Capítulo dezoito

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Desci as escadas pronta para tomar meu café da manhã antes de ir para o shopping com Susan e Taylor, que me buscariam de carro em quinze minutos

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Desci as escadas pronta para tomar meu café da manhã antes de ir para o shopping com Susan e Taylor, que me buscariam de carro em quinze minutos.

Encontrei a cozinheira colocando uma bandeja repleta de coisas em cima da ilha da cozinha, enquanto Agatha arrumava alguma coisa nos armários altos.

— Bom dia, Liz...

— Elizabeth. — Corrigi a funcionária antes de me sentar em um dos bancos.

A cozinheira consentiu brevemente antes de sair em direção a despensa, enquanto Agatha me olhava por cima do ombro.

— Acordou de mal humor, Liz? — Questiona, voltando a arrumar os copos na prateleira de cima.

— Pelo contrário, meu humor está maravilhoso hoje. — Forço um sorriso torto e observo minha bandeja à frente. — Nem do meu suco ela se lembrou. — Resmungo.

Percebo Agatha descer a pequena escada que usava para se apoiar e ganhar altura, vindo na direção da ilha e me olhando fixamente.

— Sua definição de bom humor não é a mesma que a minha.

— A única definição que conta aqui é a minha. — Levanto as sobrancelhas em sua direção. — Deveria treinar os funcionários melhor, Agui.

— Eu treino, mas você os assusta e os faz esquecer as coisas.

Cambaleio a cabeça para trás rindo e usando uma das mãos para tapar a minha boca.

— Se alguns puxões de orelha os assustam... — Suspiro, arrumando minha postura. — Então não deveriam estar aqui.

Observo a mulher revirar os olhos dramaticamente e ir novamente até os armários, pegando um copo dali.

— Suco de melancia ou maçã?

— Maçã.

Agatha anda até a geladeira e enche o copo com o liquido vermelho claro. Aproveito para provar os biscoitos quando ela recebe uma ligação e para pra atender, atenda quando viu de quem era.

Oi, sou eu... — Ela troca o peso do corpo de perna e encara o teto por alguns segundos. — Não, estou tranquila. Pode falar.

Respiro fundo, esperando pelo suco que ela segurava nas mãos. Mas, antes de que eu pudesse perceber, Agatha deixa o copo cair no chão causando um enorme barulho que queima os meus ouvidos por alguns instantes.

— Meu Deus, Agatha! De novo?! — Levanto irritada, indo em sua direção. — Dessa vez irá se ver com o meu pai.

Ameaço, mas a mulher em minha frente não esboça nenhuma reação. Espero por alguma resposta, mas segundos se passam e ela nem sequer mexe um musculo, o que me deixa ainda mais irritada.

— Está surda agora?! Agatha, responda! Qual é o problema?!

Mais silêncio de sua parte, mas desta vez eu começo a estranha-la. Agatha tinha a expressão séria, os lábios entreabertos e segurava o celular firme na mão, enquanto sua respiração começava a ficar desregulada.

Os opostos não se atraem, se completam.Onde histórias criam vida. Descubra agora