08: Eu só quero que você saiba quem sou

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Oi gente!!! Como vocês estão? 

Finalmente trazendo aqui pra vocês. Tenho a sensação de que vocês vão querer me matar depois desse capítulo, mas ele responde muita coisa (mas também deixa muita coisa em aberto para ser respondido nos próximos capítulos).

Gatilhos gerais? O básico da fic toda: menção a vômito, pensamentos suicidas, menção a prostituição.

Eu gostei bastante de escrever escutando Last Famous Words e The Sharpest Lives de My Chemical Romance, então se vocês quiserem escutar, é uma boa ideia.

De qualquer forma,

Boa leitura!!!

Espero que esse capítulo agrade vocês.

🌑🌕

Harry acordou, eventualmente.

Ou melhor, abriu seus olhos e apreciou a amarga sensação da dor que lhe corria pelo corpo, se concentrando principalmente na parte superior: respirar era como o inferno na terra, cada movimentação, ainda que a mais sutil possível, ardia seus músculos e ganhava alguns resmungos. Se seu tempo em Londres fora feio, ele não fazia jus ao que sentia nesse momento, mesmo as lembranças de como viera a parar nesse estado estavam nubladas pela dor.

Mas ele se lembrava, vagamente.

Se fechasse os olhos novamente, conseguia sentir na própria pele o frio que o medo de estar sozinho junto daqueles brutamontes, Louis em lugar nenhum no bar. Ainda que o chamasse, ele não viria, um dos homens disse, e Harry sabia que ele estava certo, mas isso não o impediu de gritar por Louis, por socorro.

Também conseguia sentir a dor e depois de alguns dos chutes, dos impactos sofridos pelos tacos de metal que carregavam, a dor se tornou algo que o envolvia a ponto de retirá-lo da realidade: só lhe restava se agarrar a linha tênue entre a consciência e a inconsciência, esperando até que alguém lhe ajudasse, se é que alguém lhe ajudaria.

Ele não merecia, afinal. Pois ainda, como se não fosse o suficiente a surra, dias após noites como a que passara, com toques trocados escondidos das ruas e dos olhos da sociedade, com beijos molhados e estocadas profundas, traziam a Harry uma sensação de sujo... Ainda assim, ainda que não merecesse, ele não podia deixar de desejar pela chegada de Louis, pela salvação e foi assim que ele chegou.

Talvez algum anjo se tenha apiedado de suas preces ou de seu sofrimento.

Harry não viu o que aconteceu, mas escutou os tiros, os gritos, os socos e depois... Ele escutou o choro de Niall, escutou Louis extremamente nervoso com algo, sentiu os braços dele ao redor de si até o momento em que sentiu que estava seguro o suficiente para deixar a segurança da tentativa da consciência, mergulhando em seu sono profundo.

Há quanto tempo estava aqui?

Inspecionando com cuidado, por trás dos poucos hematomas que lhe alcançaram o rosto, foi capaz de perceber onde estava.

Em seu quarto, não no quarto de Louis, como pensava — ou delirava, ele não sabe bem. Sua cama nunca se sentiu tão dura contra suas costas e o peso da pouca iluminação lhe tomou novamente e ele resmungou mais algumas vezes quando tentou se erguer. Sua boca estava seca demais para o seu gosto, precisava de água.

"Não...", uma voz longe lhe impediu que continuasse sua inútil tentativa de se erguer. Harry tentou focar seus olhos na figura, só pode ver as sombras de olhos azuis. "Não, Harold, Harry... Fique deitado, apenas mais um pouco."

𝑨𝐏𝐎𝐒𝐓𝐀𝐒 𝐄 𝑪𝐈𝐆𝐀𝐑𝐑𝐎𝐒 ━━━ larry stylinson.Where stories live. Discover now