capítulo setenta.

2.4K 186 37
                                    

1 mês depois

Sara: aquieta Caio - falei sentindo uma dorzinha na barriga

Rei: qual foi pô? - sentou do meu lado

Rei ficou enrolando tanto que acabou ficando aí, fez a missão dele e voltou pra casa com uma cesta gigante de chocolate pedindo pra ficar

Apesar de toda nossa aproximação eu decidi não ficar com ele tantas vezes, estou tentando não desrespeitar meu filho
Ele levou tudo numa boa e vem agindo como um tio babão

Karlos por outro lado, todo dia arrasta a matadora e passa a rola sem vergonha nenhuma, eu só fico rindo da cara do Rei quando ouve os gemidos

Sara: ele tá agitadinho hoje - falei passando a mão na barriga

Rei: liga pro Charles pô, o moleque não fica feliz?

Sara: calma - sussurrei pegando o celular

Tentei ligar pro Charles diversas vezes e todas caíram na caixa postal como nos últimos sete dias
Nossa relação estava boa, decidimos nos falar todos os dia por um período de tempo em que ambos estejam livres então não vejo nenhum motivo de raiva

Sara: ai cacete! - gritei apertando a camisa do Ricardo que me olhou assustado

Rei: vai nascer, ai meu Deus - se levantou todo assustado - K2 caralho, larga minha filha e vem que o Caio vai nascer - gritou e eu dei risada

Sara: não vai Ricardo - falei sentindo outra pontada

K2: vai nascer? Ai meu Deus! - ficou desesperado também e subiu

Eu comecei a rir com dificuldades e o rei segurou meu braço

Rei: você não pode rir cara, o bebê vai sair aqui - eu joguei a cabeça para trás e comecei a gargalhar

Sara: gente, não vai nascer, o medico disse que eu ia sentir essas dores mas é só relaxar e beber água

Rei: não é nada - falou me levantando

K2 veio com a bolsa do Caio nas mãos e eu revirei os olhos
Mais atrás matadora veio com uma mochila e eu neguei, se eles querem passar essa vergonha então vamos né

Passei o caminho todo tentando ficar calada mas as pontadas estavam cada vez mais fortes e os olhares assustados sobre mim tava me assustando também

Assim que chegamos no hospital uma enfermeira veio até mim

Xxx:  Ist es Zeit zu gebären?
(É hora de dar a luz?)

Sara: Ich weiB nicht, ich habe nur Schmerzen
(Eu não sei, só estou com dor)

A enfermeira balançou a cabeça e foi me puxando para um quartinho, eu troquei de roupa e sentei na cama
Ela me pediu para ficar calma e fez tudo que precisava olhando compreensiva

Sara: Haben Sie brasilianische Krankenschwestern? - Ela me encarou por alguns segundos e saiu do quarto
(Vocês tem enfermeiras brasileiras?)

Não demorou muito e uma mulher rechonchuda entrou na sala sorrindo

Xxx: olá - eu sorri forçado

Sara: meu filho vai nascer ou não?

Xxx: vou fazer o teste de dilatação

Ela fez a coisa e me olhou assustada

Xxx: não está sentindo muita dor?

Sara: suportável, porque?

Xxx: seu filho vai nascer no minimo em quatro horas - encarei ela assustada

Rei entrou no quarto me encarando e fechou a porta, sentou do meu lado e pegou minha mão

Rei: eu quero te falar uma coisa

Sara: fala - falei apertando a mão dele

Rei: eu não quero te assustar - riu sem graça - você sabe que eu gosto muito de você né?

Sara: Claro Ricardo, você já me ajudou muito e vai ser sempre uma pessoa importante pra mim

Rei: eu passei esse mês todo com tu mas não foi por te considerar demais Sara, eu fiquei do seu lado porque eu te amo, amo pra caralho, antes de qualquer coisa, eu te amo desde o dia que ficamos pela primeira vez, não é porque você é nova e bonita, você só entrou na minha vida de moletom e acabou comigo, eu entendo que você deve me achar velho demais, babão demais mas eu tinha que falar - suspirou beijando minha mão - se você quiser eu posso até criar esse filho ai, passo o resto da minha vida do seu lado, eu te amo Sara

Eu ouvi aquilo tudo calada e ainda não tava entendendo

FELIZ AGORA?Donde viven las historias. Descúbrelo ahora