[III] Apocalipse

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[👿]

Todos os fornicadores terão sua parte no lago de fogo. (Apocalipse 21:8)

O inferno se encontra no centro da Terra e lá há almas atormentadas dia e noite. Não há festas. Não há amor. Não há compaixão. Não há descanso. É somente um lugar de sofrimento além do que você possa imaginar.

É um lugar horrível de tormentos, de dores excruciantes e de sofrimento eterno. A sua alma sempre estará viva, pois ela vive para sempre. Tendo isso em mente, eu sugiro que tome cuidado, pois na Terra isso pode significar até a morte, já no inferno, para sempre é muito tempo.

Você ainda pode se divertir ou até se arrepender, ainda pode sorrir, sentado na arquibancada da quadra da escola, enquanto mata a primeira aula de matemática em sua segunda semana de aula, com um cantil de whisky que lhe queima a garganta como o inferno em apenas um só gole. Exatamente como eu.

Não que eu seja um bom exemplo.

Estou certo de que ninguém nunca te aconselhou a seguir os passos do diabo. Mas, olhando de perto, pode parecer muito mais interessante que polir seus sapatos sociais e ir à igreja nas noites de domingo.

Minha mente é, com certeza, mais limpa que seus sapatos de ir à igreja. Se é que você os têm.

Aquele lugar era silencioso, calmo e deserto, acreditava que poderia permanecer em paz e descansar de toda aquela bagunça adolescente que os humanos fazem, mas vi que estava errado assim que notei uma voz alterada vindo da entrada da quadra.

— Filho da puta! — gritou, passando a mão pelos cabelos enquanto andava mancando até o primeiro degrau da arquibancada e se sentava ali, jogando sua mochila ao seu lado. — Merda, merda, merda!

A voz saía alta, ele praguejava e xingava para o além, talvez fosse para o vento, sei lá. Eu reconheceria aquela cabeleira colorida em qualquer lugar. Era Jimin, com a perna machucada e o rosto contorcido pela dor que sentia.

Permaneci em silêncio, ele não me notou. Subiu sua calça moletom até que ela ficasse um pouco acima dos joelhos, então foi possível ver uma enorme marca roxa em seu joelho esquerdo, ao ver aquilo ele se exaltou ainda mais e, no que pareceu ser um surto de raiva, levantou-se e começou a puxar seus fios rosados com as duas mãos, em um ato totalmente desesperado.

— Desgraçado! Eu vou te matar! — xingou ainda mais, mas então lágrimas começaram a brotar em seus olhos cansados, logo desabrochando em seu rosto, que ainda mantinha uma expressão dolorosa. — Porcaria...

Ele havia entrado em outra briga?

Por uma semana inteira eu pude perceber que Jimin frequentemente aparecia machucado pelos cantos da escola, sempre com raiva ou inquieto, ele se recusava a falar com as pessoas, chegava a evitar seu próprio pai.

— Senta aí — pedi, depois de andar pelos degraus e me posicionar à sua frente.

Ele me olhou assustado, provavelmente por perceber tarde a minha presença no local. Sem muito o que fazer, eu o empurrei até que ele se sentasse na arquibancada, em seguida me sentei em seu lado e trouxe sua perna machucada até mim.

— Você precisa para de se meter em encrencas, Park — apertei levemente o local que parecia doer em seu corpo.

— Para! Dói! — ele gritou e puxou minha camisa com força, chorando ainda mais.

Estendi meu cantil para ele, que me olhou confuso, mas aceitou e cheirou o objeto com uma careta pouco satisfeita.

— Não pode trazer bebida pra escola — me advertiu.

Garoto infernal • jjk + pjmUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum