Capítulo quarenta e quatro

496 82 128
                                    

— Jackson!

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

— Jackson!

Estava atrás do bar da boate quando Yohan se aproximou, mais sério do que de costume. Na verdade, ele nunca estava sério. Não quando estávamos abertos e servindo álcool. Isso só podia ser um péssimo sinal.

— Aí está você. — Ele observa ao pairar na minha frente.

— Eu sempre estou aqui. — Rio. — Precisa de mim?

— Hã, sim... Não! Sim, na verdade. — Ele gagueja tanto que precisei aguçar os ouvidos para tentar entende-lo.

Yohan tossi para limpar a garganta, claramente desconsertado, e olha na direção de Mia, que se aproximava de nós com uma bandeja vazia nas mãos.

— Preciso de todos vocês, no final do expediente. — Explica, estranhamente inquieto.

— Roubaram seu uísque de novo? — Mia zomba, inclinando-se sobre o balcão. — Lembre-se de tentar lembrar se você mesmo não o bebeu.

— Não... — Resmungo, analisando Yohan. — Ele está sóbrio demais para ter bebido uma garrafa toda.

Yohan nos encara em silêncio, com os olhos estranhamente brilhosos. Um brilho triste, ou preocupado. Não consegui distinguir antes dele balançar a cabeça e se virar para ir em direção a pista de dança.

— Final do expediente! — Nos alerta novamente.

Mia e eu o observamos se afastar até sumir na direção de seu pequeno escritório nos fundos, logo depois ela se virou para mim sorridente, quase exalando alegria pelos olhos.

— Eu fiz a prova ontem. — Dispara, de repente, me pegando de surpresa.

— O que?! Como eu não fiquei sabendo disso? Espera aí... — Estreito os olhos. — Eu me esqueci totalmente, me desculpa.

— Não precisa se desculpar, Jack. Eu sei o quanto a sua vida está virada de cabeça para baixo nas ultimas semanas. — Mia me lança um olhar compreensivo.

— Obrigada por entender. — Sorrio e me inclino sobre o balcão em sua direção. — E como foi?

— Ótimo. — Ela responde animada. — Melhor do que eu esperava. Você tinha razão, organizando meu tempo eu consegui estudar pra valer e seus cadernos me ajudaram demais também.

Meu sorriso singelo se transforma em um sorriso glorioso e eu estufo o peito, orgulhoso.

— Eu geralmente tenho razão. — Digo e Mia me fuzila com o olhar, mostrando a língua em seguida. Inclino a cabeça para o lado provocativamente. — De nada e, parabéns.

— Obrigada, você é o melhor. — Minha amiga sorri grande e me dá um aceno rápido. — E sua mãe? Soube que ela saiu dos aparelhos ontem.

— É verdade. — Respondo, aliviado. — Ela está bem melhor, vamos visita-la depois do meu expediente.

Os opostos não se atraem, se completam.Where stories live. Discover now