03: Um veneno fresco a cada semana

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N/A: demorei hoje um pouquinho para postar, mas cheguei com essa belezura que está ainda maior que o outro. fico pensando se eu deveria dividir em mais capítulos aaaaaaaa ajude. 

esse capítulo tem alguns triggers warnings: violência explícita, morte de animais e os palavrões só aumentam, então se vocês são sensíveis, tomem cuidado. boa leitura!


                                                                                🌑🌕


Louis estava sempre sozinho.

Nisso difere-se de seus eventuais adversários na luta pelo controle de Doncaster, que andam em bandos. Manadas.

Alguns julgam que esse seu hábito pode torná-lo um alvo fácil, outros acham invejável a coragem que ele tem de andar sem um segurança pelas ruas de Doncaster mesmo depois de ameaçar e irritar mais de metade da cidade. De fato, o modo como ele dispensa Bullet assim que vê o homem tentar lhe seguir e servir como guarda-costas é singular entre os gângsters que ali moram.

É um homem crescido, afinal. Crescido o suficiente para apontar a arma por aí, logo homem crescido para andar sozinho, era o que seu avô costumava lhe dizer antes de lhe passar as honras como líder dos Peaky Blinders. Não era um cigano, não, bem como todo o lado materno de sua família. O caos era apenas paterno ao que parecia, afinal ouvia histórias de como sua mãe havia conhecido seu pai enquanto este lia a sorte de alguns desavisados.

Engraçado se pensar que uma Tomlinson realmente se envolveria com alguém como ele.

Muitos dizem que Louis não tem nada de seu pai em si, mas sua mãe sempre gostava de lhe dizer como seus olhos eram os mesmos, além do gosto por cavalos. Não foi à toa que os Peaky Blinders começaram a se envolver em corridas de cavalos, Louis procurava uma maneira de ficar mais próximo aos animais, mesmo que fosse manipulando resultados de corridas e através da contabilidade do que ganhara com as apostas.

Era exatamente nisso que pensava enquanto dirigia-se ao estábulo que guardava um dos cavalos que correria no fim de semana seguinte, seu nome havia sido recentemente trocado para Místico a pedido de Tommo para fazer correr a ideia de que tal tinha sido abençoado por uma cigana. Isso fora os boatos de que tal cigana era ligada por laços familiares ao Tomlinson mais novo.

Incrivelmente, Místico seria o animal ganhador da corrida graças a manipulação de seus associados envolvidos na preparação dessas corridas. Ele ganharia uma, duas ou até mesmos três vezes, ganharia o público, sempre dobrando e triplicando as apostas, até que perdesse de forma misteriosa, bem a tempo de Louis encher seu cofre com uma ótima quantidade de dinheiro.

Ao chegar no local, não precisou apresentar-se a ninguém; todos ali conheciam bem seus olhos sem vida e o corte de cabelo típico sempre escondido pela boina.

"Por aqui Tommo", Curly, um homem de meia idade lhe guiou brevemente até o cavalo preto. Ele tratava-se um homem pouco estudado, com algumas manias incomuns, mas que possuía grande carinho da parte de Louis. "Me desculpe senhor Tomlinson, me desculpe, me desculpe", repentinamente disparou em pedir antes mesmo que alcançassem a baía do animal.

Suas ações ganharam a atenção de Louis, estranhando o modo como ele soava verdadeiramente sentido por estar ao seu lado naquele momento. Mal consegue responder um tudo bem Curly, a frase morrendo em seus lábios enquanto olhava cada canto do estábulo. Algo estava errado, podia sentir em seu sangue e na adrenalina que comandou o movimento feito para sacar a arma de seu peitoral, erguendo-a na frente de si.

𝑨𝐏𝐎𝐒𝐓𝐀𝐒 𝐄 𝑪𝐈𝐆𝐀𝐑𝐑𝐎𝐒 ━━━ larry stylinson.حيث تعيش القصص. اكتشف الآن