38 |🐍| Peace

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Maratona 1/3

L I L I T H 💜

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L I L I T H 💜

Primavera. Quanto eu amava o início da primavera. A neve já estava derretendo por completo, dando espaço para a temperatura um pouco mais quente e mais receptiva. Nesta época do ano, quando eu ainda morava na mansão LeBlanc, costumava passar horas e horas sentada no jardim, apreciando a minha estação favorita.

E agora, em Hogwarts, estou tentando fazer a mesma coisa. O ambiente está sombrio e silencioso, todos ainda sofrem pela recente morte de Dumbledore e ao mesmo tempo, criam teorias sobre quem havia realizado tamanha crueldade. Sabiam e tinham certeza que havia sido um comensal, só não sabiam quem havia sido e como havia ultrapassado as barreiras mágicas.

Potter era o único que sabia a verdade e até agora, não havia contado nada, o que me deixava mais aliviada. Parece que finalmente o maldito bastardo entendeu que não pode/deve brincar com pessoas maiores que ele.

Já haviam se passado um mês desde a morte de Alvo e eu já havia aceitado um pouco mais, a minha culpa. É como minha avó sempre dizia: Mate ou morra!E há situações, que você necessita fazer o que é melhor para você, o que lhe manterá viva.

Despertei de meus pensamentos, ao receber beijos por meu colo desnudo e o vale entre meus seios. Draco Malfoy estava em cima de mim – enquanto aproveitávamos a tarde, deitados na grama do jardim de Hogwarts –, distribuindo beijos e leves carícias por meu corpo.

— Snape é o novo diretor e se ele ver algo assim, teremos que ficar na detenção. – o afastei levemente, rindo

— Eu não me importo de passar uma tarde na detenção, por desfrutar de minha companheira. – o loiro sorriu ladino, malicioso

— Mas, eu me importo!Não se preocupe, pois mais tarde eu posso passar em seu quarto. – ri, piscando para ele

— Ficarei esperando então. – Draco saiu de cima de mim e de relance, pude ver sua marca negra, antes que ele ajeitasse a manga se sua camisa de botões

Por um breve momento, pensei em qual seria a próxima missão que Voldemort nos daria. Qual seria a loucura da vez?Qual seria a missão suicida da vez?

— O que será que Voldemort nos designará agora? – perguntei, inquieta e Draco suspirou, me encarando por alguns minutos, até parecer obter uma boa resposta

— Eu não sei. Não há como sabermos, mas há como não nos preocuparmos. Estamos juntos, não estamos!?Então, com o que devemos nos preocupar? – o Malfoy deu de ombros

— Odeio estar o servindo. Odeio ter que seguir as regras de outra pessoa!Eu sempre segui o meu lado e as minhas regras, então sinto tanta raiva por ter que obedecer Voldemort, que meu sangue ferve como nunca. – falei entre dentes, fechando os olhos para conter o forte brilho esverdeado que emanava dos mesmos

A regra dos 90%, também vale para Voldemort. Estou ao seu lado, enquanto me é útil, enquanto me beneficia, mas no momento em que eu precisar me salvar ou pensar no meu bem estar, eu não irei pensar duas vezes.

— Voldemort é o seu pai. Não acho que esteja o seguindo e sim estando no mesmo nível de comando que ele. – Draco expos sua opinião e eu gargalhei

— O meu adorável papai, jamais me deixaria governar ao seu lado ou sequer estar no mesmo nível que ele. Voldemort é egoísta, egocêntrico e odeia dividir poder!Acha mesmo que estamos no mesmo nível? – perguntei, com acidez

Draco ficou em silêncio, provavelmente tentando formular uma boa resposta, mas quando não conseguiu, se calou e entrelaçou nossas mãos, dizendo silenciosamente que estávamos no mesmo barco e que daríamos um jeito de resolver aquilo.

— LILITH!

Desviei minha atenção de Draco, para o moreno de olhos azuis, que me chamava, do outro lado do jardim. Thomas havia ingressado em Hogwarts, há pouco tempo e nem preciso dizer que está tudo sendo péssimo com sua presença. Péssimo quando se envolve a minha relação com Draco.

No geral, ele é uma boa pessoa, que me faz rir e rende boas conversas, mas quando se trata de meu relacionamento, as coisas mudam de figura. Não esqueci as palavras de Voldemort, sei o que ele deseja em relação à Thomas e eu. Draco também sabe, mas parece que ainda não entendeu que eu não quero outra pessoa ao meu lado, que eu não obedeço e muito menos atinjo as expectativas dos outros.

Thomas acenou para mim e em seguida, deu uma piscadela. Draco apertou minha mão mais firmemente e eu suspirei, erguendo a mão livre para acenar para Hook. Antes que Thomas, o nato sonserino, fosse puxado por Zabini e Carlos, para longe, pude ver seus lábios se movendo em forma de bico, me enviando beijos.

Ok!Ele chegava à ser engraçado.

— Como Hogwarts é capaz de aceitar um aluno de tão baixa categoria? – Draco destilou seu veneno, mordido de ciúmes

— Como você é capaz de ver ameaça onde não tem? – ri, o puxando para um selinho

— Thomas é uma ameaça e prevejo que não haverão coisas boas vindas dele, para o nosso relacionamento...

O sonserino deixou a frase no ar e eu fiquei estranhamente tensa com suas palavras, mas antes que pudesse o responder, fomos interrompidos por Jay e Pansy, que se sentaram juntos a nós.

— Olá, casal! – Pansy falou em seu humor habitual. Entediada e séria.

— Que bicho a mordeu, Parkinson? – Draco a provocou, divertido

— Foi mesmo que mordeu o seu...

— Opa!Vamos com calma, pessoal! – Jay interviu, gargalhando e eu o acompanhei

Pansy deu um tapa no braço de Jay, tentando o fazer parar de rir, mas recebeu um abraço pela cintura, antes de meu amigo enfiar o rosto na curvatura de seu pescoço, tentando parar de rir.

Durante o tempo que Draco e eu passamos na mansão dele, não foi somente a direção do colégio que mudou. Jay e Pansy descobriram serem companheiros e eu confesso que estou feliz por eles.

São tão divergentes, mas tão bons um para o outro. É nítido que Pansy é a parte estourada do relacionamento e Jay é a mais relaxada, mais larga e cômica. Ambos se completam e estão feliz, então já basta para que eu os apoie.

— Jay, se você não parar de rir, eu vou fazer uma greve não muito legal para você. – a Parkinson ameaçou, tentando o fazer parar de rir da mesma.

— Eu acho que ele está tendo uma crise de risos natural e não rindo de você. – argumentei, dando de ombros. Era a cara de Jay, ter crises de riso em horários inapropriados

Começamos a conversar sobre a escola e sobre assuntos leves, que nos arrancavam gargalhadas. Estávamos felizes, aproveitando a nossa calmaria e todos pareciam bem consigo mesmos.

Estávamos em paz, mas eu não saberia dizer por quanto tempo!

𝙎𝙘𝙖𝙧𝙨 | 🐍 | 𝙳𝚛𝚊𝚌𝚘 𝙼𝚊𝚕𝚏𝚘𝚢Onde as histórias ganham vida. Descobre agora