Depois do Enterro.

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Aurora, Hermione e Ron estudavam para o teste de aparatação, e por Harry e Teddy serem mais novos, fariam somente mais tarde, somente estando ali para fazer companhia pros amigos.

-Ei pessoal. -Rolf se sentou ao lado de Teddy, pegando a mão dele e dando um beijinho. -Hagrid me pediu pra entregar essa mensagem. Ele estava chorando.
Harry pegou a carta e abriu.
-Oh não...Ararog morreu. -Harry diz em um tom triste. -Ele nos chamou pro enterro.

Hermione e Ron se entreolham.
-Acho melhor não irmos, Haz. Temos que estudar pros testes e eu realmente não quero ficar de detenção. -Hermione diz.
-Eu irei tentar visitar o Hagrid outro dia. -Disse Ron.
Aurora suspira e assente.
-E você precisa conseguir as memórias de Slughorn ainda. -Ela diz.
-Acho que eles tem razão, Haz. Sabemos que Hagrid precisa de nós nesse momento, mas estamos de mãos atadas. -Teddy concorda com eles.

-Por que você não aproveita a prova de aparatação de hoje, Harry? Muitos alunos estarão fora das aulas normais e aula de poções estará vazia. -Rolf sugere.
-Boa, amor. -Teddy sorri pro lufano mais velho. 
Os outros assentem.
-Você pode usar a poção Felix Felicis. -Ron diz.
-Não sei, eu estava guardando para um momento importante. -Harry diz.
-É importante. Dumbledore disse que realmente precisamos dela, então...-Aurora dá de ombros.

XxX

Apenas três pessoas estavam na aula de poções naquele dia, Harry, Ernie e Draco. 
-Bom, acho que hoje não iremos aproveitar muito a aula. Então, façam o que preferirem. -Slughorn diz sorridente de sua mesa.

Harry olha para Draco, que estava quieto e de cabeça abaixada. Seu corpo estava mais magro e sua pele estava com um pálido doentio. O que quer que seja que Draco esteja fazendo na Sala precisa, não parecia estar funcionando.

Graças aos ensinamentos do príncipe e de Slughorn, Harry realmente se sentia mais confiante com poções e até conseguiu fazer um Elixir de Euforia de cabeça. Os ingredientes e modo de preparo faziam bem mais sentido do que antes, parecia tão simples quanto cozinhar.

-Muito bem, Harry. Está perfeito! -O professor disse mexendo no caldeirão. -Cinquenta pontos, estou impressionado com o seu desempenho. Sabia que Snape estava sendo exagerado ao dizer que você era um inútil em poções. Ele sempre teve implicância com os Potters. -Slughorn mexeu a cabeça e sorriu fraco. -Seu avô, Harry, Fleamont Potter era um excelente mestre de poções e criou diversas poções capilares. Era um bom homem e conseguiu enriquecer sem a ajuda de aparatos políticos ou ameaças. E... Era um bom amigo. Nunca ligou para o fato de que eu era um sonserino e ele um grifinório, conversamos por horas sobre o Ministério e o preparo de poções. Fiquei muito triste quando soube que ele morreu...Varíola de dragão...Doença terrível. O pobre do seu pai, James, tinha só dezoito anos quando ficou só...Bom, não totalmente só.
-Minha mãe? -Perguntou Harry.
-Sim, mas não só ela. Os amigos dele, Sirius e Remus eram como irmãos. Eu nunca os vi sozinhos. Eu e Minerva brincávamos que era difícil lembrar que Sirius não era um Potter. -Disse Horace.
Harry não pode segurar o sorriso.
-Obrigado, professor. Ninguém nunca me falou muito sobre meus avós. -Disse Harry, de forma sincera.
Horace sorriu e tocou no ombro de Harry.
-Adoraria conversar mais com você, Harry. Bom, você está liberado. -Disse o professor.

Harry quis se bater, havia esquecido de falar sobre a memória. Agora, era tarde, o professor entrou em seu escritório e ele teve que sair das masmorras.

XxX

Ao voltar para o salão comunal, ele encontrou as duas amigas extremamente felizes, ambas haviam passado no teste de aparatação. Já Ron, havia falhado por estrunchar meia sobrancelha.

Aurora veio correndo até ele pra mostra o documento dourado, assinado por Minerva McGonagall, que dizia que ela estava autorizada e aprovada.

Harry sorriu e a ergueu, a beijando.
-Parabéns, luz. -Ele disse sorrindo e logo, se abraçaram. 
-Logo logo estaremos viajando, Haz! -Ela disse retribuindo.

Então, todos seguiram pro dormitório. Teddy estava na cama de Harry lendo alguns livros de política, os objetivos do Lupin era muito grandes e ele precisava entender de muita coisa sobre o Ministério, as famílias bruxas, suas tradições e leis para conseguir.

-Eu vou ter que fazer. -Harry abriu seu baú.
-Vai usar a Felix? -Perguntou Ron.
-É o jeito! - Harry bufa e pega a poção.

Teddy se senta na cama e todos observam Harry beber a poção, em expectativa. Então, assim que ele abre os olhos, ele sorri e diz:
-Preciso ir no funeral do Ararog. -Diz  Harry.
-Agora? -Aurora perguntou. -Não deveria ir falar com o Slughorn?
-Não, eu preciso ir a cabana de Hagrid...Eu sinto que é lugar que preciso estar. -Harry diz pegado sua capa de invisibilidade no baú. -Entendem o que digo?
-Não. -Hermione e Ron respondem.
-Bom, eu sei o que estou fazendo...Ou Felix sabe! -Harry continuava sorrindo e vestiu a sua capa.
 

Todos se levantam da cama, se entreolhando nervosamente. Aurora sorria:
-Eu adoro magia! - Eles começam a seguir os passos de Harry.

-Pra onde estão indo? -Perguntou Neville no salão comunal.
-Cozinha! -Teddy diz e abrem o quadro, deixando Harry passar.

Assim, Harry segue sozinho para o atalho que os instintos da poção lhe dizia para seguir. Ele acaba encontrando Slughorn no caminho. O professor estava pegando, escondido, plantas das estufas da senhora Sprout. O garoto tirou a capa e tocou no ombro do professor.
-Olá, senhor. -Disse o aluno.
-Harry! Merlin...- O professor havia levado um susto. -O que faz aqui? Já não é a hora de ir pro seu dormitório? -Perguntou o professor.
-Bem, sim. Seria. Mas estou indo pro funeral do bichinho do Hagrid, Ararog. É uma grande a Acromântula. -Diz Harry e ele vê os olhos do professor brilharem. -Se bem me recordo das suas olhas, o veneno dessa criatura é muito valioso, então, vim convidá-lo. Talvez consiga convencer Hagrid a te dar um pouco para suas poções?
-Seria ótimo. Obrigado, Harry.  Irei me arrumar e pegar algo para dar ao Rúbeo. -Disse Slughorn.
Harry se vira para ir embora.
-Harry?! -Slughorn o chama.
-Senhor?! -Harry o imita e Slughorn sorri.
-Nada. Pode ir, te encontro lá. -O professor disse.

XxX

Já na cabana de Hagrid, Harry acudia o pobre meio-gigante que chorava em seu lenço cor de rosa. Não demorou muito para o professor de poções aparecer trazendo garrafas de bebida e vestido com belas vestes de enterro.

Durante a cerimônia, Harry usou de seu charme, da sorte da Felix e da bebida, para embebedar os dois professores, um para que parasse de chorar e o outro para que finalmente lhe dê-se suas memórias.

-Ararog era meu melhor amigo! -Disse Hagrid bebendo.
-Um ótimo amigo... -Disse Horace.
-Acromântulas são muito discriminadas. Sim, elas são. As pessoas só vem as pernas, o corpo enorme e o pelo...-Hagrid diz.
-Não esqueça de mencionar presas. -Harry faz barulhos com a boca e imita as presas da aranha.

Os dois professores o olham e riem.
-Você é engraçado, Harry. -Horace diz rindo.
Hagrid enche mais o copo deles.

Eles continuam bebendo.

- Professor, se lembra que você se ofereceu para conversar sobre a minha família? -Perguntou Harry.
-Claro, claro. -Horace diz.
-Então, o senhor deve saber como meus pais morreram, certo? -Harry pergunta e Horace assente. -Meu pai enfrentou Voldemort sozinho, sem varinha, tentando dar tempo para mamãe correr...Ela implorou, sabe? Mas você sabe como ele é, Voldemort. Não importou quantas vezes ela implorou pela minha vida, acabou sendo em vão.

Slughorn começa a chorar.
-Pobre Lily... -Ele disse baixo, seus ombros caídos.
-Professor...Eu preciso da sua memória. Eu, o filho da sua querida aluna, Lilian Evans. Sem ela, a minha missão não irá ser completada e a morte dela pode ter sido em vão. O senhor entende? -Harry diz, chegando mais perto com a sua cadeira.

Slughorn o olha nos olhos.
-Você é o escolhido... -Diz Horace pegando sua varinha, meio tonto. -Por Lily. -E ele tirou a própria memória e colocou em um frasco. Entregando, finalmente, para Harry.
-Obrigado, senhor. -Harry sorri colocando o frasco no bolso.

O professor não escutou ele agradecendo, pois já havia encostado no banco e adormecido sentado.

Harry comemora sozinho, observando os dois professores adormecidos.

Os Herdeiros dos Marotos e o Enigma do Príncipe.Where stories live. Discover now