LUISA NARRANDO
- Rose você está bem?
Falei indo até ela e tirando suas mãos que estavam cobrindo seus olhos.
- Meu Deus Luisa, achei que ele tinha atirado, estava sem coragem para olhar.
- Ei, calma, está tudo bem. Eu estou bem.
Ela me encarou com seus lindos olhos verdes.
- Eles devem ter ouvido o barulho do tiro.
Rose falou se desvencilhando dos meus braços.
- E agora, o que eu faço?
Olhei para o chão e vi que não tinha muito o que fazer;
- Ele está morto?
Falei olhando fixamente para o corpo que estava estirado sobre o chão enquanto apertava firme a mão de Rose.
- Sim, ele está.
Ela disse se lamentando após observar que não havia mais pulsação arterial.
Ouvi alguém bater na porta após alguns instantes.
- Luisa me escuta, eu assumo a culpa e se te perguntarem você chegou depois de ouvir as ameaças.
Rose segurou as minhas mãos e voltou o olhar para a porta.
- Eles vão prender você. Eu não deveria ter feito o que fiz. Eu matei uma pessoa, sou uma pessoa horrível, matei meu próprio pai.
Falei ofegante não contendo as lágrimas que insistiam em descer.
- Ei Lu, preciso que confie em mim. Vai dar tudo certo, e você não é nada disso. além do mais não foi proposital, foi um acidente. Olhe para mim amor, quero que você apague qualquer pensamento que lhe diga que você e a culpada pelo que aconteceu aqui, está bem?
Ela disse com uma voz acalentadora.
Rose se dirigiu até a porta e fez um sinal mandando eu limpar as lágrimas.
Lembrei de uma vez que estávamos juntas e ela disse "Quando não souber o que fazer, se finja surpresa, sempre funciona."
E agora é o melhor momento para começar a colocar esse conselho em prática.
- Sou o oficial Robert, recebi uma notificação de que houve um barulho de tiro vindo dessa suíte. Gostaria de averiguar a situação e se a senhorita pudesse se explicar seria ótimo.
Ouvi um homem que aparentava ter uns 50 anos falar em um tom ignorante olhando Rose da cabeça aos pés.
Ela abriu a porta totalmente e ao entrar o oficial se deparou com a cena e a arma na mão de Rose. Foi automático, as engrenagens dele processaram o provável ocorrido e em seguida ele foi tirando as algemas presas em seu cinto.
- Agora seria um bom momento para começarem a se explicar senhoritas.
Seu olhar questionador repousava de mim para Rose e para o corpo ao chão.
- Sou Rose Catherine Solano, agente do FBI.
Ela falou tirando o distintivo do bolso interno da sua jaqueta.
O guarda se afastou e colocou as algemas no lugar novamente.
- Gostaria de ser explicar Sra. Solano?
- Só Rose está de bom tamanho.
Eu fui enviada pelo FBI após nós termos recebido algumas informações sobre Emílio e sobre a rede de hotel Marbella, eu já conhecia Luisa a algum tempo, e nós já tivemos um relacionamento alguns anos atrás, não que isso lhe diz respeito, mas já que é para esclarecer tudo então. Me casei com Emílio para ter mais informações sobre o "plano" dele e não consegui descobri nada muito útil, eu tinha algumas informações de fora sobre ele também e não era suficiente...
Emílio me viu mexendo em seu escritório a procura de mais pistas, desde então me ameaçava constantemente e depois descobriu sobre meu relacionamento secreto com Luisa, ele ficou furioso e ameaçou me matar, eu agi em legítima defesa após ele colocar a arma em minha cabeça e dizer que iria atirar em mim, Luisa chegou após ouvir as ameaças dele.- Você pode provar que essa arma é sua, e que você agiu em legítima defesa Sra. Rose?
- Sim, posso. A numeração da arma é a mesma que está na minha documentação, olha.
Ela disse também tirando algum papel da jaqueta, como ela tinha uma arma e Emílio sabia sem desconfiar de nada? Rose com certeza é um verdadeiro mistério.
Eu fiquei alternando um olhar duvidoso de Rose para o meu pai no chão e para o oficial que não tirava os olhos dela;
Eu não precisei mais encenar uma cara surpresa, pois agora eu realmente estou.
Rose, é agente do FBI e estava investigando o Marbella ou melhor, estava investigando minha família? E eu achando que já tinha acontecido muita coisa comigo até aqui.- E como você pode provar que agiu em legítima defesa Sra. Rose?
- A arma usada é minha e é registrada, você acha que se eu quisesse simplesmente matar alguém eu colocaria o meu serviço em jogo?
Rose disse olhando friamente para o homem que continuava na porta.
- Não se trata de achar Sra. Solano, estou fazendo o meu serviço.
Ele disse dando ênfase a palavra Solano.
- É dado por lei o meu direito de me defender após tentarem me matar enquanto estou em serviço, vocês podem conferir nas câmeras, os horários, qualquer coisa.
As principais prioridades investigativas do FBI são: Proteger os Estados Unidos de um ataque terrorista;
Proteger os Estados Unidos de espionagem e operações de inteligência estrangeira e era exatamente o que ele estava planejando, então olha, você está fazendo seu trabalho bem ruim sem saber como agir diante situações assim.
Não podem me prender, estou exercendo a minha função. E a sua é investigar e encontrar provas que me incrimine ou não, só depois pode me acusar. Eu conheço a lei assim como você, e talvez até melhor.
Então haja conforme ela demanda. Passamos por um momento difícil, perdoe-me se estou sendo insensível, mas o que eu tiver que responder será oficialmente em delegacia.- Precisa de um advogado?
Ele diz anotando tudo em um bloco de notas.
- Eu sou minha advogada.
- Ok, iremos acionar o FBI para comunicar sobre a ação e você será chamada em alguns dias para prestar depoimento, iremos levar o corpo para fazer a autópsia, passar bem.
Peço que se retirem para que eu possa exercer minha função e dá sequência as investigações, acionar o departamento, e os legistas que vão levá-lo.
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A Maior História De Amor Já Contada | Roisa
FanfictionApós várias tragédias que aconteceram do forma contínua na vida de Luisa ela se via sem esperanças de que seu destino pudesse ser mudado de alguma forma, um imprevisto no trabalho fez com que acontecesse uma grande tragédia em sua vida profissional...