Os Herdeiros dos Marotos e o Enigma do Príncipe.

O Túmulo Branco.

Muitos alunos deixaram Hogwarts nos dias seguintes ao ataque, já outros como Simas e Dean, decidiram ficar para prestarem suas últimas homenagens ao falecido diretor.
Enquanto milhares de bruxos aparatavam em Hogsmeade para o funeral, Harry, Aurora, Ron, Mione, Neville, Teddy, Ginny e Luna estavam na enfermaria conversando com William Weasley.

-Tirando as cicatrizes, não parece que eu recebi qualquer coisa da licantropia. -Disse o ruivo mais velho.
Fleur negou com a cabeça.
-Ele tem preferido carnes vermelhas e mau passadas, antes ele preferia peixe. -A loira cochichou com um sorriso para os mais novos.

Fleur não deixou a enfermaria a não ser para para trocar de roupa e buscar comida para seu noivo. Molly e Gina agora viam o amor e dedicação que a francesa tinha para com Bill. O primogênito dos Weasleys parecia satisfeito com isso:
-Acho que se isso fez a minha mãe perceber que nos amamos, valeu a pena ter algumas cicatrizes no rosto. -Disse ele.
-Eu preferiria que você não se machucasse, eu aguentaria tranquilamente sua mãe implicando comigo. -Fleur disse.

Pomfrey ajudou Bill a se levantar, todos estavam indo pro funeral e ele não iria perder.
Ao chegar nos jardins, Harry observou o lustroso túmulo branco com vista para o lago. Muitos alunos, funcionários e até mesmo centauros e sereianos vieram se despedir do diretor. Firenze fez um comando para o seu antigo bando, assim, todos os centauros mandaram flechas para o ar.
Muitos choravam, inconsoláveis, o que viria depois disso, sem o diretor para defende-los? Sem aquele que lutou tantas vezes contra as trevas, será que a luz realmente triunfaria?

Harry pensava em muitas coisas enquanto duras e grossas lágrimas cortavam o seu rosto. Sirius estava a sua direita e o puxou para um abraço em algum momento, ele não realmente sabia quando, pois se agarrara no padrinho em busca de alguma segurança, mas não havia. Era guerra, uma sangrenta e odiosa guerra estava os alcançando e Harry não fazia ideia do que fazer.
Ele deveria se afastar? De Sirius? De seus amigos e namorada? Voldemort já matara três daqueles que ele amava, primeiro seus pais e agora, o diretor.

Quando todos se afastaram do túmulo para vagarem pelo castelo, Harry saiu. Sua cabeça estava em outro lugar e seus pés estavam o levando pelos corredores sem destino algum. Ele não percebeu que estava sendo seguido por seus amigos, até que Aurora correu até ele para alcança-lo e o abraçou por trás.

-Amor...-Ela o chamou. -Vai ficar tudo bem. Você não está sozinho.
-Ele vai mata-los, luz. Vai matar a todos...-Harry disse desabando.
-Não, ele não vai. -Ela o soltou e foi para sua frente.
-Deveríamos terminar...Assim, ele não a perseguirá. Eu não posso te perder, Aurora. -Harry disse.
-Claro. -Aurora revirou os olhos. -Harry, estamos juntos desde do quarto ano praticamente, ele sabe quem eu sou e quem amo. Não faz diferença. Ele vai nos caçar não importa o que. -Aurora colocou a mão no rosto dele. -Você me ama, Harry Potter?
-Eu te amo. -Disse Harry.
-Então, não há nada mais para ser feito. Estaremos juntos. -Aurora o beijou.-Eu também te amo.
E Harry deu seu primeiro sorriso em dias e respirou fundo, concordando.

XxX

Eles se reuniram na Sala Precisa, na velha sala de encontro da Armada. Hermione estava de mãos dadas a Fred, os gêmeos estavam na escola para dar apoio ao irmão e amigos diante o momento difícil em que se encontravam. Em uma poltrona, estavam Pansy e Ron, enquanto outros membros da Armada estavam espalhados pela sala.

-Sinto muito, Harry...Eu deveria ter avisado. -Pansy disse.
-Nós já sabíamos, Pan. Não se preocupe, sabíamos que você não poderia trair o Draco. -Harry disse e a de cabelos channel sorriu aliviada abraçando Ron.
-O que vai fazer, Harry?-Neville questionou.

Teddy e Rolf estavam no tapete da sala, de mãos dadas. Enquanto ele mesmo e Aurora estavam sentado em um pequeno sofá.
-Ano que não voltarei para Hogwarts, mesmo que ela continue aberta. Neville, você comandou junto ao Ron, a Armada enquanto eu estive fora. Deixarei o comando com você, Gina e Luna, se vocês se mantiverem vindo para a escola. -Harry disse.
-Pode contar comigo, Harry. -Neville disse.

XxX

Mais tarde, com somente os cinco ali, Harry se pronunciou sobre a missão:
-Eu terei que voltar para Rua Alfeneiros, preciso pedir proteção para os Dursleys. Eles podem ser idiotas, mas são a minha família e eles vão tentar usar isso contra mim. -Harry disse e todos concordaram. -Todos vocês irão comigo para a caça às horcruxes?
-Não tenha dúvida disso. -Teddy disse.
-Teddy...Você não pode ir conosco. O rastreador...-Hermione disse.
O garoto de cabelos azuis sorriu.
-Ai que você se engana, querida Granger. -Teddy disse cruzando as pernas.
-O que você está escondendo, Lupin?-Aurora cruzou os braços.
-Se lembram que eu fiz a prova para pular um ano nos meus estudos? Bem, eu não poderia me formar se ainda possuísse o rastreador com dezesseis anos. Por isso, Dumbledore solicitou ao Ministério, mostrando meus boletins e a prova de avanço, para assim, retirar o meu rastreador no meu aniversário, que foi em Abril. -Disse Teddy.
-Achei que fosse o Ministério que colocasse o feitiço. -Disse Ron.
-Não! -Hermione sorriu. -É a escola, provavelmente eles organizam para que o Ministério tenha essa informação, mas somente na escola o bruxo recebe o feitiço de rastreamento. Antes de vir para a escola, eu fiquei treinando os feitiços do primeiro ano, lembram? O Ministério deveria ter ido ver assim que eu tivesse feito o primeiro, mas nunca aconteceu.
-Então, parece que não teremos muitos problemas até os nossos aniversários. Quando você completar dezessete, Harry, iremos?-Perguntou Aurora.
-Sim, tanto o feitiço da minha mãe quanto o rastreador terão saído. Então, poderemos ir. -Harry pegou a mão dela.
-Estaremos prontos. -Ron diz.

E eles saem da Sala Precisa, indo observar pela última vez o pôr do sol em Hogwarts.