O Colecionador de Lírios

Prólogo

Em uma época não tão distante, o território da Coreia do Sul encontrava-se aos domínios dos Jeon, família real a qual estabelecia seu reinado passando-o de geração em geração ao longo de muitos anos. Quando um rei estava prestes a entregar sua coroa para um herdeiro, ocorria no país a tão esperada seleção. Meninas de todas as castas eram selecionadas para passarem um período indeterminado no castelo o qual serviria para que o príncipe escolhesse sua futura esposa e rainha.

Agora você deve estar se perguntando "o que diabos são castas?".

Toda a sociedade era controlada por um sistema arcaico e extremamente desigual, que recebeu o nome de castas, as quais compunham toda a organização social dos súditos até a mais alta nobreza, designando assim a função de cada um dentro de sua realidade imposta. As mesmas eram subdivididas do número 1, casta dos nobres e família real, até o número 8, onde as pessoas mais miseráveis encontravam-se.

Os cidadãos concordavam com a divisão por castas? A resposta é: depende. Em sua maioria, principalmente os mais afetados por esta organização (classes mais baixas) tendiam a serem extremamente contra tal realidade, mesmo que muitas vezes não vissem problemas com o absolutismo monárquico que as governavam. Porque apesar de tudo, a população gostava dos Jeon e acreditavam na bondade do coração da família real. Tinham esperanças de um futuro melhor, um líder que as levariam ao fim desse sofrimento.

Porém, havia outra parcela da sociedade que não romantizava o poder sucumbido pelos Jeon. Acreditavam que a mudança genuína só aconteceria se o fim da monarquia se tornasse uma realidade. Estes, designados rebeldes, eram vistos pelo rei como uma possível ameaça, mas para muitos pobres e miseráveis representavam um ato heróico.

Mas afinal de contas, quem são os heróis e vilões desta história?

Será que existem de fato heróis e vilões?