Os Herdeiros dos Marotos e o Enigma do Príncipe.

Clube Slug.

De volta ao Largo, Teddy resolve investigar os seus pais. Ele achava muito estranho como eles estavam se comportando um com outro. No ano passado, eles haviam retomado seu namoro e sempre estiveram agindo de forma carinhosa um com outro.

Ninfadora e Remus haviam começado a namorar, efetivamente, mais ou menos no sexto ano até o ano que os Potters morreram, 1981. No entanto, nunca terminaram. Remus havia se isolando após a morte e prisão de seus amigos e acabou abandonando o relacionamento que ele tinha com Dora, sem saber que ela estava grávida. E, atualmente, retomaram a ficar juntos no ano passado e agora, estavam nesse momento estranho. Teddy não percebeu quando começou, mas havia sido de repente. Os dois não ficavam no mesmo local que o outro estava, não se falavam e Dora parecia não querer mais usar de sua habilidade metamorfa. Isso, para na visão de um filho, é cansativo e chato. Ele sabe que os dois se amam, então, o que estava acontecendo afinal?

-Mãe? -Teddy bateu na porta.
-Pode entrar, querido. -Ouviu ela responder, então ele abriu. -Aconteceu alguma coisa, meu amor? Vocês estavam estranhos lá na loja.
-Não tem a ver com isso, eu te falo outro dia sobre isso. -Teddy se sentou ao lado da mãe, na cama. -Mãe, o que está acontecendo entre você e o papai?
-Oh, Teddy...Eu não queria que isso te afetasse. -Diz Dora.
-Desiste disso. Sinceramente, vocês sempre vão me afetar, não importa muito o que você faça para afastar os problemas. -Teddy dá de ombros. -Aprenda com o ano passado, sempre o melhor é falar comigo.
-Você tem uns surtos de maturidade que são engraçados. -Dora sorriu fraco.
-É...Por causa da guerra. -Teddy brincou, fazendo sua mãe rir fraco. -Vai, o que foi?
-Eu pedi seu pai em casamento. -Dora suspirou e Teddy arregalou os olhos. -É...E ele disse não.
-Por quê? -Perguntou Teddy confuso.
-Adivinha. -Dora disse.
-Eu sou um lobisomem e sou perigoso? -Teddy imitou a voz de seu pai, seus cabelos viram caramelo. Dora sorriu.
-Bingo! -Dora revirou os olhos e Teddy se jogou para trás na cama.
-Eu entendo...Mas que preguiça! -Teddy disse e os cabelos de Dora ficaram rosa, ela rindo. -Mãe, isso nem faz sentido. Quando que ele machucou alguém? Meu pai dá chocolate para as pessoas e até hoje vai me dar boa noite. Realmente? Ele ainda não percebeu que o probleminha peludo dele não faz diferença?
-Ainda não. Ele tem medo que isso me afete de alguma forma. Que afete meu trabalho, que te afete. -Dora se joga na cama e os dois ficam se olhando. Os cabelos de Teddy ficam rosa, fazendo sua mãe sorrir.
-Posso falar com ele? -Pediu Teddy.
-Seja legal. Ele lida com isso a vida toda. -Dora só diz isso.

XxX

-Todos já terminaram de arrumar suas malas? -Molly passava pelos quartos.
-Sim! -As crianças disseram, tendo algumas delas já empurrando seus malões para fora.

-Uma mãozinha? -Perguntou Remus para Teddy. O garoto assentiu e Remus pegou o malão. E eles desceram.
-Pai, posso falar com você? -Teddy pediu quando eles terminaram de descer.
-Claro, filhote. -Remus aponta pro sofá e eles se sentam. Teddy cruza os braços. -Não gosto dessa cara. É a mesma cara que faço quando do bronca pro Sirius.
-Talvez porque você mereça bronca, Moony. - Teddy cruzou as pernas. -Sério? Não?
-Teddy...- Remus começa.
-Espera, eu posso responder. -Teddy arranha a garganta. -Eu sou um monstro. Eu vou fazer mal para sua mãe. Vou transformar ela em uma pária. Não é seguro. -Teddy levantou uma sobrancelha.
-Você não entende. -Remus abaixa a cabeça.
-Claro que eu entendo. -Teddy sorriu fraco e pegou a mão de seu pai. -Eu sei que os olhares doem. Eu sei que não foi nada fácil crescer. Eu sei que até hoje não é fácil e que pra você é muito difícil até olhar pro espelho. Mas pai...Você merece ser feliz. Não deixe o que os outros acham que você é, te definir. Não é isso que vocês me disseram?
-Ela pode se arrepender, Teddy... -Remus diz.
-Ela não se arrependeu até agora. Ela te esperou por doze anos, pai. Mamãe não se importa pra nada disso, pai. Ela te ama, eu te amo...- Teddy diz e Remus levanta o rosto. -Você quer casar com ela?
-Mais do que tudo. -Remus diz e Teddy sorri.
-Então? O que está esperando? Ela já fez o pedido. Não deixe a sua felicidade escapar. -Teddy diz.
-Mas Teddy...E se isso a fizer mal? Você sabe o que as pessoas falam. -Remus diz.
-Aí vocês vão lidar com isso juntos. -Teddy apertou a mão do pai.
-Você realmente tem quinze anos? -Perguntou Remus, sorrindo.
-Tenho! -Teddy ri. -Pai...Posso te pedir um negócio?