugar novamente.

- Gostaria de ser explicar Sra. Solano?

- Só Rose está de bom tamanho.
Eu fui enviada pelo FBI após nós termos recebido algumas informações sobre Emílio e sobre a rede de hotel Marbella, eu já conhecia Luisa a algum tempo, e nós já tivemos um relacionamento alguns anos atrás, não que isso lhe diz respeito, mas já que é para esclarecer tudo então. Me casei com Emílio para ter mais informações sobre o "plano" dele e não consegui descobri nada muito útil, eu tinha algumas informações de fora sobre ele também e não era suficiente...
Emílio me viu mexendo em seu escritório a procura de mais pistas, desde então me ameaçava constantemente e depois descobriu sobre meu relacionamento secreto com Luisa, ele ficou furioso e ameaçou me matar, eu agi em legítima defesa após ele colocar a arma em minha cabeça e dizer que iria atirar em mim, Luisa chegou após ouvir as ameaças dele.

- Você pode provar que essa arma é sua, e que você agiu em legítima defesa Sra. Rose?

- Sim, posso. A numeração da arma é a mesma que está na minha documentação, olha.

Ela disse também tirando algum papel da jaqueta, como ela tinha uma arma e Emílio sabia sem desconfiar de nada? Rose com certeza é um verdadeiro mistério.

Eu fiquei alternando um olhar duvidoso de Rose para o meu pai no chão e para o oficial que não tirava os olhos dela;

Eu não precisei mais encenar uma cara surpresa, pois agora eu realmente estou.
Rose, é agente do FBI e estava investigando o Marbella ou melhor, estava investigando minha família? E eu achando que já tinha acontecido muita coisa comigo até aqui.

- E como você pode provar que agiu em legítima defesa Sra. Rose?

- A arma usada é minha e é registrada, você acha que se eu quisesse simplesmente matar alguém eu colocaria o meu serviço em jogo?

Rose disse olhando friamente para o homem que continuava na porta.

- Não se trata de achar Sra. Solano, estou fazendo o meu serviço.

Ele disse dando ênfase a palavra Solano.

- É dado por lei o meu direito de me defender após tentarem me matar enquanto estou em serviço, vocês podem conferir nas câmeras, os horários, qualquer coisa.
As principais prioridades investigativas do FBI são: Proteger os Estados Unidos de um ataque terrorista;
Proteger os Estados Unidos de espionagem e operações de inteligência estrangeira e era exatamente o que ele estava planejando, então olha, você está fazendo seu trabalho bem ruim sem saber como agir diante situações assim.
Não podem me prender, estou exercendo a minha função. E a sua é investigar e encontrar provas que me incrimine ou não, só depois pode me acusar. Eu conheço a lei assim como você, e talvez até melhor.
Então haja conforme ela demanda. Passamos por um momento difícil, perdoe-me se estou sendo insensível, mas o que eu tiver que responder será oficialmente em delegacia.

- Precisa de um advogado?

Ele diz anotando tudo em um bloco de notas.

- Eu sou minha advogada.

- Ok, iremos acionar o FBI para comunicar sobre a ação e você será chamada em alguns dias para prestar depoimento, iremos levar o corpo para fazer a autópsia, passar bem.
Peço que se retirem para que eu possa exercer minha função e dá sequência as investigações, acionar o departamento, e os legistas que vão levá-lo.

A Maior História De Amor Já Contada | RoisaWhere stories live. Discover now