𝟎𝟎𝟔 ➭ 𝐃𝐄𝐍𝐕𝐄𝐑

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   Eu estava deitada em algo como uma maca, numa enfermaria. Tossia, como se houvesse água em meus pulmões. Um incômodo extremo.
    A porta da enfermaria se abriu rapidamente. Quatro silhuetas familiares entraram e correram até mim, um homem alto se encostou na porta, como se estivesse vigiando os quatro que acabaram de entrar.

— Bobbie!— a garota de cabelos pretos foi a primeira a correr até a beirada da maca.

Os quatro se abaixaram na altura da maca.

— Como foi seu teste?— perguntou Thomas, uma versão mais nova dele.

— Horrível.— respondi, respirando fundo.

— Pior que o da irmã do Newt? — questionou Minho, num tom humorístico.

Assenti, concordando com a cabeça.

— Eles me afogaram! Tudo o que fazem é induzir o medo.

— Vou matar a Doutora Paige.— murmurou o de olhos puxados, para si mesmo.

— Não fala assim! Ela faz isso pelo nosso bem. — a garota de cabelos escuros defendeu.

— Minho...— repreendeu Newt e se virou para mim.— Você está bem agora?

— Acho que sim.— passei minhas mãos pelo meu rosto.

    Eu não estava nada bem.

— Estou bem.— repeti.

— Estamos indo então, Randall que nos trouxe, veio resmungando ainda.— falou Thomas, olhando para o homem parado na porta.— Se nos pegarem fora da cama provavelmente nos darão testes em dobro, então melhor voltarmos. Caso precisar de algo, grite. Teresa pode voltar aqui depois.

— Posso trazer algo para você, se quiser. — a garota diz.

— Obrigada.— dei um sorriso fraco.— Não preciso de uma babá.

— Boa noite.— Thomas passou pela porta.

— Descanse viu, Bobbie. — Teresa se despediu.

— Boa noite, Ro.— Newt o seguiu.

— Boa noite, Bobs.— falou Minho antes de ir embora.

— Boa noite.

Acordei assustada.

"Mas o que diabos foi isso? Que porcaria de sonho foi esse? Uma lembrança?"

Essas perguntas martelavam em minha cabeça.

Estava deitada em um tipo de maca. Ao meu lado, havia outras iguais, vazias.

"Onde estou?"

    Me levantei.

    Meu corpo inteiro doía, principalmente o ponto em que fui atingida pela granada.

— Aw.— levei minha mão até minhas costas, tocando onde mais doía no momento.

Burrice eu sei.

— Melhor não levantar ainda.— recomendou Minho, entrando no compartimento.

"Droga. Tem como ficar mais estranho? Acabei de ter um sonho bizarro.— pensei".

Ignorei meus pensamentos e sentei-me novamente na maca.

— Dormiu por um pouco mais de dez horas. Como se sente?

— Como se um carro tivesse me atropelado. Isso dói mais do que parece.— cocei meus olhos e olhei ao redor.— Onde estamos?— perguntei.

𝗘𝗦𝗖𝗔𝗣𝗘 ;𝙢𝙖𝙯𝙚 𝙧𝙪𝙣𝙣𝙚𝙧Onde histórias criam vida. Descubra agora