Capítulo cinquenta e um

410 78 76
                                    

Era natal, enfim

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Era natal, enfim. E, pela primeira vez, eu não estava me sentindo perdida e solitária em um país desconhecido porque meus pais decidiram passar a data em alguma festa elegante com os amigos. Agora papai estava preso, não tínhamos mais dinheiro, mamãe e eu estávamos mais próximas do que nunca... E tinha o Anthony. Que, para a minha surpresa, se tornou próximo mais rápido do que esperava. Ele era educado, extremamente carismático e engraçado, e muito prestativo. Se ofereceu para nos ajudar no que fosse preciso para passarmos pela situação atual, e parecia realmente disposto a isso. 

Agora Anthony estava no nosso apartamento, almoçando conosco e deixando o clima mais agradável do que costumaria estar.

— Tem planos para hoje? — Mamãe pergunta, de repente.

Olhei para Anthony por cima do ombro e fiz bico.

— Pensei em passar no Jack para desejar um feliz natal. — Respondi.

— Deseje por mim, também. — Ela sorri. — Gosto dele.

— Vocês são realmente bem próximos, não é? — Anthony me pergunta.

Hesitei em responder. Na verdade, não saberia responder com detalhes o que nós éramos. Amigos? Mais do que isso Jackson deixara claro que não iria acontecer, mesmo assim... Ele ainda me beijava, me tocava e me dizia coisas que me deixavam confusa sobre as suas decisões. Forcei um sorriso amarelo e dei de ombros.

— Sim, próximos.

— Ele me parece um rapaz responsável, vai começar conosco na empresa do Joseph após o ano novo. 

Sorri, dessa vez sinceramente. Confusa ou não, eu me orgulhava de Jackson e sabia que ele seria um grande profissional. De repente, o telefone de mamãe tocou e ela se retirou da mesa para atender. Estávamos almoçando juntos no nosso apartamento, Anthony não tinha mais nenhum familiar na cidade além de nós, então decidimos que ele passaria o natal conosco.

— Quer carona até a casa do Jackson? — Anthony oferece, gentilmente. Como de costume.

— Adoraria. — Respondi.

— Depois podemos passear pela cidade, o que acha?

Meu sorriso se alargou. Eu gostava de andar com ele, era divertido.

— Fechado.

Anthony sorriu e balançou a cabeça em concordância, voltando a atenção para o seu prato quase vazio. Mamãe adentrou a sala novamente, chamando minha atenção. Estranhei quando vi seu semblante sério, ela pálida e tinha a impressão de estar tremendo.

— Está tudo bem? — Pergunto, preocupada.

Anthony ergueu os olhos para olhá-la e soltou um grunhido de surpresa.

— Helena, está pálida. 

Mamãe sentou novamente em seu lugar, abrindo e fechando a boca, e precisou respirar fundo várias vezes para responder nossas perguntas.

Os opostos não se atraem, se completam.Onde histórias criam vida. Descubra agora