𝟎𝟏𝟎 ➭ 𝐖𝐇𝐎'𝐒 𝐓𝐇𝐄𝐑𝐄!?

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Andávamos pela cidade sem rumo. E sabíamos que Thomas estava ferrado. Cogitamos em voltar para o hotel, mas não podíamos deixá-lo.
Também estava preocupada com Newt. Ele estava sozinho naquele Berg havia dias! Quem sabe o que poderia acontecer. E eu ainda tinha de entregar o chaveiro.

    Vagamos por quase duas horas. Atentos a qualquer sinal de Thomas.

"Onde esse varão se meteu? Não é possível que tenha desaparecido".

Naquele momento, vimos um planador partindo. Logo abaixo, havia Thomas e um homem no chão, morto.

— Ali está ele!— apontou Minho, e correu em direção ao outro.

Ele parou de modo brusco ao ver o Camisa Vermelha jogado no chão.

— Santo... O que aconteceu por aqui?— voltou-se para Thomas:— E quanto a você? Tudo bem? Foi você quem o matou?

— Sim, saquei minha metralhadora e o reduzi a um monte de minúsculos pedaços de carne.

    O semblante de Minho deixou evidente que não havia apreciado o sarcasmo, mas Brenda se manifestou antes que ouvisse o revide:

— Quem o matou?

Thomas apontou para o céu.

— Um daqueles planadores de patrulha. Voou até aqui e atirou nele até matá-lo, e a próxima coisa que sei é que o Homem-Rato apareceu em uma tela, tentando me convencer de que preciso voltar ao CRUEL.

— Cara,— disse Minho.— você não pode nem...

— Dá um tempo!— Thomas o cortou.— É claro que não há como voltar para lá, mas talvez precisem tanto de mim que aceitem negociar e nos ajudar de algum modo. Nossa prioridade agora deve ser Newt. Janson acha que ele está sucumbindo ao Fulgor bem mais rápido que a média das pessoas. Temos que dar uma olhada nele.

— Ele disse isso mesmo?— questionei.

— Disse. Acredito nele. Vocês viram como ele vem agindo.

   Minho endereçou a Thomas um olhar cheio de dor.
   Era evidente que Minho e Newt se conheciam há muito tempo, melhores amigos, diria. As brigas entre os dois eram causadas pela personalidade afrontosa de Minho, juntamente à agressividade do Fulgor se manifestando em Newt. Talvez também sentissem a sensação de dejavu e confiança inexplicável, como se tivessem sido melhores amigos na vida anterior. Sei bem como é o sentimento. Eles tem muita sorte de terem um ao outro.

— É melhor darmos um jeito de ver como ele está.— repetiu Thomas.

Minho concordou com a cabeça e desviou o olhar.

— Está ficando tarde.— Brenda falou.— Eles não deixam pessoas entrar e sair da cidade a noite. Já é difícil demais manter as coisas sob controle durante o dia.

Jorge que estivera calado até então, comentou:

— Esse é um dos menores problemas. Algo estranho está acontecendo neste lugar, muchachos.— fez uma pausa.— Todos parecem ter desaparecido na última meia hora, e as poucas pessoas que vi, eram bem esquisitas.

— Aquela cena na cafeteria realmente fez todo mundo dispersar.— comentei.

— Não sei não... Esta cidade está me provocando uma sensação horrível, hermana. É como se tivesse ganhado vida própria e só aguardasse para desencadear algo terrível e detestável.

— Se nos apressarmos conseguimos conseguimos chegar até lá, não? Tem como escapar da vigilância?— questionei.

— Podemos tentar.— respondeu Brenda.— E torcer para achar um táxi.

𝗘𝗦𝗖𝗔𝗣𝗘 ;𝙢𝙖𝙯𝙚 𝙧𝙪𝙣𝙣𝙚𝙧Onde histórias criam vida. Descubra agora