capítulo um: olhos que carregam o diabo

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''Você tem o diabo em seus olhos
Você chegou e me pegou de surpresa
Fale o que você quiser, eu não vou voltar
Se você quer pegar a estrada, então vamos lá
Apenas vamos embora, ver o mundo e o mostrar pros outros
O que realmente significa viver uma vida de ouro.''
DEVIL EYES - HIPPIE SABOTAGE

''DEVIL EYES - HIPPIE SABOTAGE

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Eu não sou bom com datas

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Eu não sou bom com datas.

Na verdade, sou a porra de um filho da mãe esquecido para um caralho.

Por mais que eu faça uma força extracorpórea para lembrar a data do aniversário dos meus melhores amigos, sempre acabo esquecendo. Todos eles sabem disso, já estão completamente acostumados de eu simplesmente não falar um parabéns se quer no dia deles. Como se já não bastasse isso, quase sempre me perco em que dia do mês nós estamos, o que acaba resultando no esquecimento do dia dos pagamentos das contas de casa ou algo parecido com essas merdas. É estúpido, eu sei.

É completamente ferrado.

Mas o quão ferrado eu estou agora se disser que lembro perfeitamente da data que os meus lábios tomaram os dela pela primeira vez? O quão ferrado eu estou agora se disser que lembro perfeitamente que no dia 19 de setembro de 1993 a minha boca alcançou o céu ao se chocar com o vermelho vibrante adornando os lábios voluptuosos dela?

Céus, faz mais de um ano! Eu, com toda certeza do mundo, deveria ter esquecido.

Mas a verdade é que não aconteceu. Eu lembro da data e de todas as pequenas coisas que compuseram aquela noite. Aquela maldita festa.

Ela estava completamente deslumbrante em um vestido justo e vermelho que, diga-se de passagem, sempre fora a sua marca registrada. O vermelho combina mais com ela do que qualquer outra cor, talvez por ser um tom quente, que ressalta a cor dos seus olhos castanhos e ferinos, visivelmente parecidos com o de um gato. Ou talvez por contrastar fodidamente bem com a cor de fogo dos seus fios, transformando-a numa linda obra de arte que traz associações com emoções intensas e provocativas. Seu sorriso também estava tão radiante quanto, mas desapareceu feito fumaça assim que a alcancei no lado de fora da festa, em um jardim bem cuidado e repleto de flores. Nossos olhares faiscaram naquele momento, e se eu fizer um pequeno esforço, posso sentir agora mesmo a forma como meu corpo reagiu ao ser contemplado pelo seu olhar que, de fato, é matador.

A verdade é que Pasha Stratford por completo é matadora.

Ela não brinca em serviço. Seu nariz é empinado e arrebitado, sua postura é impecável e seus passos são confiantes e certeiros. Ela tem ciência do poder que exala e do modo como todos param para orbitar ao seu redor, como se ela fosse o próprio sol andando em terras estadunidenses. E eu sempre soube disso, eu sempre soube do poder magnético da ruiva. Sempre soube que mexer com ela seria perigoso, afinal, quem brinca com fogo um dia se queima. Mas, apesar disso, quis ver as chamas bruxuleantes de perto. Naquela noite de setembro eu quis descobrir com os meus próprios olhos o que aconteceria quando o fogo se juntasse à gasolina num embate épico.

E óbvio que o resultado foi um incêndio generalizado.

Pasha e eu brigamos, assim como todas às vezes em que nos encontramos. Diferente de todas as outras, essa ela estava furiosa mesmo, completamente furiosa. Seu rosto fervia em raiva e sua boca não parava de jorrar coisas absurdas sobre mim. Em uma atitude impensada e desesperada da minha parte, já que eu estava de saco cheio de ouvi-la gritar, colidi minha boca na sua, pronto para fazê-la se calar. No começo, deu certo, afinal, Pasha ficara de forma estática e sem esboçar reação alguma, e quando eu pensei que fosse se separar ou dar um tapa no meu rosto, a única reação que recebi por parte dela foi os lábios cheios se entreabrindo para dar passagem a minha língua desesperada e completamente faminta.

- Perdeu a porra da noção? - esbravejou, assim que nos separamos para recuperarmos o fôlego. - O que te levou a pensar que pode fazer isso? O que te levou a pensar que pode simplesmente me beijar?

Lembro que abri a boca para retrucar, mesmo que não soubesse muito bem o que iria ou deveria sair dela. Lembro que recuei um passo para trás ao me perguntar que merda tinha feito ao beijar a garota que me desprezava mais que tudo aos pisar os pés em Hellaware. E, definitivamente, lembro muito bem que no segundo após a sua frase, apertou o passo para ficar novamente em minha frente e entrelaçou seus pulsos finos em meu pescoço, beijando-me como se sua vida dependesse daquele momento para prosseguir.

Naquela noite, Pasha Stratford, que veio diretamente do Alasca só para bagunçar a minha vida, derrubou os muros erguidos ao seu redor e me deixou finalmente alcançá-la. Me deixou finalmente degustar do que é alcançar o céu.

E isso é tão irônico de se dizer.

Pois ao mesmo tempo que ela me fez estar lá em cima, desfrutando da sensação libertadora junto a ela, também me fez decair diretamente no inferno.

E isso só por nunca mais, a partir daquela noite, conseguir encontrar outros olhos que carreguem o diabo dentro deles como os dela.

MEU DEUS EU NÃO ME AGUENTEI DE ANSIEDADE E QUIS POSTAR O CAPÍTULO

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MEU DEUS EU NÃO ME AGUENTEI DE ANSIEDADE E QUIS POSTAR O CAPÍTULO. TÔ EM SURTO SIM.

ESSES DOIS VÃO ME MATAR MUITO, TENHO CERTEZA.

Fiquem com esse gostinho de casalzão. Nos vemos em março. Amo vocês! 💜

 Amo vocês! 💜

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ENCONTRE-ME NA NEVE | #2 Da Série The Hurricane Freedom MC Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin